Epidemiologia

Dependendo da definição e da frequência da incontinência fecal, e de quão proativamente o diagnóstico é procurado, a prevalência varia de 1% a 10%.[1][3][4] No entanto, quando são utilizadas metodologias e definições comparáveis, os estudos produzem taxas de prevalência notavelmente semelhantes em populações de diferentes comunidades (cerca de 8.3% a 8.4%, em entrevistas presenciais ou por telefone, e 11.2% para 12.4%, em levantamentos pelo serviço postal).[5]

A prevalência é considerada mais alta entre residentes de instituições asilares, mulheres parturientes, pacientes com comprometimento cognitivo ou transtornos neurológicos e idosos.[1][3] Dentre a população institucionalizada, pode chegar a 50%.[6] Fora das instituições, continua sendo um problema altamente desconhecido, devido ao estigma social inerente. A lesão obstétrica (tanto dano direto ao músculo quanto neuropatia devido à distensão do nervo pélvico durante o parto) é uma causa comum, e por isso os pacientes geralmente são mulheres. A deterioração geral do músculo/tecido pélvico que ocorre com a idade resulta em uma maior frequência na população mais idosa. A disfunção cognitiva, a incapacidade geral e a tendência a ignorar os hábitos intestinais resultando em constipação e impactação fecal também contribuem para a alta incidência na faixa etária mais idosa e frágil, especialmente entre aqueles que residem em instituições asilares. A cirurgia do assoalho pélvico ou do intestino que resulta em redução do comprimento ou da complacência do intestino pode afetar alguns pacientes.

Nos EUA, a incontinência fecal continua sendo um importante problema social e econômico, com um custo médio anual de US$ 4110 por paciente.[7]

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