síndrome de Reye
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
cuidados de suporte
O tratamento inicial começa pelos ABC´´'s básicos: assegurar uma via aérea, verificar se há respiração adequada e avaliar a circulação. Dois acessos venosos são recomendados.
É essencial o monitoramento contínuo e cuidadoso dos sinais vitais e do débito urinário. Os níveis de glicose plasmática devem ser medidos usando um aparelho de teste rápido, particularmente em lactentes e pacientes com estado mental alterado. Medidas frequentes de eletrólitos, potencial hidrogeniônico (pH) sérico, ácido lático, amônia, albumina e osmolalidade sérica devem ser realizadas. O tratamento é orientado pelas respostas clínica e bioquímica. As soluções intravenosas são indicadas em pacientes que estão gravemente desidratados ou com vômitos intratáveis. Edema cerebral pode ser agravado pela correção muito rápida ou supercorreção da depleção de volume e/ou acidose.
Ondansetrona pode ser administrada para diminuir vômitos.
Medidas para prevenir o aumento da pressão intracraniana (PIC) incluem elevação da cabeceira do leito a 30° e equilíbrio hídrico cuidadoso. Fluidos hipo-osmóticos devem ser evitados.
Opções primárias
ondansetrona: crianças: 1-2 mg por via intravenosa a cada 8 horas
furosemida
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pode ser necessária para sobrecarga hídrica causada pela supercorreção da depleção de volume.
Opções primárias
furosemida: crianças: 0.5 a 2 mg/kg por via intramuscular/intravenosa a cada 6-12 horas, ajustar de acordo com a resposta
monitoramento intensivo
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O Sistema Nacional de Vigilância da Síndrome de Reye (EUA) descreveu estágios crescentes de gravidade.[2]Hurwitz ES, Nelson DB, Davis C, et al. National surveillance for Reye syndrome: a five-year review. Pediatrics. 1982 Dec;70(6):895-900. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7145544?tool=bestpractice.com
Estágio 1: letárgico, vômitos; estágio 2: irritável, delirante, hiper-reflexivo, sinal de Babinski positivo, pupilas dilatadas/lentas, com resposta à dor; estágio 3: posição decorticada, obnubilado, sem resposta à dor; estágio 4: posição descerebrada, comatoso, pupilas dilatadas/fixas; estágio 5: arreflexia, paralisia flácida, pupilas sem resposta, convulsões, insuficiência respiratória; estágio 6: o paciente não pode ser classificado, pois foi tratado com curare ou outra medicação que altera o nível de consciência.
Colocação de um acesso arterial, cateter urinário para débito urinário exato e monitoramento cardiorrespiratório contínuo devem ser realizados. Estudos periódicos de eletrocardiograma (ECG) e eletroencefalograma (EEG) também podem ser necessários.
Uma decisão deve ser tomada quando os pacientes atingem o estágio clínico 3 para fornecer avaliação contínua da pressão de perfusão cerebral (PPC) e para monitorar o aumento da PIC. Uma consulta neurológica pode ser necessária. O monitoramento pode ser feito por meio de ventriculostomia, pino subaracnoide ou monitor de PIC intraparenquimal.
Cateteres de demora de pressão venosa central e arterial devem ser colocados se ainda não tiverem sido colocados.
Dióxido de carbono expirado também deve ser monitorado.
fluidoterapia intravenosa ± vasopressores
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Soluções cristaloides isotônicas (por exemplo, soro fisiológico ou solução de Ringer lactato) são recomendadas para a ressuscitação volêmica inicial.
Vasopressores como dobutamina, dopamina ou noradrenalina também podem ser benéficos.
Opções primárias
dobutamina: crianças: 0.5 a 2.5 microgramas/kg/minuto por via intravenosa inicialmente, ajustar de acordo com a resposta, máximo de 40 microgramas/kg/minuto
ou
dopamina: crianças: 1-5 microgramas/kg/minuto por via intravenosa inicialmente, ajustar de acordo com a resposta, máximo de 50 microgramas/kg/minuto
ou
noradrenalina: crianças: 0.1 micrograma/kg/minuto por via intravenosa inicialmente, ajustar de acordo com a resposta, máximo de 2 microgramas/kg/minuto
glicose intravenosa
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os níveis de glicose plasmática devem ser medidos usando-se um aparelho de teste rápido. Isso é particularmente importante nos lactentes e em qualquer paciente com estado mental alterado.
Opções primárias
glicose: siga o protocolo local para diretrizes de administração
infusão intravenosa lenta de bicarbonato
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Se o pH for <7.0, considere administrar bicarbonato até que o pH esteja >7.0. O tratamento pode ser repetido a cada 2 horas até que o pH esteja >7.0. O tratamento com bicarbonato deve ser administrado com cuidado devido ao risco potencial de acidose paradoxal do líquido cefalorraquidiano.
A terapia com bicarbonato diminui o potássio sérico, de modo que cloreto de potássio deve ser adicionado ao bicarbonato isotônico. O tratamento com bicarbonato de sódio também resulta em carga adicional de sódio, e os níveis séricos de sódio devem ser monitorados cuidadosamente. O deficit de bicarbonato pode ser calculado pela fórmula: HCO₃ (mEq) = peso (kg) x excesso de base x 0.3.
Edema cerebral pode ser agravado pela correção muito rápida ou supercorreção da depleção de volume e/ou acidose.
Opções primárias
bicarbonato de sódio: 1 mEq/kg/hora por via intravenosa
fenilacetato de sódio/benzoato de sódio
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A hiperamonemia pode ser corrigida com fenilacetato de sódio/benzoato de sódio. A administração deve ser em dose de ataque intravenosa via acesso central, seguida por uma infusão lenta ao longo de 24 horas.
Ondansetrona deve ser administrada durante os primeiros 15 minutos da iniciação da terapia com fenilacetato de sódio/benzoato de sódio para prevenir vômitos e possível aspiração.
Opções primárias
fenilacetato de sódio/benzoato de sódio: crianças: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
e
ondansetrona: crianças: 0.15 mg/kg por via intravenosa em dose única
hemodiálise
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A hemodiálise corrige a acidose metabólica e as anormalidades eletrolíticas.
Se a concentração sanguínea de amônia for >357 micromoles/L (>500 microgramas/dL), ou na ausência de resposta ao fenilacetato de sódio/benzoato de sódio, a hemodiálise deverá ser considerada.
esquema de diminuição da pressão intracraniana (PIC)
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A PIC elevada é sugerida clinicamente por irritabilidade e vômitos.
O monitoramento pode ser feito por meio de ventriculostomia, pino subaracnoide ou monitor de PIC intraparenquimal.
Opções primárias para diminuir a PIC incluem elevação da cabeceira do leito a 30° e equilíbrio hídrico cuidadoso. Fluidos hipo-osmóticos devem ser evitados. Analgésicos e sedação podem ser benéficos, pois a dor e a agitação podem aumentar a PIC. Quando o acesso ventricular está disponível, deve-se considerar a drenagem do líquido cefalorraquidiano.
As opções secundárias de tratamento para reduzir a PIC incluem a terapia osmótica com solução salina hipertônica a 3%; diuréticos osmóticos como o manitol também podem ser usados. Avaliação neurocirúrgica é aconselhada.
anticonvulsivante
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os pacientes que apresentarem convulsões devem ser tratados com um medicamento anticonvulsivante.
Opções primárias de tratamento são a fenitoína ou a fosfenitoína.
Anticonvulsivantes geralmente serão continuados até os pacientes não apresentarem mais convulsões; a suspensão dos medicamentos, tomadas as precauções usuais, pode, então, ser considerada.
Opções primárias
fenitoína: crianças: 10-20 mg/kg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por 5 mg/kg/dia administrados em 2 doses fracionadas
ou
fosfenitoína: crianças: 10-20 mg EF/kg por via intravenosa como dose de ataque, seguidos por 4-6 mg EF/kg/dia administrados em 2 doses fracionadas
Mais fosfenitoínaA dose é expressa como unidades equivalentes à fenitoína sódica (EF).
plasma fresco congelado e/ou transfusão de plaquetas
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Pacientes que apresentam ou desenvolvem coagulopatia necessitam de normalização do perfil de coagulação. Todos os pacientes devem ter acompanhamento de tempo de protrombina (TP) seriada, tempo de tromboplastina parcial (TTP), razão normalizada internacional (INR) e níveis de plaquetas e de fibrinogênio.
Se o tempo de protrombina for >16 segundos, a coagulopatia deverá ser corrigida com produtos de substituição. A correção da coagulopatia pode incluir plasma fresco congelado para a função anormal da coagulação e plaquetas para trombocitopenia grave.
Isso é particularmente importante se houver realização de um procedimento invasivo (por exemplo, colocação de pino intracraniano ou biópsia hepática).
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