O prognóstico depende de vários fatores, como evento desencadeador, estado cardíaco subjacente, risco de tromboembolismo e se a natureza da fibrilação atrial (FA) é paroxística, persistente ou permanente. Quase 25% dos pacientes com FA paroxística ou persistente progridem para uma forma mais sustentada dentro de 1.5 ano, no qual a frequência cardíaca e a idade são preditores fortes da progressão da FA.[189]Holmqvist F, Kim S, Steinberg BA, et al. Heart rate is associated with progression of atrial fibrillation, independent of rhythm. Heart. 2015 Jun;101(11):894-9.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4453487
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25732748?tool=bestpractice.com
Por outro lado, os prognósticos em curto e longo prazo para pacientes que apresentam FA inicial e a sua relação com insuficiência cardíaca após um infarto do miocárdio (IAM) são desfavoráveis. Um grande estudo de coorte sueco envolvendo pacientes internados por conta de IAM revelou um risco 30% mais alto de eventos cardiovasculares (ou seja, mortalidade por todas as causas, IAM e acidente vascular cerebral isquêmico) entre aqueles com FA (todos os tipos) em comparação àqueles em ritmo sinusal.[190]Batra G, Svennblad B, Held C, et al. All types of atrial fibrillation in the setting of myocardial infarction are associated with impaired outcome. Heart. 2016 Jun 15;102(12):926-33.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26928408?tool=bestpractice.com
Pacientes com IAM que também apresentam FA necessitam de acompanhamento clínico cuidadoso.
Estudos em pacientes com dispositivo cardíaco eletrônico implantável (DCEI) mostraram que o aumento da carga de FA (detectada pelo DCEI) está associado a um aumento do risco de desfechos adversos, incluindo mortalidade por todas as causas.[191]Steinberg BA, Li Z, O'Brien EC, et al. Atrial fibrillation burden and heart failure: data from 39,710 individuals with cardiac implanted electronic devices. Heart Rhythm. 2021 May;18(5):709-16.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33508517?tool=bestpractice.com
[192]Chew DS, Li Z, Steinberg BA, et al. Arrhythmic burden and the risk of cardiovascular outcomes in patients with paroxysmal atrial fibrillation and cardiac implanted electronic devices. Circ Arrhythm Electrophysiol. 2022 Feb;15(2):e010304.
https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIRCEP.121.010304?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35089799?tool=bestpractice.com
A FA clínica assintomática foi associada de maneira independente a aumentos do risco de acidente vascular cerebral (AVC) e da mortalidade, em comparação com a FA sintomática.[2]Hindricks G, Potpara T, Dagres N, et al. 2020 ESC guidelines for the diagnosis and management of atrial fibrillation developed in collaboration with the European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS). Eur Heart J. 2021 Feb 1;42(5):373-498.
https://academic.oup.com/eurheartj/article/42/5/373/5899003
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32860505?tool=bestpractice.com