Prevenção primária
Obesidade, atividade física limitada, dieta deficiente e tabagismo podem aumentar o risco de incontinência fecal, embora não haja evidências concretas. Evitar tais fatores pode ajudar.
Diferentes intervenções foram usadas no período anteparto ou no momento do parto para tentar reduzir o trauma perineal. Isso inclui massagem perineal materna, suporte perineal manual, compressas quentes e força expulsiva protelada. Há boa evidências de que a aplicação de compressas quentes no períneo durante o trabalho de parto expulsivo reduz a incidência de laceração de terceiro e quarto graus. No entanto, não há evidências de alta qualidade para dar suporte a outras intervenções.[13]
Caso haja necessidade de episiotomia, a episiotomia mediolateral pode ser preferível à episiotomia na linha média, pois a episiotomia na linha média foi associada ao aumento do risco de lesão do esfíncter anal. No entanto, a episiotomia mediolateral foi associada ao aumento do risco de dor perineal e dispareunia.[13]
É incerto se o treinamento do músculo do assoalho pélvico pré-natal ou pós-parto reduz a incontinência fecal em 6-12 meses pós-parto em comparação com os cuidados habituais.[24] Entretanto, há algumas evidências que sugerem benefícios em curto prazo no treino dos músculos do assoalho pélvico após uma cirurgia pélvica.[25]
O manejo efetivo de comorbidades, como diabetes mellitus, pode reduzir a incontinência. Algumas intervenções precisam ser eliminadas (por exemplo, o uso rotineiro de episiotomia, o uso deliberado de esfincterotomia lateral e a distensão do esfíncter anal nas mulheres). O parto cesáreo não parece ser preventivo.[9]
Prevenção secundária
A opinião de especialistas sugere que, em mulheres com história de lesão obstétrica do esfíncter anal, um parto cesáreo pode ser oferecido em gestações subsequentes, caso tenham apresentado incontinência anal após o parto. Elas devem ser informadas de que o risco absoluto de uma lesão recorrente no esfíncter é baixa com um parto vaginal subsequente; no entanto, é razoável realizar um parto cesáreo com base na solicitação da paciente após discutir os riscos associados.[13]
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