Monitoramento
Para um paciente com fibrilação atrial (FA) persistente considerada secundária a uma causa reversível, quando esta tiver sido removida o acompanhamento em longo prazo pode não ser necessário depois do tratamento inicial e da avaliação da FA. Para um paciente que necessita de terapia continuada devido à avaliação do risco de recorrência, o acompanhamento deve incluir as seguintes categorias gerais:
Tratamento adequado do diagnóstico clínico/cardíaco associado
Avaliação periódica da eficácia do tratamento
Avaliação periódica dos efeitos adversos ou das complicações da terapia
Manutenção e monitoramento da anticoagulação adequada
Reavaliação da terapia atual se o problema cardiovascular subjacente mudar ou evoluir ou se a FA se tornar permanente.
Durante o início da terapia medicamentosa, é importante monitorar os sintomas e a relação entre os sintomas e o ritmo e a frequência cardíacos.[81] Isso pode ser desafiador quando os eventos não forem frequentes nem previsíveis, mas os dispositivos de saúde móveis podem aumentar a detecção da FA, em comparação com a prática padrão (por exemplo, dispositivos móveis portáteis, Holter de 24 horas).[81] Há várias escalas de classificação disponíveis para monitorar os sintomas, por exemplo, Symptom Checklist Frequency and Severity Scale, Atrial Fibrillation Effect on Quality of Life e Atrial Fibrillation Severity Scale, da Universidade de Toronto, embora algumas sejam limitadas em termos de testagem da sua validade ou de cobertura dos sintomas.[81]
Como alguns pacientes com FA têm recorrências assintomáticas independentemente da terapia (medicamento antiarrítmico ou ablação), a anticoagulação deve ser considerada em longo prazo. Avaliação da carga de FA com um monitoramento por Holter, monitor de eventos, marca-passo ou desfibrilador cardíaco implantável, além de monitor de eventos implantável (loop) poderão ser considerados se o paciente for sintomático. Basicamente, isso servirá para garantir que as frequências cardíacas ventriculares sejam controladas se a FA evoluir para FA permanente ou se a quantidade e a duração dos episódios de FA mudarem. Qualquer alteração no quadro clínico de um paciente com história de FA deve ser informada ao médico para que este avalie a recorrência como causa da alteração clínica.
É razoável monitorar a função cardíaca por ecocardiografia transtorácica a cada 3-6 meses em pacientes tratados com uma estratégia de controle de frequência cardíaca, para avaliar o desenvolvimento de cardiomiopatia induzida por taquicardia relacionada com a FA.
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