Esporotricose
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
não gestante: linfocutânea/cutânea
terapia antifúngica
A resolução espontânea da esporotricose é rara, e o tratamento é necessário.
O itraconazol é o tratamento de primeira escolha. O prognóstico é excelente, com taxas de cura de 90% a 100%.[37]Sharkey-Mathis PK, Kauffman CA, Graybill JR, et al. Treatment of sporotrichosis with itraconazole. NIAID Mycoses Study Group. Am J Med. 1993 Sep;95(3):279-85. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8396321?tool=bestpractice.com [38]Restrepo A, Robledo J, Gómez I, et al. Itraconazole therapy in lymphangitic and cutaneous sporotrichosis. Arch Dermatol. 1986 Apr;122(4):413-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3006602?tool=bestpractice.com [39]Conti Díaz IA, Civila E, Gezuele E, et al. Treatment of human cutaneous sporotrichosis with itraconazole. Mycoses. 1992 May-Jun;35(5-6):153-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1335550?tool=bestpractice.com A solução oral é a formulação preferida para tratar a esporotricose por causa de suas características favoráveis de absorção.
Itraconazol em doses mais altas (por exemplo, 200 mg duas vezes ao dia em vez de uma vez ao dia), terbinafina ou solução saturada de iodeto de potássio são recomendados para pacientes que não respondem à terapia inicial com itraconazol.[10]da Rosa AC, Scroferneker ML, Vettorato R, et al. Epidemiology of sporotrichosis: a study of 304 cases in Brazil. J Am Acad Dermatol. 2005 Mar;52(3 Pt 1):451-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15761423?tool=bestpractice.com [41]Cabezas C, Bustamante B, Holgado W, et al. Treatment of cutaneous sporotrichosis with one daily dose of potassium iodide. Pediatr Infect Dis J. 1996 Apr;15(4):352-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8866807?tool=bestpractice.com [42]Itoh M, Okamoto S, Kariya H. Survey of 200 cases of sporotrichosis. Dermatologica. 1986;172(4):209-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/3709907?tool=bestpractice.com [44]Chapman SW, Pappas P, Kauffmann C, et al. Comparative evaluation of the efficacy and safety of two doses of terbinafine (500 and 1000 mg day(-1)) in the treatment of cutaneous or lymphocutaneous sporotrichosis. Mycoses. 2004 Feb;47(1-2):62-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14998402?tool=bestpractice.com
O fluconazol deverá ser usado apenas se outros agentes antifúngicos não forem tolerados. Fluconazol e terbinafina não devem ser usados em crianças.
Ciclo do tratamento: 3 a 6 meses (isto é, por 2 a 4 semanas após a resolução de todas as lesões).
Opções primárias
itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia por 3 dias, seguido por 200 mg uma vez ao dia
Opções secundárias
iodo/iodeto de potássio: crianças e adultos: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
ou
terbinafina: adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções terciárias
fluconazol: adultos: 400-800 mg por via oral uma vez ao dia
não gestante: doença extracutânea leve/moderada
itraconazol
O itraconazol é o tratamento de primeira escolha em pacientes com doença osteoarticular e pulmonar menos grave por pelo menos 3 a 6 meses, e até 12 meses, da duração total do tratamento, dependendo da resposta clínica.
Os níveis séricos de itraconazol devem ser monitorados em pacientes que receberam pelo menos 2 semanas de terapia para garantir níveis adequados do medicamento (nível alvo: >1 micrograma/mL).
Opções primárias
itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
desbridamento cirúrgico da doença osteoarticular
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O desbridamento cirúrgico adjuvante pode ser útil em certas ocasiões, como na drenagem de artrite séptica, na ressecção por sequestro ou na sinovectomia.
ressecção do tecido pulmonar afetado
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A ressecção cirúrgica adjuvante do tecido pulmonar afetado, sempre que viável, é recomendada para a doença pulmonar localizada em combinação com anfotericina B. Entretanto, muitos pacientes que desenvolvem esporotricose pulmonar apresentam DPOC e não são capazes de tolerar a cirurgia.
não gestante: doença extracutânea grave/com risco de vida
anfotericina B seguida por itraconazol
Para a doença osteoarticular e pulmonar grave ou com risco de vida, em todos os pacientes com doença meníngea ou disseminada, ou em pacientes sem resposta clínica ao itraconazol, deve ser administrada anfotericina B, seguida por 3 a 6 meses de itraconazol, e por até 12 meses de redução gradual da terapia quando uma resposta favorável for observada.
As formulações lipídicas da anfotericina B são associadas com uma incidência mais baixa de toxicidade renal em comparação com a anfotericina B desoxicolato.
Os níveis séricos de itraconazol devem ser monitorados em pacientes que receberam pelo menos 2 semanas de terapia para garantir níveis adequados do medicamento (nível alvo: >1 micrograma/mL).
Opções primárias
complexo lipídico de anfotericina B: crianças e adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: adultos: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
itraconazol: crianças: 6-10 mg/kg por via oral uma vez ao dia, máximo de 400 mg/dia; adultos: 200 mg por via oral duas vezes ao dia
desbridamento cirúrgico da doença osteoarticular
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O desbridamento cirúrgico adjuvante pode ser útil em certas ocasiões, como na drenagem de artrite séptica, na ressecção por sequestro ou na sinovectomia.
ressecção do tecido pulmonar afetado
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A ressecção cirúrgica adjuvante do tecido pulmonar afetado, sempre que viável, é recomendada para a doença pulmonar localizada em combinação com anfotericina B. Entretanto, muitos pacientes que desenvolvem esporotricose pulmonar apresentam DPOC e não são capazes de tolerar a cirurgia.
terapia de supressão crônica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em pacientes com HIV e em outros pacientes imunocomprometidos, a terapia de supressão crônica com itraconazol é recomendada para prevenir a recidiva depois que o tratamento inicial estiver completo.
Em pacientes com esporotricose meníngea, é necessária a supressão durante toda a vida.
Em pacientes com esporotricose disseminada, a descontinuação do tratamento de supressão poderá ser considerada se a contagem de CD4 permanecer acima de 200 células/mm³ por >1 ano e se o paciente tiver recebido terapia com itraconazol por >1 ano.
Opções primárias
itraconazol: crianças: 100 mg por via oral uma vez ao dia; adultos: 200 mg por via oral uma vez ao dia
gestantes: cutânea
hipertermia local
É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.
A hipertermia local pode ser usada na esporotricose cutânea fixa.
Deve ser realizada a aplicação diária (cerca de 1 hora/dia) de calor por aquecedor portátil ou infravermelho para atingir temperaturas de 42 °C a 43 °C (107.6 °F a 109.4 °F) por aproximadamente 3 a 6 meses.
terbinafina
É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.
A terbinafina não deve causar toxicidade fetal mas, como passa para o leite materno, ela pode exercer algum efeito em bebês na fase de amamentação. Os riscos e benefícios do uso de terbinafina em gestantes e lactantes devem ser cuidadosamente discutidos com cada paciente, e as decisões devem ser individualizadas.
Ciclo de tratamento: 3 a 6 meses.
Opções primárias
terbinafina: adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia
gestantes: linfocutânea
observação até o parto
É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.
terbinafina
É preferível esperar até o parto para tratar a esporotricose linfocutânea com agentes antifúngicos.
A terbinafina não deve causar toxicidade fetal mas, como passa para o leite materno, ela pode exercer algum efeito em bebês na fase de amamentação. Os riscos e benefícios do uso de terbinafina em gestantes e lactantes devem ser cuidadosamente discutidos com cada paciente, e as decisões devem ser individualizadas.
Ciclo de tratamento: 3 a 6 meses.
Opções primárias
terbinafina: adultos: 500 mg por via oral duas vezes ao dia
gestantes: extracutânea
anfotericina B
A anfotericina B pode ser usada para a esporotricose extracutânea grave. Ela é administrada até que seja observada uma resposta favorável.
Os antifúngicos azólicos são contraindicados em função de seu potencial teratogênico.
Opções primárias
complexo lipídico de anfotericina B: adultos: 3-5 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
ou
anfotericina B desoxicolato: adultos: 0.7 a 1 mg/kg por via intravenosa uma vez ao dia
terapia de supressão crônica
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em pacientes com HIV e em outros pacientes que apresentam imunocomprometimento, a terapia de supressão crônica com itraconazol é recomendada para prevenir a recidiva depois que o tratamento inicial estiver completo.
Em pacientes com esporotricose meníngea, é necessária a supressão durante toda a vida.
Em pacientes com esporotricose disseminada, a descontinuação do tratamento de supressão poderá ser considerada se a contagem de CD4 permanecer acima de 200 células/mm³ por >1 ano e se o paciente tiver recebido terapia com itraconazol por >1 ano.
Opções primárias
itraconazol: adultos: 200 mg por via oral uma vez ao dia
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