Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher de 42 anos com história de 20 anos de doença de Crohn apresenta baixos níveis de energia e queda de cabelos. A doença de Crohn está moderadamente bem controlada, com episódios de diarreia e dor abdominal, e não exigiu ressecção intestinal. A paciente informa que não parece ser uma reação da doença de Crohn e que não há erupções cutâneas nem outros sintomas. No exame físico, seu cabelo está levemente fino, é observada estomatite, mas, em outros aspectos, o exame está normal.
Caso clínico #2
Um menino de 8 anos de uma comunidade rural subdesenvolvida é examinado por um clínico geral. É observado que ele está abaixo do quinto percentil da altura e apresenta baixo rendimento na escola. Na avaliação nutricional, a mãe do menino relata que a sua dieta consiste principalmente em grãos e legumes não fortificados, produzidos localmente, e que há rara disponibilidade de carne. A mãe também informa que ele não tem muita energia, no entanto, não há outras queixas específicas, e o exame físico não apresenta nada digno de nota. A análise do gráfico de crescimento do menino mostra que a altura está estável no trigésimo percentil até a última consulta, na idade de 4 anos.
Outras apresentações
A apresentação da deficiência de zinco é altamente variável e não há características patognomônicas. As características de crescimento e desenvolvimento podem incluir comprometimento do crescimento, hipogonadismo, osteopenia e perda de peso. As características neurológicas podem incluir tremor de intenção, depressão, comprometimento da concentração, nistagmo, disartria, cegueira noturna, hipogeusia e anosmia. As características dermatológicas podem incluir alopecia, dermatite, paroníquia e estomatite. As características gastrointestinais podem incluir anorexia, dor abdominal, diarreia e glossite. Outras possíveis características são demência, cicatrização tardia de feridas, febre, pica, aumento de infecções, blefarite, intolerância à glicose, infertilidade, distúrbios do paladar e desfechos adversos da gestação.
A deficiência de zinco é comum em regiões em desenvolvimento devido à desnutrição, enquanto, em regiões desenvolvidas, a deficiência de zinco está associada ao envelhecimento e a muitas doenças crônicas. Como a deficiência de zinco pode se manifestar de diversas maneiras, deve ser considerada em indivíduos com doenças de risco, inclusive: síndrome da má absorção, doença hepática e gastrointestinal (doença celíaca ou doença de Crohn) crônica, doença renal, doença falciforme, anorexia nervosa e infecção por HIV.[2][3][4][6][7][8][9][10][11][12][13] Pessoas submetidas a tratamento crônico com determinados medicamentos (por exemplo, hidroclorotiazida, penicilamina, etambutol, determinados antibióticos), pessoas com transtornos decorrentes do uso de bebidas alcoólicas, vegetarianos, veganos e lactentes com dietas pobres em nutrientes são mais suscetíveis à deficiência de zinco.[1][5] A deficiência de zinco em idosos contribui para a susceptibilidade a infecções e osteoporose.[14][15]
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