Prognóstico

O prognóstico depende de vários fatores, como evento desencadeador, estado cardíaco subjacente, risco de tromboembolismo e se a natureza da fibrilação atrial (FA) é paroxística, persistente ou permanente. Quase 25% dos pacientes com FA paroxística ou persistente progridem para uma forma mais sustentada dentro de 1.5 ano, no qual a frequência cardíaca e a idade são preditores fortes da progressão da FA.[189] Por outro lado, os prognósticos em curto e longo prazo para pacientes que apresentam FA inicial e a sua relação com insuficiência cardíaca após um infarto do miocárdio (IAM) são desfavoráveis. Um grande estudo de coorte sueco envolvendo pacientes internados por conta de IAM revelou um risco 30% mais alto de eventos cardiovasculares (ou seja, mortalidade por todas as causas, IAM e acidente vascular cerebral isquêmico) entre aqueles com FA (todos os tipos) em comparação àqueles em ritmo sinusal.[190] Pacientes com IAM que também apresentam FA necessitam de acompanhamento clínico cuidadoso.

Estudos em pacientes com dispositivo cardíaco eletrônico implantável (DCEI) mostraram que o aumento da carga de FA (detectada pelo DCEI) está associado a um aumento do risco de desfechos adversos, incluindo mortalidade por todas as causas.[191][192]

A FA clínica assintomática foi associada de maneira independente a aumentos do risco de acidente vascular cerebral (AVC) e da mortalidade, em comparação com a FA sintomática.[2]

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