História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem contato próximo com um paciente com hanseníase multibacilar, pobreza e residência em área endêmica.
lesões cutâneas típicas
Uma variedade de lesões pode ser observada, mas máculas, pápulas ou nódulos são comuns.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Hanseníase paucibacilar (PB; tuberculoide dimorfa)OMS [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Hanseníase multibacilar (MB) inicialOMS [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Nódulos de hanseníase multibacilar (MB)OMS [Citation ends].
Uma lesão inicial pode ocorrer como uma mancha mal definida, hipopigmentada ou eritematosa com anestesia. As lesões podem ter coloração avermelhada ou acobreada. A doença também pode ocorrer com diversas placas infiltradas ou com uma infiltração cutânea difusa apenas.
acometimento do nervo
O exame físico deve incluir palpação dos nervos periféricos. Podem estar presentes sensibilidade, parestesias ou espessamento de um nervo. Os mais comumente envolvidos são os nervos ulnar, cutâneo radial, mediano, poplíteo, tibial e auricular magno. Além disso, dormência dos membros e perda da função do nervo (mãos em garra, pé caído, paralisia facial).
A hanseníase pode se manifestar como áreas de anestesia na pele, sem manchas cutâneas (hanseníase neural pura).
perda sensitiva
Uma característica típica da hanseníase. As lesões cutâneas podem mostrar perda de sensibilidade ao estímulo doloroso e/ou tátil leve.
Outros fatores diagnósticos
comuns
reações imunológicas
Dois tipos de reações afetam 30% a 50% dos pacientes com lepra: reação do tipo 1 (reação reversa) e reação do tipo 2 (eritema nodoso hansênico). Essas reações são, muitas vezes, incorretamente consideradas complicações da terapia polimedicamentosa. As reações são emergências médicas que podem aumentar a morbidade relacionada à hanseníase. É importante reconhecê-las especificamente e tratá-las para reduzir o ônus da incapacidade na hanseníase. Uma terceira reação, relativamente rara, é chamada de fenômeno de Lúcio.
lesões oculares
O olho pode ser afetado pela lesão do nervo nos músculos da pálpebra ou na córnea. A hanseníase é a terceira principal causa de cegueira no mundo. Pacientes hansenianos podem desenvolver complicações oculares, como ulceração da córnea, iridociclite e lagoftalmia.
Fatores de risco
Fortes
contato próximo com um indivíduo com hanseníase multibacilar
A incidência real e o risco relativo entre os contatos parecem variar de modo considerável em diferentes estudos. As taxas de infecção de pessoas que tiveram contato com indivíduos com hanseníase lepromatosa variaram de 6.2 a cada 1000 por ano na província de Cebu, nas Filipinas, a 55.8 a cada 1000 por ano em uma parte do sul da Índia.[21][22]
pobreza
A hanseníase está geralmente, mas não exclusivamente, associada a comunidades carentes onde a desnutrição, a superpopulação e os baixos padrões de higiene são muito comuns.
residência em áreas endêmicas
Em 2019, 96% dos casos novos de hanseníase foram registrados em 23 países prioritários: Angola, Bangladesh, Brasil, Comores, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Egito, Etiópia, Micronésia (Estados Federados da), Índia, Indonésia, Quiribati, Madagascar, Moçambique, Mianmar, Nepal, Nigéria, Filipinas, Sudão do Sul, Sri Lanka, Sudão, Somália e República Unida da Tanzânia.[23] A maior parte desses casos ocorreu no Brasil, na Índia e na Indonésia.
Fracos
predisposição genética
Há evidências de que nem todas as pessoas infectadas por Mycobacterium leprae desenvolvem hanseníase. Acredita-se que fatores genéticos tenham algum tipo de influência, com base na observação da concentração de hanseníase em determinadas famílias.
transmissão zoonótica
Na região sul dos Estados Unidos, foram descobertos pacientes com hanseníase e sem exposição a estrangeiros infectados com a mesma cepa de Mycobacterium leprae que tatus selvagens da região.[16]O M leprae e o M lepromatosis foram encontrados em esquilos vermelhos no Reino Unido e na Irlanda e em chimpanzés selvagens na África Ocidental.[14][15]
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