Prognóstico

Até 60% das pessoas infectadas com C burnetii permanece assintomática.​​[26]​ Entre aqueles que apresentam sintomas, a maioria terá uma doença leve sem necessidade de internação. Os pacientes internados representam apenas 2% a 6% dos indivíduos infectados.[5][38] Aproximadamente 2% das pessoas com infecção aguda morrem da doença.[11] Aqueles que se recuperam totalmente da infecção podem ter imunidade vitalícia contra uma reinfecção.

O prognóstico de endocardite por C burnetii melhorou muito e a mortalidade é de apenas 5% em 5 anos, se o diagnóstico for ágil e se o tratamento combinado de doxiciclina e hidroxicloroquina for devidamente prescrito e monitorado.

O prognóstico de infecções vasculares por C burnetii será preocupante se o paciente não for submetido a uma cirurgia para remover o tecido vascular infectado ou o material protético vascular; a mortalidade chega a 30%.[99] A mortalidade é reduzida para cerca de 7% com o manejo ideal (ou seja, cirurgia de rotina executada 3 semanas a 1 mês após o início do tratamento com antibióticos, e após um ciclo de 18 a 24 meses de tratamento combinado com doxiciclina associada a hidroxicloroquina com rigoroso monitoramento do nível medicamentoso).[99]

Em pacientes com infecções cardiovasculares por C burnetii, o tratamento deverá ser interrompido aos 18 meses naqueles com infecção vascular ou na valva nativa sem material protético vascular, ou em 24 meses naqueles com infecção vascular ou da valva protética com material protético vascular, somente se o desfecho sorológico for favorável (ou seja, diminuição de duas vezes no título de diluição de IgG da fase I e ausência de IgM de fase II em 1 ano).[84] Se a sorologia não for favorável, o tratamento antibiótico deverá ser de regime prolongado e deve-se observar e verificar os níveis medicamentosos. Será necessário obter um parecer especializado se os níveis terapêuticos forem alcançados sem que seja observada melhora nos desfechos sorológicos.

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