Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
exame físico associado a endoscopia
Exame
A inspeção do períneo pode revelar cicatrizes ou fístulas. O prolapso retal será facilmente identificado com o paciente sentado em uma cadeira sanitária, realizando esforço para evacuar. O exame de toque é útil para avaliar tanto o tônus em contração como o em relaxamento (incluindo a manutenção da pressão em contração) e identificará impactação fecal. Pode haver uma massa retal devida a impactação de bolo fecal ou devida a uma neoplasia maligna no reto. Um ânus patuloso é um sinal de baixa pressão do esfíncter em relaxamento. A sensibilidade perianal reduzida, com uma história relevante, pode indicar prolapso agudo de hérnia de disco ou síndrome da cauda equina. A endoscopia identificará hemorroidas ou doença inflamatória intestinal, ou um pólipo/câncer.
Resultado
o diagnóstico é clínico
Investigações a serem consideradas
manometria anorretal
Exame
As pressões de relaxamento e de contração refletem a função do esfíncter interno e externo, respectivamente. Sensação e reflexos refletem integridade neurológica. A capacidade e a complacência retais refletem a função de reservatório retal.
O procedimento requer um transdutor de pressão (de perfusão de água ou de estado sólido), assim como um balão, que pode ser inflado gradativamente para avaliar a sensibilidade. Os intervalos normais para cada parâmetro variam entre os laboratórios.
Resultado
uma sensibilidade elevada pode ser observada na síndrome do intestino irritável; a capacidade e a complacência retais podem estar reduzidas na doença inflamatória intestinal e após cirurgia de ressecção retal
ultrassonografia endoanal
Exame
O procedimento requer uma sonda específica e um transdutor, o que permite a avaliação em 360° do canal anal.
Defeitos no esfíncter interno e externo podem ser detectados por meio da falta de simetria na configuração do 'anel' do complexo do esfíncter, sendo frequentemente representados por um padrão hipoecoico em conjunto com alterações da espessura da parede do músculo.
Os desenvolvimentos em tecnologia, incluindo imagens 3D, melhoraram a precisão e a compreensão da patologia do esfíncter e permitiram o cálculo dos volumes do esfíncter.[33][34]
Resultado
pode revelar defeito no esfíncter interno ± externo
ressonância nuclear magnética (RNM) endoanal
Exame
A RNM tem sido recomendada por alguns autores como uma alternativa à ultrassonografia endoanal por delinear o complexo do esfincteriano anal. O esfíncter externo é observado claramente e os defeitos são facilmente identificados. A clareza do esfíncter externo não sugere que este seja um exame superior à ultrassonografia endoanal, mas permite um diagnóstico mais preciso de atrofias, o que pode ser um preditor de sucesso do reparo esfincteriano.[35][36][37]
Resultado
pode revelar defeito no esfíncter interno ± externo
exame de latência motora do nervo pudendo
Exame
O procedimento requer um dispositivo especialmente adaptado que é usado no dedo. A ponta do dedo é colocada na espinha isquiática dentro do canal anal e um estímulo é detectado na base do dedo no canal anal. Isso fornece a latência do nervo pudendo, conforme as fibras percorrem esses dois pontos.
Latências prolongadas podem indicar um desfecho insatisfatório após o reparo do esfíncter.[38][39][40] Em virtude da variabilidade pelo operador/laboratório e da sobreposição de valores normais e anormais, esse exame tem um valor clínico limitado. Esse exame não é recomendado de maneira rotineira.[26]
Resultado
prolongada na neuropatia (>2.1 ms)
proctografia
Exame
Exame especializado prescrito após uma terapia conservadora inicial malsucedida e somente se há suspeita de problema com as dinâmicas da defecação (por exemplo, intussuscepção ou retocele). A configuração da parede do reto e a adequação da evacuação podem ser gravadas.
O reto é preenchido por uma mistura de bário líquido e sólido, com uma consistência similar à das fezes normais. A defecação é então gravada e vários parâmetros podem ser observados, como o ângulo anorretal, o descenso do assoalho pélvico, e a presença de retocele ou de intussuscepção.
Resultado
dinâmicas da defecação; pode revelar ângulo anorretal ou descenso perineal anormais; evacuação inadequada pode ser observada
coprocultura
Exame
Não é rotineiramente realizada. Necessária somente se houver suspeita de que a incontinência seja causada por diarreia.
Resultado
crescimento normal ou positivo se houver causa infecciosa da diarreia
biópsia retal
Exame
Não é rotineiramente realizada. Necessária somente se houver suspeita de que a incontinência seja causada por diarreia.
Resultado
pode mostrar evidência de doença inflamatória intestinal
Hemograma completo
Exame
Não é rotineiramente realizada. Necessária somente se houver suspeita de que a incontinência seja causada por diarreia.
Resultado
geralmente normal; contagem leucocitária elevada se houver infecção
proteína C-reativa
Exame
Não é rotineiramente realizada. Necessária somente se houver suspeita de que a incontinência seja causada por diarreia.
Resultado
geralmente normal; elevada se houver infecção ou inflamação
Novos exames
ultrassonografia transvaginal/transperineal
Exame
As ultrassonografias transvaginal e transperineal são técnicas em desenvolvimento que podem permitir uma avaliação mais detalhada do esfíncter anal, especialmente se existir outra patologia do compartimento do assoalho pélvico.[33]
Resultado
pode revelar defeito no esfíncter
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