Prevenção primária
A prevenção primária é melhor atingida combatendo-se os fatores de risco para as condições que predispõem à TVNS, como doença arterial coronariana e disfunção sistólica deprimida ventricular esquerda. A hipertensão e a hiperlipidemia devem ser tratadas de forma agressiva e o abandono do hábito de fumar deve ser buscado com empenho. A atividade física regular pode reduzir o risco de arritmias ventriculares em 11% a 22%.[30] Outras medidas preventivas incluem o tratamento da disfunção sistólica com medicamentos como inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA)/bloqueadores do receptor da angiotensina, betabloqueadores e antagonistas de aldosterona.
Os pacientes diagnosticados com cardiomiopatia hipertrófica, cardiomiopatia dilatada idiopática, cardiomiopatia arritmogênica do ventrículo direito, síndrome de Brugada e síndrome do QT longo devem evitar esforços físicos extenuantes, já que o exercício pode provocar a TVNS (ou outras arritmias) nessas populações.
Um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) profilático deve ser considerado para os pacientes com risco de morte súbita cardíaca decorrente de arritmias ventriculares sustentadas. Embora a presença de TVNS possa ser um fator de risco útil para estimar o risco em algumas condições, em geral, a decisão de implantar um CDI é baseada na consideração de diversos fatores, como idade, história familiar, presença de sintomas como síncope, e a extensão da cardiopatia estrutural presente.
Prevenção secundária
A adesão terapêutica do paciente aos medicamentos prescritos para o tratamento da doença cardíaca subjacente é essencial. Fatores capazes de desencadear episódios de arritmia devem ser evitados (por exemplo, estresse físico ou mental, ou desequilíbrio eletrolítico). É interessante observar que a cafeína não demonstrou alterar a indutibilidade ou a intensidade das arritmias ventriculares.[72]
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