Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

não gestante: linfocutânea/cutânea

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1ª linha – 

terapia antifúngica

A resolução espontânea da esporotricose é rara, e o tratamento é necessário.

O itraconazol é o tratamento de primeira escolha. O prognóstico é excelente, com taxas de cura de 90% a 100%.[37][38][39]​ A solução oral é a formulação preferida para tratar a esporotricose por causa de suas características favoráveis de absorção.

Itraconazol em doses mais altas (por exemplo, 200 mg duas vezes ao dia em vez de uma vez ao dia), terbinafina ou solução saturada de iodeto de potássio são recomendados para pacientes que não respondem à terapia inicial com itraconazol.[10][41][42][44]

O fluconazol deverá ser usado apenas se outros agentes antifúngicos não forem tolerados. Fluconazol e terbinafina não devem ser usados em crianças.

Ciclo do tratamento: 3 a 6 meses (isto é, por 2 a 4 semanas após a resolução de todas as lesões).

Opções primárias

itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3 dias, seguido por 200 mg uma vez ao dia

Opções secundárias

iodo/iodeto de potássio: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

ou

terbinafina: adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia

Opções terciárias

fluconazol: adultos: 400-800 mg por via oral uma vez ao dia

não gestante: doença extracutânea leve/moderada

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1ª linha – 

itraconazol

O itraconazol é o tratamento de primeira escolha em pacientes com doença osteoarticular e pulmonar menos grave por pelo menos 3 a 6 meses, e até 12 meses, da duração total do tratamento, dependendo da resposta clínica.

Os níveis séricos de itraconazol devem ser monitorados em pacientes que receberam pelo menos 2 semanas de terapia para garantir níveis adequados do medicamento (nível alvo: >1 micrograma/mL).

Opções primárias

itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia

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Considerar – 

desbridamento cirúrgico da doença osteoarticular

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O desbridamento cirúrgico adjuvante pode ser útil em certas ocasiões, como na drenagem de artrite séptica, na ressecção por sequestro ou na sinovectomia.

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Considerar – 

ressecção do tecido pulmonar afetado

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ressecção cirúrgica adjuvante do tecido pulmonar afetado, sempre que viável, é recomendada para a doença pulmonar localizada em combinação com anfotericina B. Entretanto, muitos pacientes que desenvolvem esporotricose pulmonar apresentam DPOC e não são capazes de tolerar a cirurgia.

não gestante: doença extracutânea grave/com risco de vida

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anfotericina B seguida por itraconazol

Para a doença osteoarticular e pulmonar grave ou com risco de vida, em todos os pacientes com doença meníngea ou disseminada, ou em pacientes sem resposta clínica ao itraconazol, deve ser administrada anfotericina B, seguida por 3 a 6 meses de itraconazol, e por até 12 meses de redução gradual da terapia quando uma resposta favorável for observada.

As formulações lipídicas da anfotericina B são associadas com uma incidência mais baixa de toxicidade renal em comparação com a anfotericina B desoxicolato.

Os níveis séricos de itraconazol devem ser monitorados em pacientes que receberam pelo menos 2 semanas de terapia para garantir níveis adequados do medicamento (nível alvo: >1 micrograma/mL).

Opções primárias

complexo lipídico de anfotericina B: crianças e adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia

ou

anfotericina B desoxicolato: adultos: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia

ou

itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia

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Considerar – 

desbridamento cirúrgico da doença osteoarticular

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O desbridamento cirúrgico adjuvante pode ser útil em certas ocasiões, como na drenagem de artrite séptica, na ressecção por sequestro ou na sinovectomia.

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Considerar – 

ressecção do tecido pulmonar afetado

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ressecção cirúrgica adjuvante do tecido pulmonar afetado, sempre que viável, é recomendada para a doença pulmonar localizada em combinação com anfotericina B. Entretanto, muitos pacientes que desenvolvem esporotricose pulmonar apresentam DPOC e não são capazes de tolerar a cirurgia.

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associado a – 

terapia de supressão crônica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em pacientes com HIV e em outros pacientes imunocomprometidos, a terapia de supressão crônica com itraconazol é recomendada para prevenir a recidiva depois que o tratamento inicial estiver completo.

Em pacientes com esporotricose meníngea, é necessária a supressão durante toda a vida.

Em pacientes com esporotricose disseminada, a descontinuação do tratamento de supressão poderá ser considerada se a contagem de CD4 permanecer acima de 200 células/mm³ por >1 ano e se o paciente tiver recebido terapia com itraconazol por >1 ano.

Opções primárias

itraconazol: crianças: 100 mg por via oral uma vez ao dia; adultos: 200 mg por via oral uma vez ao dia

gestantes: cutânea

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hipertermia local

É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.

A hipertermia local pode ser usada na esporotricose cutânea fixa.

Deve ser realizada a aplicação diária (cerca de 1 hora/dia) de calor por aquecedor portátil ou infravermelho para atingir temperaturas de 42 °C a 43 °C (107.6 °F a 109.4 °F) por aproximadamente 3 a 6 meses.

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2ª linha – 

terbinafina

É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.

A terbinafina não deve causar toxicidade fetal mas, como passa para o leite materno, ela pode exercer algum efeito em bebês na fase de amamentação. Os riscos e benefícios do uso de terbinafina em gestantes e lactantes devem ser cuidadosamente discutidos com cada paciente, e as decisões devem ser individualizadas.

Ciclo de tratamento: 3 a 6 meses.

Opções primárias

terbinafina: adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia

gestantes: linfocutânea

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1ª linha – 

observação até o parto

É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.

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2ª linha – 

terbinafina

É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.

A terbinafina não deve causar toxicidade fetal mas, como passa para o leite materno, ela pode exercer algum efeito em bebês na fase de amamentação. Os riscos e benefícios do uso de terbinafina em gestantes e lactantes devem ser cuidadosamente discutidos com cada paciente, e as decisões devem ser individualizadas.

Ciclo de tratamento: 3 a 6 meses.

Opções primárias

terbinafina: adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia

gestantes: extracutânea

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1ª linha – 

anfotericina B

A anfotericina B pode ser usada para a esporotricose extracutânea grave. Ela é administrada até que seja observada uma resposta favorável.

Os antifúngicos azólicos são contraindicados em função de seu potencial teratogênico.

Opções primárias

complexo lipídico de anfotericina B: adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia

ou

anfotericina B desoxicolato: adultos: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia

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associado a – 

terapia de supressão crônica

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em pacientes com HIV e em outros pacientes que apresentam imunocomprometimento, a terapia de supressão crônica com itraconazol é recomendada para prevenir a recidiva depois que o tratamento inicial estiver completo.

Em pacientes com esporotricose meníngea, é necessária a supressão durante toda a vida.

Em pacientes com esporotricose disseminada, a descontinuação do tratamento de supressão poderá ser considerada se a contagem de CD4 permanecer acima de 200 células/mm³ por >1 ano e se o paciente tiver recebido terapia com itraconazol por >1 ano.

Opções primárias

itraconazol: adultos: 200 mg por via oral uma vez ao dia

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