Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

prolactina

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Medição preferencialmente na amostra em jejum. Em laboratórios que não utilizarem um ensaio com 2 etapas para a medição de prolactina, a diluição seriada em indivíduos com macroadenomas hipofisários grandes (>3 cm) deverá ser considerada para excluir o "efeito gancho" causado por altíssimos níveis de prolactina. Um nível elevado deve, geralmente, ser repetido antes de avaliações adicionais para afastar a possibilidade de gravidez e revisar medicamentos e comorbidades. Distúrbios sistêmicos, como hipotireoidismo, doença hepática e insuficiência renal, podem estar associados à hiperprolactinemia. Um nível de prolactina sérica inferior a 2000 mUI/L (100 microgramas/L) na presença de um macroadenoma hipofisário geralmente será decorrente do efeito de compressão do pedúnculo hipofisário. A hiperprolactinemia tem sido descrita em casos em que há ligação de prolactina monomérica com imunoglobulina ou polissacarídeos (macroprolactinemia). Ela é detectada no laboratório como hiperprolactinemia na ausência de sintomas da hiperprolactinemia. Os níveis de prolactina monomérica, se medidos corretamente, estarão normais.

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pode estar elevada; níveis >4000 mUI/L (>200 microgramas/L) na ausência de medicamentos, como metoclopramida e antipsicóticos, serão quase sempre diagnósticos de um prolactinoma

fator de crescimento semelhante à insulina-1

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Níveis do IGF-1 são relatados como sendo específicos à idade e ao sexo. A presença de 3 ou mais deficiências hormonais da adeno-hipófise, na presença de IGF-1 baixo, geralmente indicará a presença de deficiência de hormônio do crescimento (GH). Portanto, podem ser necessários testes adicionais. No entanto, um IGF-1 normal em relação à idade e ao sexo pode ser observado em até 65% dos pacientes com deficiência de GH. A medição do IGF-1 também serve para fazer o rastreamento da acromegalia (excesso de GH decorrente de um tumor hipofisário), principalmente em casos leves ou precoces que podem não estar aparentes clinicamente.

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níveis baixos ou normais são consistentes com deficiência de GH; níveis elevados com excesso de GH.

hormônio luteinizante, hormônio folículo-estimulante

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Baixo nível de testosterona sérica nos homens (estradiol nas mulheres) acompanhado por níveis normais/baixos de hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), é um quadro consistente com deficiência de gonadotrofina em homens e em mulheres amenorreicas na pré-menopausa. A não elevação de FSH e LH em mulheres menopausadas também é um quadro consistente com deficiência de gonadotrofina. A medição de gonadotrofinas e estradiol em mulheres em idade reprodutiva com menstruação irregular não é geralmente informativa. A presença de menstruação normal é o melhor indicador de integridade do eixo gonadotrófico em mulheres em idade reprodutiva.

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níveis de LH e FSH baixos ou normais em mulheres menopausadas, em mulheres em idade reprodutiva com amenorreia e estradiol baixo e em homens com baixos níveis de testosterona (<6.9 nanomoles/L [<200 nanogramas/dL])

subunidade alfa de hormônios glicoproteicos hipofisários

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Mais de 45% dos adenomas hipofisários clinicamente não funcionantes (ACNF hipofisários) são de fato adenomas de células gonadotrópicas que podem produzir FSH e LH intactos, porém, mais comumente, eles produzem uma variedade de combinações da subunidade beta da FSH e/ou da subunidade beta da LH, juntamente com a subunidade mais comum, alfa.[37]

A subunidade alfa pode estar elevada em até 20% dos pacientes com ACFN hipofisários, mas não é um marcador tumoral confiável para o acompanhamento de adenomas gonadotróficos após a cirurgia, já que não apresenta correlação com o tamanho residual do tumor.[49]

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normal ou elevado

testosterona

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O melhor horário para medir testosterona é logo pela manhã. Ela tende a estar mais alta pela manhã e mais baixa no fim do dia. Duas a 3 medições podem ser necessárias em pacientes com níveis limítrofes <6.9-10.4 nanomoles/L (200-300 nanogramas/dL).

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baixa em homens com deficiência de gonadotrofina, raramente alta em adenomas secretores de LH

estradiol

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A medição de gonadotrofinas e estradiol em mulheres em idade reprodutiva com menstruação irregular não é geralmente informativa. A presença de menstruação normal é o melhor indicador de integridade do eixo gonadotrófico em mulheres em idade reprodutiva.

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baixo em mulheres amenorreicas e na pré-menopausa com deficiência de gonadotrofina

hormônio estimulante da tireoide, tiroxina livre

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A avaliação concomitante de tiroxina livre e hormônio estimulante da tireoide (TSH) é necessária para o diagnóstico de hipotireoidismo central. Pacientes hospitalizados com doenças agudas graves podem ter a síndrome do doente eutireoidiano, que pode ser semelhante ao hipotireoidismo central. Esses pacientes costumam apresentar níveis de T3 significativamente mais baixos, em conjunto com uma história de doenças agudas. Nessas circunstâncias, a medição de T3 livre em conjunto com o TSH e o T4 livre é recomendada. Em casos raros, o TSH pode estar levemente elevado em pacientes com hipotireoidismo central. Nesse caso, o TSH será imunogênico mas não biologicamente ativo.

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T4 livre e índice de T4 livre são baixos no hipotireoidismo secundário e o TSH pode ser baixo ou normal

cortisol matinal

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Um nível de cortisol matinal >414 nanomoles/L (15 microgramas/dL) torna o diagnóstico de insuficiência adrenal improvável. Um nível de cortisol sérico matinal (<3 microgramas/dL) geralmente é indicativo de insuficiência adrenal. No entanto, não é incomum observar um nível de cortisol matinal na faixa intermediária (3 a 15 microgramas/dL). Esses pacientes devem ser avaliados adicionalmente por um teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico, que pode ser realizado a qualquer momento do dia.

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cortisol matinal (8h) <83 nanomoles/L (3 microgramas/dL) indica insuficiência adrenal

teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)

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O teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) pode ser realizado a qualquer hora do dia. Os valores ideais de cortisol devem ser individualizados, dependendo do ensaio usado, pois ensaios mais novos (por exemplo, imunoensaios de anticorpos monoclonais ou espectrometria de massa) podem ter um limiar mais baixo e resultar em teste falso-positivo.[45] O valor de 18 microgramas/dL para indicar insuficiência adrenal é derivado de ensaios de anticorpos policlonais; um corte de cortisol sérico inferior a 14-15 microgramas/dL é sugerido para os novos imunoensaios de anticorpos monoclonais específicos.[45]​​

Os valores de corte também precisam ser individualizados de acordo com o uso de cosintropina em dose alta ou baixa para o teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico usado.[46]​ Pacientes com deficiência leve, parcial ou de início recente do ACTH hipofisário ou do hormônio liberador de corticotrofina hipotalâmico (por exemplo, em 2 a 4 semanas após cirurgia hipofisária) podem ter uma resposta normal ao teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico, pelo fato de as glândulas adrenais não estarem suficientemente atrofiadas e ainda responderem a altíssimas concentrações de estímulo com ACTH. A capacidade do teste para detectar insuficiência adrenal leve melhora quando uma dose baixa de 1 micrograma de cosintropina é usada.[46]

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baixo na insuficiência adrenal, por exemplo cortisol <497 nanomoles/L (18 microgramas/dL) 30 minutos após 250 microgramas de cosintropina, administrados por injeção intramuscular ou intravenosa

hormônio adrenocorticotrófico

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Os níveis de hormônio adrenocorticotrófico não são confiáveis para o diagnóstico de insuficiência adrenal, mas podem ser usados para diferenciar uma insuficiência adrenal primária de uma secundária em pacientes com níveis de cortisol baixos.

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baixo ou dentro da faixa de variação normal em pacientes com insuficiência adrenal secundária

teste de tolerância à insulina para cortisol

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O TTI é geralmente usado na avaliação de pacientes com suspeita de insuficiência adrenal secundária para avaliar a integridade do eixo HHA inteiro. O TTI é considerado como o teste definitivo para avaliação do eixo HHA. No entanto, ele geralmente não é necessário, porque o teste de estímulo com o hormônio adrenocorticotrófico é mais simples de se realizar e, exceto se realizado em 2 a 4 semanas após um evento agudo na hipófise, será bem correlacionado com o TTI. Um nível de cortisol sérico acima de 18 microgramas/dL durante um TTI geralmente é considerado uma resposta normal. O teste deve ser feito por um clínico experiente e, geralmente, não é necessário para a avaliação da função adrenal na prática clínica geral.

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cortisol <18 microgramas/dL é considerado anormal

perfil metabólico básico

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Os pacientes com insuficiência adrenal secundária não são hipercalêmicos, porque o hormônio adrenocorticotrófico desempenha uma função pequena na regulação da aldosterona.

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hiponatremia pode ser observada no hipotireoidismo e na insuficiência adrenal

Hemograma completo

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A anemia pode ser uma característica em pacientes com hipogonadismo, hipotireoidismo e insuficiência adrenal prolongada.

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anemia

ressonância nuclear magnética (RNM) da hipófise com contraste de gadolínio

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A RNM da hipófise é preferível em relação à tomografia computadorizada (TC).[40]​ Ela delineia as características do tumor, inclusive qualquer invasão dos seios cavernosos e esfenoidais, além de compressão do quiasma. Ela também pode auxiliar na exclusão de outros diagnósticos.[39]​ A RNM é contraindicada nos pacientes com marca-passos permanentes e deve ser evitada em pacientes com doença renal em estádio terminal em diálise.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância magnética (RM) pré-contraste coronal (A) e sagital (B) de um paciente com macroadenoma hipofisário (seta, A). A massa hipofisária se estende em direção ao quiasma óptico com certo efeito de pressãoDo acervo de Dr. Amir Hamrahian [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@55afeb8c[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância magnética (RM) coronal antes (A) e após (B) injeção de contraste em um paciente com um microadenoma hipofisário pequeno. A lesão hipofisária é realçada menos que a hipófise normal após o contraste por gadolínio; aparenta ser hipodensa quando comparada à hipófise normal (seta, B)Do acervo de Dr. Amir Hamrahian [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@63035eb8

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massa selar

TC com contraste da hipófise

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Nos casos em que a RNM estiver indisponível ou for contraindicada, a TC poderá ser usada para demonstrar o tumor.

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massa selar

Investigações a serem consideradas

teste de estímulo do hormônio do crescimento

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A deficiência de hormônio de crescimento (GH) é melhor avaliada com testes dinâmicos, incluindo um teste de tolerância à insulina (TTI), um teste de estimulação com glucagon ou um teste de estimulação com arginina/hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GHRH) ou teste com macimorelin. O TTI é considerado o teste mais específico e sensível para avaliação do eixo hipotálamo-hipófise-hormônio do crescimento. No entanto, ele precisa ser realizado por médicos experientes e é, geralmente, desnecessário na prática da clínica geral.

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níveis de pico da estimulação com GH: <3 microgramas/L (<3 nanogramas/mL) (TTI ou estimulação com glucagon); <11 microgramas/L (<11 nanogramas/mL) (estimulação com arginina + GHRH; índice de massa corporal [IMC] <25kg/m²); <8 microgramas/L (<8 nanogramas/mL) (estimulação com arginina + GHRH; IMC 25-30 kg/m²); <4 microgramas/L (<4 nanogramas/mL) (estimulação com arginina + GHRH; IMC >30 kg/m²); níveis de GH <2.8 microgramas/L (<2.8 nanogramas/mL) (macimorelin).

perfil lipídico

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A hiperlipidemia pode ocorrer na deficiência de hormônio do crescimento e no hipogonadismo.

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hiperlipidemia

teste formal do campo visual de Humphrey ou Goldmann

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Exames oftalmológicos e testes formais de campo visual (testes de Humphrey ou Goldmann) são indicados se o diagnóstico por imagem indicar que o adenoma estiver causando pressão sobre o quiasma óptico ou estiver em contato com ele, a fim de documentar a acuidade visual e a ocorrência de deficits do campo visual.

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deficit do campo visual

coloração imuno-histoquímica

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Pode auxiliar no estabelecimento do estado funcionante do tumor após a ressecção.

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coloração positiva para subunidade alfa e hormônios da adeno-hipófise

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