Prevenção primária

Os dados sobre a prevenção primária da deficiência de zinco são limitados; no entanto, a suplementação oral pode ser considerada para pessoas com alto risco de deficiência de zinco (idosos, pessoas com doenças crônicas, vegetarianos) antes da depleção das reservas do nutriente.[35]

A fortificação de alimentos com zinco pode melhorar o estado de zinco sérico das populações, se o zinco for o único micronutriente. A combinação com outros micronutrientes pode fazer pouca ou nenhuma diferença no estado do zinco sérico.[36] Vale ressaltar que os efeitos da fortificação de alimentos com zinco sobre vários desfechos, entre eles a deficiência de zinco, o crescimento infantil, a cognição, a capacidade de trabalho dos adultos ou os indicadores hematológicos são desconhecidos, sendo necessárias mais pesquisas a este respeito.[36]

Há algumas evidências de que a suplementação com zinco pode melhorar o crescimento da criança, particularmente em áreas nas quais a deficiência é comum.[37][38] [ Cochrane Clinical Answers logo ] [Evidência A]​​​​​​​​ No entanto, a suplementação pré-natal com vários micronutrientes não afetou o estado do zinco em um estudo que comparou os níveis de zinco basais e na 32ª semana de gestação.[39] Não há evidências suficientes para dar suporte ao uso de suplementação de zinco para melhorar os desfechos da gravidez ou neonatais. Encontrar maneiras de melhorar o estado nutricional geral das mulheres, principalmente em áreas de baixa renda, fará mais para melhorar a saúde das mães e dos bebês do que suplementar gestantes apenas com zinco.[40] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​​​ No entanto, uma revisão sistemática de 2020 constatou um impacto positivo da suplementação de zinco sobre parâmetros de crescimento, como peso para a idade e peso para o comprimento em lactentes com menos de 6 meses de idade.[41] [ Cochrane Clinical Answers logo ] ​ ​Priorizar alimentos ricos em zinco (por exemplo, carnes, feijão, cereais infantis fortificados com zinco) a partir dos 6 meses de idade é importante para dar suporte ao estado de zinco adequado.[42] Além disso, a suplementação de rotina em crianças com risco parece ter efeitos benéficos no crescimento e em transtornos de humor.[43][44]​​ Em países de baixa renda, a suplementação de zinco em crianças entre 2 meses e 59 meses de vida está associada à redução da incidência de pneumonia e diarreia.[45][46]​ A suplementação enteral de zinco em bebês prematuros provavelmente melhora o ganho de peso, a altura e possivelmente a mortalidade em curto prazo;​ no entanto, o efeito disso no desenvolvimento e crescimento em longo prazo não está claro.[47]

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