Complicações
A pneumonia é comum em pacientes com câncer pulmonar e, com frequência, é causada por um tumor grande, central e obstrutivo. Os pacientes podem não apresentar os sintomas clássicos de pneumonia, como febre, dispneia e tosse produtiva. Às vezes, os achados na radiografia torácica podem ser de difícil interpretação devido às alterações relacionadas ao tumor (atelectasia).
Deve-se iniciar a antibioticoterapia. O alívio da obstrução é essencial e, para tal, várias modalidades de tratamento podem ser usadas, como radioterapia por feixe externo, braquiterapia (inserção temporária de uma fonte radioativa no local da obstrução), colocação de endoprótese, citorredução do tumor obstrutivo com laser, terapia fotodinâmica e/ou ressecção cirúrgica. A terapia fotodinâmica é uma modalidade minimamente invasiva que envolve a interação de luz, um agente fotossensibilizante e oxigênio. Simplificadamente, o agente fotossensibilizante é administrado por via intravenosa e absorvido pelas células em todo o corpo. Através de um broncoscópio flexível, um feixe de laser com comprimento de onda pré-determinado é dirigido ao tumor endobrônquico. O agente fotossensibilizante absorve os fótons do comprimento de onda apropriado, gerando espécies reativas de oxigênio que são tóxicas para as células do câncer.
O tratamento deve ser instituído com relativa rapidez para os pacientes com comprometimento pulmonar grave.
A maioria dos pacientes desenvolve algum grau de fibrose pulmonar após a radioterapia, mas geralmente isso é assintomático, a não ser que a função pulmonar pré-tratamento esteja comprometida; neste caso, a dispneia pode ser um grande problema. Complicações raras incluem estenose esofágica e estenose brônquica, que são mais comuns quando são usadas doses mais altas de radiação.[78][284][285]
A causa mais comum de SVCS é o câncer pulmonar. Adenopatia mediastinal maciça ou extensão medial de um tumor do lobo superior direito pode comprimir a veia cava superior (VCS), impedindo o retorno do sangue da face e dos braços para o coração. Quando a VCS é comprimida, diversas vias colaterais se desenvolvem. A agudez e a gravidade dos sintomas dependem da velocidade da obstrução. A síndrome é caracterizada por edema facial e dos membros superiores, dispneia, tosse e ortopneia. O exame físico demonstra pletora facial e distensão do pescoço, parede torácica e, às vezes, veias na parede abdominal.[4]
Raramente a SVCS constitui uma emergência médica; todos os esforços devem ser feitos para obtenção de um diagnóstico antes do início do tratamento. Com frequência, oxigênio suplementar e elevação da cabeça são úteis. O tratamento depende do quadro clínico e do estádio da doença. A maioria dos pacientes melhorará com radioterapia e/ou quimioterapia, mas a resposta pode levar vários dias. Pacientes com sintomas acentuados devem iniciar o tratamento com relativa rapidez. Endopróteses endovasculares podem ser efetivas, com alívio sintomático mais rápido. A intervenção cirúrgica raramente é necessária.[4]
Geralmente, o tratamento do tumor subjacente alivia os sintomas das síndromes paraneoplásicas. Outras medidas de suporte dependem da síndrome subjacente.
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