Prognóstico

A importância e o prognóstico da taquicardia ventricular não sustentada (TVNS) nos pacientes são altamente dependentes da presença e da gravidade da doença cardíaca subjacente. Nos pacientes sem evidências de isquemia ou cardiopatia estrutural, não foi observada influência adversa da TVNS sobre o prognóstico.[14][15] No entanto, pacientes com doença cardíaca, isquêmica ou não isquêmica, podem necessitar de terapia medicamentosa permanente com medicamentos, ablação por cateter e/ou colocação de cardioversor-desfibrilador implantável (CDI).

TVNS induzida por exercícios físicos

Em pessoas assintomáticas, aparentemente saudáveis, acreditava-se que a TVNS observada durante o exercício físico fosse uma resposta normal ao esforço físico, mas alguns estudos sugerem que ela pode predizer doença arterial coronariana.[4] Além disso, a TVNS induzida por exercícios físicos deve levantar suspeitas quanto à presença de problemas significativos, como a taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica.

TVNS em pessoas aparentemente saudáveis

Mais comumente, a taquicardia tem origem na via de saída do ventrículo direito e pode provocar sintomas que incluem palpitações e pré-síncope, mas o risco de morte é muito baixo.[25][66] A cardiomiopatia induzida por taquicardia pode ocorrer no contexto de episódios frequentes ou incessantes de TVNS. As arritmias genéticas e a cardiomiopatia oculta podem manifestar-se mais tarde, e um acompanhamento em longo prazo pode ser indicado.

TVNS isquêmica e não isquêmica

No contexto de uma doença cardíaca conhecida, o prognóstico é baseado na estratificação do risco, com a extensão da disfunção ventricular esquerda exercendo um papel importante. A reperfusão precoce no cenário de infarto do miocárdio reduz a prevalência geral de TVNS e, nos pacientes de alto risco que atendem a critérios aceitos, o implante de um CDI permite monitoramento contínuo e o tratamento em longo prazo, com evidências que sugerem uma redução no risco de mortalidade.[9][10][11]

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