Epidemiologia

Um total de 1207 casos de síndrome de Reye foi relatado aos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) nos EUA entre 1980 e 1997.[5] O pico da incidência ocorreu em 1980, com relato de 555 casos. A incidência tem diminuído de forma constante desde 1980, possivelmente em decorrência do excesso de diagnósticos nos anos anteriores, melhora dos testes metabólicos, menor prevalência da gripe (influenza) e diminuição do consumo de aspirina por crianças. Desde 1994, foram relatados 2 ou menos casos por ano nos EUA. Acredita-se que a incidência em 2009 situou-se entre <0.3 e 1.0/100,000 em pessoas com menos de 18 anos de idade.[6][7][8] É difícil estabelecer a incidência exata, pois não é mais obrigatório notificar casos de síndrome de Reye ao CDC nos EUA.[9]

Dos 1207 casos de síndrome de Reye notificados ao CDC dos EUA entre 1980 e 1997, 93% ocorreram em pacientes brancos; 5% dos pacientes eram negros, 2% asiáticos e 0.3% eram povos nativos da América ou do Alasca.[5] Não houve predileção por sexo. A idade máxima de incidência foi entre 5 e 14 anos, com uma mediana de 6 anos e média de 7 anos.[5] Doença viral prévia, mais comumente respiratória, no período de três semanas que antecederam o início da síndrome de Reye foi relatada em 93% dos pacientes (n=1080) para os quais havia dados disponíveis (n=1160).[5] Um aumento do número de casos nos EUA foi encontrado entre os meses de dezembro e abril, período que corresponde ao pico de ocorrências da maioria das infecções respiratórias virais.[5] Desde a década de 1990, essa associação sazonal perdeu força. Globalmente, não se encontrou uma predominância sazonal.[5]

A síndrome de Reye raramente ocorre em crianças <1 ano de idade ou >18 anos de idade.[5][10]

No Reino Unido e na Irlanda, 264 casos de síndrome de Reye foram relatados entre 1981 e 1985; apenas 5 casos foram relatados entre 1996 e 1997.[11][6][12] A síndrome de Reye é um diagnóstico raro na Europa continental e na Ásia.[6]

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