Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
gradiente de pressão venosa hepática (GPVH)
Exame
O método de escolha para avaliar a presença de hipertensão portal clinicamente significativa.[5] No entanto, foram propostas técnicas não invasivas ou minimamente invasivas para avaliar a hipertensão portal e estão bem estabelecidas.[32]
Resultado
GPVH >5, mas <10 mmHg indica cirrose compensada com hipertensão portal leve; GPVH ≥10 mmHg indica cirrose compensada com hipertensão portal clinicamente significativa (com ou sem varizes)
hemograma completo
Exame
Pacientes com volume corpuscular médio (VCM) baixo e hemoglobina (Hb) baixa podem apresentar hemorragia por varizes ou, mais provavelmente, sangramento gastrointestinal crônico oculto.
A plaquetopenia é indicativa da hipertensão portal resultante da cirrose.
Geralmente, a macrocitose é evidente em pacientes com alcoolismo crônico.
Resultado
anemia microcítica e/ou trombocitopenia
perfil de coagulação (razão normalizada internacional [INR]/tempo de protrombina)
Exame
Útil na determinação da capacidade funcional sintética do fígado. INR/tempo de protrombina (TP) elevado indica que o paciente pode ter cirrose hepática ou insuficiência hepática.
Resultado
normal ou elevado
testes séricos da função hepática
Exame
Mede a gravidade da doença hepática. Aminotransferases e bilirrubinas podem estar elevadas caso o paciente apresente icterícia. A albumina pode estar diminuída caso o paciente esteja em insuficiência hepática. A bilirrubina total pode ser normal em pacientes com cirrose compensada, mas conforme a cirrose evolui, os níveis séricos geralmente aumentam.
Resultado
transaminases (com razão de aspartato aminotransferase/alanina aminotransferase ≥1), fosfatase alcalina e bilirrubina elevadas
ureia e creatinina
Exame
A hiponatremia decorrente da sobrecarga de volume ou do uso de diuréticos pode estar presente em pacientes cirróticos com ascite. A ureia pode estar elevada devido à azotemia pré-renal, insuficiência renal aguda, insuficiência renal crônica ou síndrome hepatorrenal na cirrose hepática.
A ureia sérica elevada isolada (sem creatinina elevada) é algumas vezes encontrada como resultado da irrupção de sangue no estômago em casos de sangramento agudo.
Resultado
hiponatremia, ureia e creatinina séricas elevadas
tipagem sanguínea/prova cruzada
Exame
Pacientes com hemorragia por varizes ou hemorragia digestiva alta de outras causas podem apresentar uma rápida deterioração clínica. O sangue deve ser enviado para tipagem e prova cruzada caso se torne necessária transfusão/hemoderivados.
Resultado
variável
teste para o antígeno de superfície da hepatite B (HBsAg)
Exame
Pode indicar infecção pelo vírus da hepatite B como causa da cirrose.
Resultado
positiva
IgG contra vírus da hepatite C (anti-HCV IgG)
Exame
Pode indicar infecção pelo vírus da hepatite C como causa da cirrose.
Resultado
positiva
endoscopia digestiva alta (EDA)
Exame
Considerada o método mais preciso para identificar varizes.[5][6][33][34]
Os achados podem incluir: varizes pequenas (veias minimamente elevadas da mucosa esofágica); varizes médias (veias tortuosas ocupando menos de um terço do lúmen esofágico) e varizes grandes (ocupando mais de um terço do lúmen esofágico).
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: (A) Varizes esofágicas de grau I. Colapsam mediante insuflação do esôfago com ar. (B) Varizes esofágicas de grau II. São varizes entre os graus 1 e 3. (C) Varizes esofágicas de grau III. São grandes o suficiente para ocluir o lúmenTripathi D et al. Gut 2015;64:1680-704; usado com permissão [Citation ends].
O mais importante preditor de hemorragia é o tamanho das varizes, com o risco mais elevado da hemorragia inicial ocorrer em pacientes com grandes varizes (15% ao ano).[3][4] O achado endoscópico de marcas de vergões vermelhos (definidas como vênulas longitudinais dilatadas semelhantes a marcas de açoite na superfície das varizes) também é um importante preditor de sangramento.[3][5]
Pacientes com medida de rigidez hepática (MRH) <20 kPa e contagem plaquetária >150,000/mm³ têm uma probabilidade muito baixa (<5%) de apresentar varizes de alto risco; portanto, a EDA pode ser evitada com segurança.[5]
Resultado
veias dilatadas na porção inferior do esôfago
medição da rigidez hepática (MRH)
Exame
Geralmente avaliada por elastografia transitória; exame não invasivo realizado ao aplicar uma sonda vibratória na parede torácica no nível do lobo direito do fígado.[36] A velocidade de propagação da onda é diretamente proporcional à rigidez hepática.
Resultado
>25 kPa indica hipertensão portal clinicamente significativa
Novos exames
endoscopia por cápsula
Exame
Uma alternativa segura e bem tolerada para pacientes que não são candidatos à EDA, ou se a EDA não estiver disponível.[39] No entanto, a sensibilidade da endoscopia por cápsula não é suficiente para substituir a EDA como exploração inicial.[39][40]
Resultado
veias dilatadas na porção inferior do esôfago
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