Prognóstico

A modificação dos fatores de risco é fundamental para evitar ou retardar o aparecimento da insuficiência cardíaca clínica evidente. Após a insuficiência cardíaca ter sido diagnosticada, o prognóstico dos pacientes insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada parece ser semelhante ao de pacientes com função sistólica comprometida. Taxas de mortalidade (1 ano e 5 anos) relatadas, reinternação por insuficiência cardíaca e complicações intra-hospitalares são semelhantes entre os 2 grupos.[12][14]

Níveis mais elevados de fragmento N-terminal do peptídeo natriurético do tipo B (NT-proPNB) estão associados a aumento dos riscos de mortalidade por todas as causas e de hospitalizações por insuficiência cardíaca.[140]

A presença de anemia pode ser um indicador de prognóstico desfavorável e/ou aumento da mortalidade e deve ser tratada de forma apropriada.[141]

A depressão é encontrada em 20% a 40% dos pacientes com insuficiência cardíaca e está associada com morbidade e mortalidade elevadas, quando comparada com pacientes com insuficiência cardíaca sem depressão.[142][143][144]​ Portanto, existe a necessidade de rastreamento e intervenção precoce quando há a presença de depressão.[145]

Um estudo que analisou comorbidades em duas grandes coortes de pacientes (uma de 2002 e outra de 2017) revelou que, na coorte anterior, a doença cerebrovascular, o diabetes mellitus e a doença renal crônica (DRC) foram preditores independentes para desfechos adversos (hospitalização por IC e mortalidade por todas as causas durante um acompanhamento total de 1.5 anos), e a fibrilação/flutter atrial mostrou uma tendência não significativa para desfechos ruins. Na coorte do final de 2017, os preditores independentes foram anemia, obesidade e DPOC, com a DRC mostrando uma tendência a desfechos desfavoráveis. Outras condições crônicas incluídas no modelo não foram associadas ao prognóstico de maneira independente, no entanto, uma carga global maior de comorbidades foi associada a um aumento dos riscos de hospitalização por IC ou mortalidade por todas as causas.[18]

Uma metanálise sugere que até mesmo um padrão de enchimento diastólico pseudonormal está associado a um aumento do risco de morte em comparação com relaxamento anormal ou um padrão normal, e que o risco é semelhante ao observado com um padrão de enchimento restritivo.[146]

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