Sarcoma de Kaposi
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
SK associado ao HIV
terapia antirretroviral (TAR)
O início da TAR é fortemente recomendado para todos os pacientes infectados por HIV, independentemente da contagem de células T CD4+.[56]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, and HIV Medicine Association of the Infectious Diseases Society of America. US Department of Health and Human Services Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in adults and adolescents with HIV. 2024 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-arv/whats-new [57]World Health Organization. Consolidated guidelines on the use of antiretroviral drugs for treating and preventing HIV infection: recommendations for a public health approach - second edition, 2016. Jun 2016 [internet publication]. https://www.who.int/publications/i/item/9789241549684 A TAR deve ser iniciada imediatamente após o diagnóstico do HIV (no dia do diagnóstico, se possível, e em até 7 dias) para aumentar a aceitação e o envolvimento, e acelerar o tempo até a supressão viral.[58]Mateo-Urdiales A, Johnson S, Smith R, et al. Rapid initiation of antiretroviral therapy for people living with HIV. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jun 17;6(6):CD012962. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6575156 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31206168?tool=bestpractice.com [59]World Health Organization. Guidelines for mnaging advanced HIV disease and rapid initiation of antiretroviral therapy. Geneva: World Health Organization; 2017. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK475977 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29341560?tool=bestpractice.com
O início não deve ser adiado nas pessoas com infecção por HIV confirmada enquanto se aguardam os resultados de testes, incluindo testes de segurança e testes de resistência a medicamentos; o esquema pode ser modificado quando esses resultados forem relatados.[56]National Institutes of Health, Centers for Disease Control and Prevention, and HIV Medicine Association of the Infectious Diseases Society of America. US Department of Health and Human Services Panel on Antiretroviral Guidelines for Adults and Adolescents. Guidelines for the use of antiretroviral agents in adults and adolescents with HIV. 2024 [internet publication]. https://clinicalinfo.hiv.gov/en/guidelines/hiv-clinical-guidelines-adult-and-adolescent-arv/whats-new
Pessoas com HIV com doença cutânea assintomática limitada podem receber TAR isolada.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Os pacientes em estão recebendo TAR isoladamente devem ser reavaliados em até 4 semanas após o início do tratamento, incluindo monitoramento para síndrome inflamatória da reconstituição imune (SIRI).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Consulte Complicações.
A prescrição do tratamento para HIV deverá ser individualizada por um médico com experiência no tratamento do HIV. Consulte Infecção por HIV.
terapia local
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Considerada para lesões cutâneas individuais (sintomáticas e/ou esteticamente perturbadoras) e para pacientes que não toleram a terapia sistêmica.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com As opções incluem: terapias tópicas (por exemplo, retinoides como alitretinoína ou imiquimode); radioterapia; quimioterapia intralesional (vimblastina ou bleomicina); crioterapia; excisão marginal; e eletrocoagulação e curetagem.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
A alitretinoína é autoadministrada, e os pacientes geralmente precisam de pelo menos 4-8 semanas de tratamento. O imiquimode também é autoadministrado. Ele requer pelo menos 24 semanas de tratamento e, em geral, é aplicado sob oclusão por 10-12 horas por vez. Irritação dérmica é comum no local da aplicação.
Excisão marginal, eletrocoagulação e curetagem, crioterapia e quimioterapia intralesional são normalmente reservadas para controle local de lesões pequenas e sintomáticas. A excisão local ampla para margens negativas não é indicada para o SK.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A crioterapia deve ser realizada por um médico com experiência em crioterapia para câncer cutâneo.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A radioterapia é um tratamento local eficaz; preferencial para lesões maiores e mais profundas quando a terapia sistêmica não é adequada ou eficaz.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com Vários esquemas de dosagem de radioterapia já foram usados.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Lesões volumosas e localizadas, principalmente as ulceradas ou infectadas, podem ser tratadas com radioterapia por feixe externo local.[54]Caccialanza M, Marca S, Piccinno R, et al. Radiotherapy of classic and human immunodeficiency virus-related Kaposi's sarcoma: results in 1482 lesions. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2008 Mar;22(3):297-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18269597?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser informados sobre o risco de cânceres secundários, toxicidade induzida por radioterapia e outros efeitos adversos. Esquemas de doses mais baixas podem reduzir a toxicidade e são preferenciais para lesões menores e superficiais e terapia paliativa.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
As pessoas com HIV que necessitam de tratamento devem receber a terapia menos tóxica possível.
Opções primárias
alitretinoína: (0.1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia
ou
imiquimode de uso tópico: (5%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes por semana inicialmente, ajustar a frequência de aplicação até a tolerância e o efeito até uma vez ao dia
ou
vimblastina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
ou
bleomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para tratamento sistêmico incluem: comprometimento disseminado da pele; lesões extensas na mucosa; edema sintomático; doença rapidamente progressiva; doença visceral sintomática e exacerbação do SK.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
Doxorrubicina lipossomal é recomendada como tratamento de primeira linha.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com A mielossupressão é a toxicidade limitante de dose mais importante com doxorrubicina lipossomal, enquanto a neuropatia e a alopecia ocorrem raramente. A cardiotoxicidade é muito rara, mesmo depois da administração de altas doses cumulativas. As reações de infusão agudas são caracterizadas por dorsalgia, dispneia e rubor intenso. Geralmente essas reações ocorrem pouco tempo após o início da infusão e diminuem rapidamente depois da descontinuação do medicamento. Algumas vezes as infusões podem ser retomadas a uma taxa mais lenta.
O paclitaxel é um tratamento de segunda linha eficaz. No entanto, há um aumento da incidência de alopecia, mialgia e artralgia, assim como o potencial de agravar a neuropatia preexistente. Uma pré-medicação corticosteroide reduzida deve ser usada, e pessoas com HIV devem ser monitoradas para toxicidade relacionada à possível interação com medicamentos antirretrovirais.
O paclitaxel ligado à albumina nanopartícula (nab) pode ser uma opção alternativa se o paciente não tolerar o paclitaxel.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Fortino S, Santoro M, Iuliano E, et al. Treatment of Kaposi's sarcoma (KS) with nab-paclitaxel. Paper presented at: XVIII National Congress of Medical Oncology. 28-30 Oct 2016. Rome, Italy. Session S: miscellanea. Abstract S63. Ann Oncol. 2016 Sep;27(Suppl 4):iv124. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)56963-0/fulltext
Uma abordagem de estratificação por estádios para o tratamento de pacientes com SK associado ao HIV parece ser benéfica; uma revisão Cochrane relatou que, em pacientes com SK grave ou progressivo, a terapia antirretroviral (TAR) associada à quimioterapia pode reduzir a evolução da doença, em comparação com a TAR isolada.[60]Gbabe OF, Okwundu CI, Dedicoat M, et al. Treatment of severe or progressive Kaposi's sarcoma in HIV-infected adults. Cochrane Database Syst Rev. 2014 Sep 1;(9):CD003256. https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD003256.pub2/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25313415?tool=bestpractice.com
As pessoas com HIV que necessitam de tratamento devem receber a terapia menos tóxica possível.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
doxorrubicina lipossomal
Opções secundárias
paclitaxel
Opções terciárias
nanopartícula de paclitaxel ligada à albumina
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pomalidomida, bortezomibe, gencitabina, lenalidomida ou vinorelbina podem ser considerados opções de primeira linha para pacientes com SK refratário/recidivante.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com [64]Reid EG, Suazo A, Lensing SY, et al; AIDS Malignancy Consortium (AMC). Pilot trial AMC-063: safety and efficacy of bortezomib in AIDS-associated Kaposi sarcoma. Clin Cancer Res. 2020 Feb 1;26(3):558-65. https://aacrjournals.org/clincancerres/article/26/3/558/83202/Pilot-Trial-AMC-063-Safety-and-Efficacy-of http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31624104?tool=bestpractice.com [65]Pourcher V, Desnoyer A, Assoumou L, et al. Phase II trial of lenalidomide in HIV-infected patients with previously treated Kaposi's sarcoma: results of the ANRS 154 Lenakap Trial. AIDS Res Hum Retroviruses. 2017 Jan;33(1):1-10. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27405442?tool=bestpractice.com [66]Reid EG, Shimabukuro K, Moore P, et al. AMC-070: Lenalidomide is safe and effective in HIV-associated Kaposi sarcoma. Clin Cancer Res. 2022 Jun 13;28(12):2646-56. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9197984 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35247913?tool=bestpractice.com [67]Strother RM, Gregory KM, Pastakia SD, et al. Retrospective analysis of the efficacy of gemcitabine for previously treated AIDS-associated Kaposi's sarcoma in western Kenya. Oncology. 2010;78(1):5-11. https://karger.com/ocl/article/78/1/5/327633/Retrospective-Analysis-of-the-Efficacy-of http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20215784?tool=bestpractice.com [68]Nasti G, Errante D, Talamini R, et al. Vinorelbine is an effective and safe drug for AIDS-related Kaposi's sarcoma: results of a phase II study. J Clin Oncol. 2000 Apr;18(7):1550-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10735904?tool=bestpractice.com Cada uma dessas opções de tratamento pode ser tentada em qualquer ordem, e um medicamento específico pode ser repetido (se tolerado e a duração da resposta for de 3 meses ou mais).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Podem ocorrer mielossupressão e complicações tromboembólicas.
Nos EUA, a pomalidomida está aprovada em caráter acelerado para pacientes com SK associado ao HIV cuja doença tiver progredido apesar do início da terapia antirretroviral (TAR), ou em pacientes com SK que são HIV-negativos.[62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com
As pacientes que tomarem pomalidomida ou lenalidomida devem seguir práticas contraceptivas rigorosas, pois esses agentes são teratogênicos. Nos EUA, os pacientes e a equipe médica devem aderir à estratégia de avaliação e mitigação de riscos (Risk Evaluation and Mitigation Strategy, REMS) para garantir que os benefícios do medicamento superem seus riscos.
Agentes terapêuticos que podem ser úteis como opções adicionais para SK no cenário refratário/recidivante incluem etoposídeo; imatinibe (um inibidor da tirosina quinase); nivolumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-morte programada-1 [anti-PD-1]) com ou sem ipilimumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal antiproteína-4 associada ao linfócito T citotóxico [CTLA-4]); pembrolizumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-PD-1).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [69]Schwartsmann G, Sprinz E, Kromfield M, et al. Clinical and pharmacokinetic study of oral etoposide in patients with AIDS-related Kaposi's sarcoma with no prior exposure to cytotoxic therapy. J Clin Oncol. 1997 May;15(5):2118-24. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9164226?tool=bestpractice.com [71]Hosseinipour MC, Kang M, Krown SE, et al; A5264/AMC-067 REACT-KS Team. As-needed vs immediate etoposide chemotherapy in combination with antiretroviral therapy for mild-to-moderate AIDS-associated Kaposi sarcoma in resource-limited settings: A5264/AMC-067 Randomized Clinical Trial. Clin Infect Dis. 2018 Jul 2;67(2):251-60. https://academic.oup.com/cid/article/67/2/251/4819203 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29365083?tool=bestpractice.com [75]Koon HB, Krown SE, Lee JY, et al. Phase II trial of imatinib in AIDS-associated Kaposi's sarcoma: AIDS Malignancy Consortium Protocol 042. J Clin Oncol. 2014 Feb 10;32(5):402-8. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3912327 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24378417?tool=bestpractice.com
Os inibidores de checkpoints imunológicos não devem ser usados nos pacientes com doença de Castleman multicêntrica (DCM) concomitante ou síndrome inflamatória por citocinas relacionadas ao SK (KICS) devido ao risco de exacerbação. Considere monitoramento adicional se estiver usando inibidores de checkpoint imunológico em pacientes com história de doenças associadas ao herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Consulte Complicações.
Opções primárias
pomalidomida
ou
bortezomibe
ou
gencitabina
ou
lenalidomida
ou
vinorelbina
Opções secundárias
etoposídeo
ou
imatinibe
ou
nivolumabe
ou
nivolumabe
e
ipilimumabe
ou
pembrolizumabe
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
SK clássico (esporádico)
terapia local
Não há uma terapia padrão para SK clássico. O tratamento deve ser personalizado para cada paciente.
A terapia local pode ser considerada para lesões cutâneas individuais (sintomáticas e/ou cosmeticamente perturbadoras) e para pacientes incapazes de tolerar terapia sistêmica.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com As opções incluem: terapias tópicas (por exemplo, retinoides como alitretinoína ou imiquimode); radioterapia; quimioterapia intralesional (vimblastina ou bleomicina); crioterapia; excisão marginal; e eletrocoagulação e curetagem.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
A alitretinoína é autoadministrada, e os pacientes geralmente precisam de pelo menos 4-8 semanas de tratamento. O imiquimode também é autoadministrado. Ele requer pelo menos 24 semanas de tratamento e, em geral, é aplicado sob oclusão por 10-12 horas por vez. Irritação dérmica é comum no local da aplicação.
Excisão marginal, eletrocoagulação e curetagem, crioterapia e quimioterapia intralesional são normalmente reservadas para controle local de lesões pequenas e sintomáticas. A excisão local ampla para margens negativas não é indicada para o SK.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A crioterapia deve ser realizada por um médico com experiência em crioterapia para câncer cutâneo.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A radioterapia é um tratamento local eficaz; preferencial para lesões maiores e mais profundas quando a terapia sistêmica não é adequada ou eficaz.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com Vários esquemas de dosagem de radioterapia já foram usados.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Lesões volumosas e localizadas, principalmente as ulceradas ou infectadas, podem ser tratadas com radioterapia por feixe externo local.[54]Caccialanza M, Marca S, Piccinno R, et al. Radiotherapy of classic and human immunodeficiency virus-related Kaposi's sarcoma: results in 1482 lesions. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2008 Mar;22(3):297-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18269597?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser informados sobre o risco de cânceres secundários, toxicidade induzida por radioterapia e outros efeitos adversos. Esquemas de doses mais baixas podem reduzir a toxicidade e são preferenciais para lesões menores e superficiais e terapia paliativa.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Opções primárias
alitretinoína: (0.1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia
ou
imiquimode de uso tópico: (5%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes por semana inicialmente, ajustar a frequência de aplicação até a tolerância e o efeito até uma vez ao dia
ou
vimblastina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
ou
bleomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
Terapia sistêmica
As indicações para tratamento sistêmico incluem: comprometimento disseminado da pele; lesões extensas na mucosa; edema sintomático; doença rapidamente progressiva; doença visceral sintomática e exacerbação do SK.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
Doxorrubicina lipossomal é recomendada como tratamento de primeira linha.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com A mielossupressão é a toxicidade limitante de dose mais importante com doxorrubicina lipossomal, enquanto a neuropatia e a alopecia ocorrem raramente. A cardiotoxicidade é muito rara, mesmo depois da administração de altas doses cumulativas. As reações de infusão agudas são caracterizadas por dorsalgia, dispneia e rubor intenso. Geralmente essas reações ocorrem pouco tempo após o início da infusão e diminuem rapidamente depois da descontinuação do medicamento. Algumas vezes as infusões podem ser retomadas a uma taxa mais lenta.
O paclitaxel é um tratamento de segunda linha eficaz. No entanto, há um aumento da incidência de alopecia, mialgia e artralgia, assim como o potencial de agravar a neuropatia preexistente. Deve-se usar pré-medicação com redução de corticosteroides.
O paclitaxel ligado à albumina nanopartícula (nab) pode ser uma opção alternativa se o paciente não tolerar o paclitaxel.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Fortino S, Santoro M, Iuliano E, et al. Treatment of Kaposi's sarcoma (KS) with nab-paclitaxel. Paper presented at: XVIII National Congress of Medical Oncology. 28-30 Oct 2016. Rome, Italy. Session S: miscellanea. Abstract S63. Ann Oncol. 2016 Sep;27(Suppl 4):iv124. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)56963-0/fulltext
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
doxorrubicina lipossomal
Opções secundárias
paclitaxel
Opções terciárias
nanopartícula de paclitaxel ligada à albumina
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
Terapia sistêmica
Pomalidomida, bortezomibe, gencitabina, lenalidomida ou vinorelbina podem ser considerados opções de primeira linha para pacientes com SK refratário/recidivante.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com Cada uma dessas opções de tratamento pode ser tentada em qualquer ordem, e um medicamento específico pode ser repetido (se tolerado e a duração da resposta for de 3 meses ou mais).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Pode ocorrer mielossupressão e complicações tromboembólicas.
Nos EUA, a pomalidomida está aprovada em caráter acelerado para pacientes com SK associado ao HIV cuja doença tiver progredido apesar do início da terapia antirretroviral (TAR), ou em pacientes com SK que são HIV-negativos.[62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com
As pacientes que tomarem pomalidomida ou lenalidomida devem seguir práticas contraceptivas rigorosas, pois esses agentes são teratogênicos. Nos EUA, os pacientes e a equipe médica devem aderir à estratégia de avaliação e mitigação de riscos (Risk Evaluation and Mitigation Strategy, REMS) para garantir que os benefícios do medicamento superem seus riscos.
Agentes terapêuticos que podem ser úteis como opções adicionais para SK no cenário refratário/recidivante incluem: etoposídeo; imatinibe (um inibidor de tirosina quinase); nivolumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-morte programada-1 [anti-PD-1]) com ou sem ipilimumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal antiproteína-4 associada ao linfócito T citotóxico [CTLA-4]); pembrolizumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-PD-1).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [70]Tas F, Sen F, Keskin S, et al. Oral etoposide as first-line therapy in the treatment of patients with advanced classic Kaposi's sarcoma (CKS): a single-arm trial (oral etoposide in CKS). J Eur Acad Dermatol Venereol. 2013 Jun;27(6):789-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22188463?tool=bestpractice.com [73]Delyon J, Biard L, Renaud M, et al. PD-1 blockade with pembrolizumab in classic or endemic Kaposi's sarcoma: a multicentre, single-arm, phase 2 study. Lancet Oncol. 2022 Apr;23(4):491-500. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35279271?tool=bestpractice.com [74]Zer A, Icht O, Yosef L, et al. Phase II single-arm study of nivolumab and ipilimumab (Nivo/Ipi) in previously treated classical Kaposi sarcoma (cKS). Ann Oncol. 2022 Jul;33(7):720-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35339649?tool=bestpractice.com
Os inibidores de checkpoints imunológicos não devem ser usados nos pacientes com doença de Castleman multicêntrica (DCM) concomitante ou síndrome inflamatória por citocinas relacionadas ao SK (KICS) devido ao risco de exacerbação. Considere monitoramento adicional se estiver usando inibidores de checkpoint imunológico em pacientes com história de doenças associadas ao herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Consulte Complicações.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
pomalidomida
ou
bortezomibe
ou
gencitabina
ou
lenalidomida
ou
vinorelbina
Opções secundárias
etoposídeo
ou
imatinibe
ou
nivolumabe
ou
nivolumabe
e
ipilimumabe
ou
pembrolizumabe
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
SK iatrogênico (relacionado a transplante)
manipulação de imunossupressores
Para pacientes com SK iatrogênico, deve-se considerar a redução cuidadosa da terapia imunossupressora.
Em receptores de transplante renal, a descontinuação da terapia imunossupressora é uma opção se a diálise estiver disponível.[20]Mbulaiteye SM, Engels EA. Kaposi's sarcoma risk among transplant recipients in the United States (1993-2003). Int J Cancer. 2006 Dec 1;119(11):2685-91. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ijc.22233 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16929513?tool=bestpractice.com [61]Shepherd FA, Maher E, Cardella C, et al. Treatment of Kaposi's sarcoma after solid organ transplantation. J Clin Oncol. 1997 Jun;15(6):2371-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9196152?tool=bestpractice.com A modificação da dose de medicamentos imunossupressores pode ser difícil em pacientes com transplantes de coração ou de fígado.
A troca para sirolimo para imunossupressão pode ser suficiente para o controle e tratamento do SK; para a doença agressiva ou avançada, pode ser administrada terapia sistêmica juntamente com o sirolimo.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
terapia local
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Considerada para lesões cutâneas individuais (sintomáticas e/ou esteticamente perturbadoras) e para pacientes que não toleram a terapia sistêmica.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com As opções incluem: terapias tópicas (por exemplo, retinoides como alitretinoína ou imiquimode); radioterapia; quimioterapia intralesional (vimblastina ou bleomicina); crioterapia; excisão marginal; e eletrocoagulação e curetagem.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
A alitretinoína é autoadministrada, e os pacientes geralmente precisam de pelo menos 4-8 semanas de tratamento. O imiquimode também é autoadministrado. Ele requer pelo menos 24 semanas de tratamento e, em geral, é aplicado sob oclusão por 10-12 horas por vez. Irritação dérmica é comum no local da aplicação.
Excisão marginal, eletrocoagulação e curetagem, crioterapia e quimioterapia intralesional são normalmente reservadas para controle local de lesões pequenas e sintomáticas. A excisão local ampla para margens negativas não é indicada para o SK.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A crioterapia deve ser realizada por um médico com experiência em crioterapia para câncer cutâneo.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A radioterapia é um tratamento local eficaz; preferencial para lesões maiores e mais profundas quando a terapia sistêmica não é adequada ou eficaz.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com Vários esquemas de dosagem de radioterapia já foram usados.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Lesões volumosas e localizadas, principalmente as ulceradas ou infectadas, podem ser tratadas com radioterapia por feixe externo local.[54]Caccialanza M, Marca S, Piccinno R, et al. Radiotherapy of classic and human immunodeficiency virus-related Kaposi's sarcoma: results in 1482 lesions. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2008 Mar;22(3):297-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18269597?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser informados sobre o risco de cânceres secundários, toxicidade induzida por radioterapia e outros efeitos adversos. Esquemas de doses mais baixas podem reduzir a toxicidade e são preferenciais para lesões menores e superficiais e terapia paliativa.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Opções primárias
alitretinoína: (0.1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia
ou
imiquimode de uso tópico: (5%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes por semana inicialmente, ajustar a frequência de aplicação até a tolerância e o efeito até uma vez ao dia
ou
vimblastina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
ou
bleomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
As indicações para tratamento sistêmico incluem: comprometimento disseminado da pele; lesões extensas na mucosa; edema sintomático; doença rapidamente progressiva; doença visceral sintomática e exacerbação do SK.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com Os tratamentos sistêmicos usados para o SK clássico e associado ao HIV podem ser usados para o SK iatrogênico (associado ao transplante), administrados juntamente com sirolimo para doença agressiva ou avançada.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
Doxorrubicina lipossomal é recomendada como tratamento de primeira linha.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com A mielossupressão é a toxicidade limitante de dose mais importante com doxorrubicina lipossomal, enquanto a neuropatia e a alopecia ocorrem raramente. A cardiotoxicidade é muito rara, mesmo depois da administração de altas doses cumulativas. As reações de infusão agudas são caracterizadas por dorsalgia, dispneia e rubor intenso. Geralmente essas reações ocorrem pouco tempo após o início da infusão e diminuem rapidamente depois da descontinuação do medicamento. Algumas vezes as infusões podem ser retomadas a uma taxa mais lenta.
O paclitaxel é um tratamento de segunda linha eficaz. No entanto, há um aumento da incidência de alopecia, mialgia e artralgia, assim como o potencial de agravar a neuropatia preexistente. Deve-se usar pré-medicação com redução de corticosteroides.
O paclitaxel ligado à albumina nanopartícula (nab) pode ser uma opção alternativa se o paciente não tolerar o paclitaxel.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Fortino S, Santoro M, Iuliano E, et al. Treatment of Kaposi's sarcoma (KS) with nab-paclitaxel. Paper presented at: XVIII National Congress of Medical Oncology. 28-30 Oct 2016. Rome, Italy. Session S: miscellanea. Abstract S63. Ann Oncol. 2016 Sep;27(Suppl 4):iv124. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)56963-0/fulltext
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
doxorrubicina lipossomal
Opções secundárias
paclitaxel
Opções terciárias
nanopartícula de paclitaxel ligada à albumina
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
Terapia sistêmica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pomalidomida, bortezomibe, gencitabina, lenalidomida ou vinorelbina podem ser considerados opções de primeira linha para pacientes com SK refratário/recidivante.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com Cada uma dessas opções de tratamento pode ser tentada em qualquer ordem, e um medicamento específico pode ser repetido (se tolerado e a duração da resposta for de 3 meses ou mais).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Pode ocorrer mielossupressão e complicações tromboembólicas.
Nos EUA, a pomalidomida está aprovada em caráter acelerado para pacientes com SK associado ao HIV cuja doença tiver progredido apesar do início da terapia antirretroviral (TAR), ou em pacientes com SK que são HIV-negativos.[62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com
As pacientes que tomarem pomalidomida ou lenalidomida devem seguir práticas contraceptivas rigorosas, pois esses agentes são teratogênicos. Nos EUA, os pacientes e a equipe médica devem aderir à estratégia de avaliação e mitigação de riscos (Risk Evaluation and Mitigation Strategy, REMS) para garantir que os benefícios do medicamento superem seus riscos.
Agentes terapêuticos que podem ser úteis como opções adicionais para SK no cenário refratário/recidivante incluem: etoposídeo; imatinibe (um inibidor de tirosina quinase); nivolumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-morte programada-1 [anti-PD-1]) com ou sem ipilimumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal antiproteína-4 associada ao linfócito T citotóxico [CTLA-4]); pembrolizumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-PD-1).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Os inibidores de checkpoints imunológicos não devem ser usados nos pacientes com doença de Castleman multicêntrica (DCM) concomitante ou síndrome inflamatória por citocinas relacionadas ao SK (KICS) devido ao risco de exacerbação. Considere monitoramento adicional se estiver usando inibidores de checkpoint imunológico em pacientes com história de doenças associadas ao herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Consulte Complicações.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
pomalidomida
ou
bortezomibe
ou
gencitabina
ou
lenalidomida
ou
vinorelbina
Opções secundárias
etoposídeo
ou
imatinibe
ou
nivolumabe
ou
nivolumabe
e
ipilimumabe
ou
pembrolizumabe
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
SK endêmico (observado na África Subsaariana)
terapia local
Considerada para lesões cutâneas individuais (sintomáticas e/ou esteticamente perturbadoras) e para pacientes que não toleram a terapia sistêmica.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com As opções incluem: terapias tópicas (por exemplo, retinoides como alitretinoína ou imiquimode); radioterapia; quimioterapia intralesional (vimblastina ou bleomicina); crioterapia; excisão marginal; e eletrocoagulação e curetagem.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
A alitretinoína é autoadministrada, e os pacientes geralmente precisam de pelo menos 4-8 semanas de tratamento. O imiquimode também é autoadministrado. Ele requer pelo menos 24 semanas de tratamento e, em geral, é aplicado sob oclusão por 10-12 horas por vez. Irritação dérmica é comum no local da aplicação.
Excisão marginal, eletrocoagulação e curetagem, crioterapia e quimioterapia intralesional são normalmente reservadas para controle local de lesões pequenas e sintomáticas. A excisão local ampla para margens negativas não é indicada para o SK.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A crioterapia deve ser realizada por um médico com experiência em crioterapia para câncer cutâneo.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A radioterapia é um tratamento local eficaz; preferencial para lesões maiores e mais profundas quando a terapia sistêmica não é adequada ou eficaz.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com Vários esquemas de dosagem de radioterapia já foram usados.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Lesões volumosas e localizadas, principalmente as ulceradas ou infectadas, podem ser tratadas com radioterapia por feixe externo local.[54]Caccialanza M, Marca S, Piccinno R, et al. Radiotherapy of classic and human immunodeficiency virus-related Kaposi's sarcoma: results in 1482 lesions. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2008 Mar;22(3):297-302. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18269597?tool=bestpractice.com Os pacientes devem ser informados sobre o risco de cânceres secundários, toxicidade induzida por radioterapia e outros efeitos adversos. Esquemas de doses mais baixas podem reduzir a toxicidade e são preferenciais para lesões menores e superficiais e terapia paliativa.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Opções primárias
alitretinoína: (0.1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a quatro vezes ao dia
ou
imiquimode de uso tópico: (5%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes por semana inicialmente, ajustar a frequência de aplicação até a tolerância e o efeito até uma vez ao dia
ou
vimblastina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
ou
bleomicina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
Terapia sistêmica
As indicações para tratamento sistêmico incluem: comprometimento disseminado da pele; lesões extensas na mucosa; edema sintomático; doença rapidamente progressiva; doença visceral sintomática e exacerbação do SK.[5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com
Doxorrubicina lipossomal é usada como tratamento de primeira linha.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [3]Lebbe C, Garbe C, Stratigos AJ, et al; European Dermatology Forum (EDF), the European Association of Dermato-Oncology (EADO), and the European Organisation for Research and Treatment of Cancer (EORTC). Diagnosis and treatment of Kaposi's sarcoma: European consensus-based interdisciplinary guideline (EDF/EADO/EORTC). Eur J Cancer. 2019 Jun;114:117-27. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31096150?tool=bestpractice.com [5]Esser S, Schöfer H, Hoffmann C, et al. S1 guidelines for the Kaposi sarcoma. J Dtsch Dermatol Ges. 2022 Jun;20(6):892-904. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/ddg.14788 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35657085?tool=bestpractice.com A mielossupressão é a toxicidade dose-limitante mais importante com a doxorrubicina lipossomal, enquanto a neuropatia e a alopecia ocorrem raramente. A cardiotoxicidade é muito rara, mesmo depois da administração de altas doses cumulativas. As reações de infusão agudas são caracterizadas por dorsalgia, dispneia e rubor intenso. Geralmente essas reações ocorrem pouco tempo após o início da infusão e diminuem rapidamente depois da descontinuação do medicamento. Algumas vezes as infusões podem ser retomadas a uma taxa mais lenta.
O paclitaxel é um tratamento de segunda linha eficaz. No entanto, há um aumento da incidência de alopecia, mialgia e artralgia, assim como o potencial de agravar a neuropatia preexistente. Deve-se usar pré-medicação com redução de corticosteroides.
A nanopartícula de paclitaxel ligada a albumina (nab-paclitaxel) pode ser uma opção se o paciente for intolerante ao paclitaxel.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [55]Fortino S, Santoro M, Iuliano E, et al. Treatment of Kaposi's sarcoma (KS) with nab-paclitaxel. Paper presented at: XVIII National Congress of Medical Oncology. 28-30 Oct 2016. Rome, Italy. Session S: miscellanea. Abstract S63. Ann Oncol. 2016 Sep;27(Suppl 4):iv124. https://www.annalsofoncology.org/article/S0923-7534(19)56963-0/fulltext
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
doxorrubicina lipossomal
Opções secundárias
paclitaxel
Opções terciárias
nanopartícula de paclitaxel ligada à albumina
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
Terapia sistêmica
Pomalidomida, bortezomibe, gencitabina, lenalidomida ou vinorelbina podem ser considerados opções de primeira linha para pacientes com SK refratário/recidivante.[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com Cada uma dessas opções de tratamento pode ser tentada em qualquer ordem, e um medicamento específico pode ser repetido (se tolerado e a duração da resposta for de 3 meses ou mais).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Pode ocorrer mielossupressão e complicações tromboembólicas.
Nos EUA, a pomalidomida está aprovada em caráter acelerado para pacientes com SK associado ao HIV cuja doença tiver progredido apesar do início da terapia antirretroviral (TAR), ou em pacientes com SK que são HIV-negativos.[62]Polizzotto MN, Uldrick TS, Wyvill KM, et al. Pomalidomide for symptomatic Kaposi's sarcoma in people with and without HIV infection: a phase I/II study. J Clin Oncol. 2016 Dec;34(34):4125-31. https://ascopubs.org/doi/10.1200/JCO.2016.69.3812 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27863194?tool=bestpractice.com [63]Ramaswami R, Polizzotto MN, Lurain K, et al. Safety, activity, and long-term outcomes of pomalidomide in the treatment of Kaposi sarcoma among individuals with or without HIV infection. Clin Cancer Res. 2022 Mar 1;28(5):840-50. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8898289 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34862247?tool=bestpractice.com
As pacientes que tomarem pomalidomida ou lenalidomida devem seguir práticas contraceptivas rigorosas, pois esses agentes são teratogênicos. Nos EUA, os pacientes e a equipe médica devem aderir à estratégia de avaliação e mitigação de riscos (Risk Evaluation and Mitigation Strategy, REMS) para garantir que os benefícios do medicamento superem seus riscos.
Agentes terapêuticos que podem ser úteis como opções adicionais para SK no cenário refratário/recidivante incluem: etoposídeo; imatinibe (um inibidor de tirosina quinase); nivolumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-morte programada-1 [anti-PD-1]) com ou sem ipilimumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal antiproteína-4 associada ao linfócito T citotóxico [CTLA-4]); pembrolizumabe (um inibidor do checkpoint imunológico do anticorpo monoclonal anti-PD-1).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [73]Delyon J, Biard L, Renaud M, et al. PD-1 blockade with pembrolizumab in classic or endemic Kaposi's sarcoma: a multicentre, single-arm, phase 2 study. Lancet Oncol. 2022 Apr;23(4):491-500. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35279271?tool=bestpractice.com
Os inibidores de checkpoints imunológicos não devem ser usados nos pacientes com doença de Castleman multicêntrica (DCM) concomitante ou síndrome inflamatória por citocinas relacionadas ao SK (KICS) devido ao risco de exacerbação. Considere monitoramento adicional se estiver usando inibidores de checkpoint imunológico em pacientes com história de doenças associadas ao herpes-vírus associado ao sarcoma de Kaposi (KSHV).[2]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: Kaposi sarcoma [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Consulte Complicações.
Consulte o protocolo clínico e de diretrizes terapêuticas local para obter mais informações sobre dosagens.
Opções primárias
pomalidomida
ou
bortezomibe
ou
gencitabina
ou
lenalidomida
ou
vinorelbina
Opções secundárias
etoposídeo
ou
imatinibe
ou
nivolumabe
ou
nivolumabe
e
ipilimumabe
ou
pembrolizumabe
cuidados de suporte
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O SK com envolvimento sistêmico, particularmente envolvimento visceral e dos linfonodos, pode ter um prognóstico desfavorável. Cuidados de suporte podem ser necessários para o bem-estar nutricional, de mobilidade, social e psicológico do paciente, para controlar a dor e para monitorar e tratar as complicações da doença, se ocorrerem.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal