História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco para hemorragia por varizes
cirrose
Cinquenta por cento dos pacientes com cirrose apresentam varizes gastroesofágicas.[41]
doença hepática grave
Entre 50% e 85% dos pacientes com classe de Child-Pugh C apresentam varizes gastroesofágicas.[41]
abuso de álcool
O abuso crônico de álcool é um fator de risco para o desenvolvimento de hepatite alcoólica e cirrose alcoólica.
infecção por hepatite B ou C
Infecção crônica por hepatite B ou C pode causar cirrose hepática e varizes esofágicas. A incidência aumenta quando combinada com abuso de álcool.
ascite
Fornece evidências de cirrose descompensada, que é um importante fator associado ao desenvolvimento e à evolução das varizes.
aranha vascular
Múltiplas aranhas vasculares são uma característica da doença hepática crônica e cirrose. O número e o tamanho estão correlacionados à gravidade da doença hepática crônica. Pacientes com numerosos angiomas grandes apresentam aumento do risco de hemorragia varicosa.
cabeça de medusa
Colaterais vasculares na parede abdominal são um importante sinal clínico e consequência de hipertensão portal grave.
icterícia
Pode indicar doença hepática avançada.
encefalopatia
Fornece evidências de cirrose descompensada, que é um importante fator associado ao desenvolvimento e à evolução das varizes.
hematêmese
Comum em pacientes que apresentam sangramento ativo das varizes, mas ausente em varizes sem sangramento ativo.
melena
Comum em pacientes que apresentam sangramento ativo das varizes, mas ausente em varizes sem sangramento ativo.
hematoquezia
Comum em pacientes que apresentam sangramento ativo das varizes e estão hemodinamicamente instáveis.
Incomuns
Coinfecção por HIV
A coinfecção por HIV em pacientes com hepatite B ou C pode acelerar a deterioração da doença hepática crônica até a cirrose.
Outros fatores diagnósticos
comuns
esplenomegalia
Pacientes com esplenomegalia frequentemente apresentam trombocitopenia e anemia, decorrentes da acúmulação de sangue e do sequestro de componentes do sangue no baço no contexto de hipertensão portal.
Fatores de risco
Fortes
hipertensão portal
Hipertensão portal causando a formação de colaterais portossistêmicas é uma causa subjacente de varizes esofágicas. Embora uma pequena proporção de pacientes possa ter varizes quando o gradiente de pressão venosa hepática (GPVH) é >5 mmHg e <10 mmHg (hipertensão portal leve), as varizes se desenvolvem principalmente quando o GPVH é >10 mmHg.[22] GPVH ≥ 10 mmHg foi definido como o limiar para hipertensão portal clinicamente significativa.[5]
Na maioria dos pacientes, isso é decorrente de doença hepática crônica (de qualquer etiologia), resultando em cirrose. Em países ocidentais, a hepatopatia alcoólica é a causa mais comum de cirrose. No entanto, a doença hepática esteatótica associada a disfunção metabólica (doença hepática gordurosa não alcoólica) é uma causa cada vez mais comum de cirrose, e a hepatite viral crônica (B e C) também é relevante.[23][24] Agentes antivirais diretos devem reduzir o fardo da hepatite C crônica.[25]
Doença hepática autoimune, hemocromatose e doença de Wilson também podem acarretar cirrose. Menos comumente, outras causas reconhecidas de hipertensão portal, como síndrome de Budd-Chiari, doenças mieloproliferativas e sarcoidose, também podem causar o desenvolvimento de varizes esofágicas.
tamanho das varizes
marcas de vergões vermelhos
cirrose descompensada
Foi mostrado que a cirrose descompensada (Child-Pugh classe B/C) é um preditor de aumento de risco de hemorragia por varizes.[3]
Fracos
ascite
Pacientes com cirrose hepática descompensada apresentam um risco mais elevado de varizes esofágicas.
Acredita-se que a ascite seja um sinal de elevação do fluxo sanguíneo e da pressão portal nas varizes esofágicas. Aproximadamente metade dos pacientes com hemorragia por varizes esofágicas apresenta ascite concomitante.
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