Ruptura do menisco
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
repouso, gelo, compressão e elevação
Inicialmente, todos os pacientes devem ser tratados com repouso, gelo, compressão do joelho com atadura elástica e elevação da perna acima do nível do coração. Esse protocolo ajuda a reduzir a dor, minimizar o edema e proteger o tecido lesionado, ajudando acelerar o processo de cicatrização.
O uso de muletas ou joelheiras pode ser útil com rupturas em alça de balde dolorosas.
fisioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
São recomendados programas de fisioterapia cujo objetivo seja melhorar a amplitude de movimentos da articulação do joelho, força dos músculos estabilizadores do tronco e membro inferior e estabilidade do joelho, além de normalizar a marcha.
Não é necessária fisioterapia para a cicatrização de pequenas rupturas do menisco, mas ela é benéfica para tratar anormalidades da marcha e fortificar os músculos do membro inferior que envolvem o joelho e estabilizam a articulação.
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Paracetamol é o medicamento preferido para a redução da dor, pois atua centralmente e não interfere no processo de cicatrização.[35]Bergenstock M, Min W, Simon AM, et al. A comparison between the effects of acetaminophen and celecoxib on bone fracture healing in rats. J Orthop Trauma. 2005 Nov-Dec;19(10):717-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16314720?tool=bestpractice.com
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) devem ser usados apenas por períodos curtos devido aos efeitos negativos sobre a cicatrização musculoesquelética.[34]O'Connor JP, Lysz T. Celecoxib, NSAIDs and the skeleton. Drugs Today (Barc). 2008 Sep;44(9):693-709. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19137124?tool=bestpractice.com
Opções primárias
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
Opções secundárias
ibuprofeno: 400-800 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
meloxicam: 7.5 mg por via oral uma ou duas vezes ao dia quando necessário, máximo de 15 mg/dia
ou
naproxeno: 500 mg por via oral inicialmente, seguidos por 250 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia
cirurgia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A cirurgia artroscópica deve ser considerada para indivíduos com grandes (≥1 cm) rupturas do menisco, rupturas da raiz e casos em que os sintomas persistem apesar do cuidado não cirúrgico para evitar o dano futuro e proteger o tecido meniscal saudável. É possível a sutura do tecido se um reparo estável puder ser obtido (geralmente reservado para rupturas de padrão claro e limpo).
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Vista artroscópica da ruptura por clivagem horizontal do menisco lateral (seta)Do acervo do Dr Kevin R. Stone [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Vista artroscópica do reparo por sutura do menisco lateral (seta)Do acervo do Dr Kevin R. Stone [Citation ends].
O reparo do menisco deve apenas ser usado para curar lesões periféricas do menisco que afetem a saúde do tecido do menisco nas áreas vascularizadas.[39]Beaufils P, Becker R, Kopf S, et al. The knee meniscus: management of traumatic tears and degenerative lesions. EFORT Open Rev. 2017 May;2(5):195-203.
https://www.doi.org/10.1302/2058-5241.2.160056
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28698804?tool=bestpractice.com
Mais de 80% das rupturas do menisco no terço central (zona vermelha-branca) podem ser cicatrizadas por cirurgia.[40]Barber-Westin SD, Noyes FR. Clinical healing rates of meniscus repairs of tears in the central-third (red-white) zone. Arthroscopy. 2014 Jan;30(1):134-46.
http://www.arthroscopyjournal.org/article/S0749-8063(13)01120-1/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24384277?tool=bestpractice.com
Veja Cisto poplíteo para obter mais informações.
A meniscectomia parcial para ruptura de padrão complexo deve ser limitada o tanto quanto possível e requer uma cuidadosa seleção dos pacientes; pode não haver diferença nos desfechos entre aqueles submetidos a meniscectomia parcial para ruptura traumática ou aqueles para a ruptura degenerativa (para os quais a artroscopia não é mais recomendada).[1]Kopf S, Beaufils P, Hirschmann MT, et al. Management of traumatic meniscus tears: the 2019 ESSKA meniscus consensus. Knee Surg Sports Traumatol Arthrosc. 2020 Apr;28(4):1177-94. https://link.springer.com/article/10.1007/s00167-020-05847-3 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32052121?tool=bestpractice.com [41]Abram SGF, Judge A, Beard DJ, et al. Adverse outcomes after arthroscopic partial meniscectomy: a study of 700 000 procedures in the national Hospital Episode Statistics database for England. Lancet. 2018 Nov 17;392(10160):2194-202. https://www.doi.org/10.1016/S0140-6736(18)31771-9 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30262336?tool=bestpractice.com [42]Thorlund JB, Englund M, Christensen R, et al. Patient reported outcomes in patients undergoing arthroscopic partial meniscectomy for traumatic or degenerative meniscal tears: comparative prospective cohort study. BMJ. 2017 Feb 2;356:j356. https://www.doi.org/10.1136/bmj.j356 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28153861?tool=bestpractice.com [43]Eijgenraam SM, Reijman M, Bierma-Zeinstra SMA, et al. Can we predict the clinical outcome of arthroscopic partial meniscectomy? A systematic review. Br J Sports Med. 2018 Apr;52(8):514-21. https://www.doi.org/10.1136/bjsports-2017-097836 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29183885?tool=bestpractice.com
Uma meniscectomia completa, que envolva a remoção total do menisco, é raramente realizada e, em geral, reservada a casos nos quais a ruptura seja muito grande ou existam cortes ao longo de todo o menisco.
A associação de lesão ligamentar causa instabilidade do joelho. Portanto, nas rupturas de menisco associadas a tais lesões, deve-se considerar o reparo concomitante do ligamento afetado, pois reparos de menisco devem ser realizados em um joelho estável.
medidas pós-operatórias
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
O cuidado pós-operatório do menisco reparado ou removido concentra-se na limitação da carga axial e movimento rotacional no primeiro mês, seguido por exercícios de fortalecimento e amplitude de movimentos.
Meniscectomia parcial: uso de gelo e elevação do joelho acima do nível do coração, uso de muletas durante a primeira semana e progressão para a sustentação de peso conforme tolerada. A injeção de hialuronato intra-articular pode reduzir a dor e o edema pós-operatórios.[45]Waddell DD, Bert JM. The use of hyaluronan after arthroscopic surgery of the knee. Arthroscopy. 2010 Jan;26(1):105-11. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20117634?tool=bestpractice.com
Reparo do menisco: semelhante ao anterior, porém, a carga total deve ser protelada por, pelo menos, 4-6 semanas e a amplitude de movimentos do joelho, principalmente a flexão completa, deve ser limitada para se reduzir a tensão no local do reparo. Não se deve retornar a esportes de torção do joelho (por exemplo, futebol americano, rugby e basquete) nos primeiros 2 meses após um reparo de menisco.[12]Snoeker BA, Bakker EW, Kegel CA, et al. Risk factors for meniscal tears: a systematic review including meta-analysis. J Orthop Sports Phys Ther. 2013 Jun;43(6):352-67. https://www.jospt.org/doi/10.2519/jospt.2013.4295?url_ver=Z39.88-2003&rfr_id=ori:rid:crossref.org&rfr_dat=cr_pub%20%200pubmed http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23628788?tool=bestpractice.com
Geralmente não se indica joelheira após meniscectomia. Após o reparo do menisco, a necessidade de uma joelheira depende da atividade e condição do reparo do paciente.
Opções primárias
ácido hialurônico: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
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