Monitoramento

Radiografias torácicas seriadas são usadas para monitorar a resposta terapêutica. O fechamento da cavidade leva, em média, 4 semanas, mas, em alguns casos, pode demorar meses.[66] A remissão dos infiltrados circunjacentes requer pelo menos 8 semanas. É importante ressaltar que a aparência na radiografia torácica pode piorar durante a primeira semana do tratamento e que a melhora radiográfica pode só ser vista após a resolução clínica.[67]

Outras abordagens de monitoramento têm sido recomendadas. Por exemplo, o monitoramento de qualquer queda do nível da proteína C-reativa é plausível para avaliar a resposta terapêutica, mas os dados publicados são escassos e limitados a abcessos pulmonares que complicam a pneumonia. A albumina pode também estar baixa na apresentação, sobretudo em abscessos subagudos ou crônicos, mas não é útil para monitorar a resposta aguda a antibióticos, pois sua interpretação é afetada por condições que causam confusão. No entanto, a albumina baixa parece prever desfechos adversos e pode predispor ao desenvolvimento de infecção.[68]

A terapêutica antimicrobiana eficaz geralmente promove a redução gradual da febre ao longo de 7 a 10 dias e uma melhora subjetiva do paciente. A febre que persiste além de 2 semanas levanta a suspeita de complicações (por exemplo, empiema), de uma obstrução subjacente (neoplasia maligna ou corpo estranho), de infecção por um microrganismo resistente ou resposta inadequada ao tratamento (por exemplo, com uma cavidade grande). Esses casos requerem testes diagnósticos adicionais, tais como broncoscopia, TC e culturas para patógenos incomuns.

Pode haver recidiva se a terapia for descontinuada antes da resolução dos achados da radiografia torácica, mesmo que o paciente esteja assintomático.

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