História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem idade <5 anos, exposição a pessoas com gastroenterite e falta de imunização contra o rotavírus.[2][3][4][17][20][21][26]

idade <5 anos

A gastroenterite aguda é mais comum em crianças <5 anos de idade.[2][3][4]

A gastroenterite por rotavírus, a causa mais comum de gastroenterite, é mais comum e grave nas crianças de 6 a 24 meses de idade. As infecções durante os primeiros meses de vida frequentemente são leves ou assintomáticas, possivelmente devido aos anticorpos maternos.[13]

exposição a pessoas com gastroenterite

A gastroenterite viral pode ser transmitida pelo contato entre pessoas.[26] Surtos foram relatados em creches.[17][20][21]

ausência de imunização contra rotavírus

Crianças imunizadas com vacina contra rotavírus têm menor probabilidade de contrair gastroenterite por rotavírus.[28][29][30]

vômitos

Quase 4 vezes mais comuns e prolongados entre crianças com gastroenterite por rotavírus, em comparação com gastroenterite decorrente de outros agentes infecciosos.[5]

diarreia não hemorrágica

A gastroenterite viral raramente está associada à diarreia hemorrágica, e a presença de sangue nas fezes sugere gastroenterite bacteriana.[9]

ruídos hidroaéreos hiperativos

Universais em crianças com gastroenterite.

Outros fatores diagnósticos

comuns

dor abdominal

Muitas crianças >3 anos de idade com gastroenterite (independentemente de ser bacteriana ou viral) apresentam queixas de dor em cólica.

febre baixa

Observada em aproximadamente 30% a 50% das crianças com gastroenterite viral.[5]

Uma temperatura >39 °C (102.2 °F) sugere gastroenterite bacteriana.

evidências de desidratação

Estado mental; frequência de pulso; enchimento capilar; turgor cutâneo; e estado das membranas mucosas, dos olhos e das fontanelas fornecem indícios da intensidade da desidratação.[40]

Os sinais de desidratação leve incluem: estado alerta; leve redução do débito urinário; leve aumento da sede; membranas mucosas discretamente ressecadas; frequência cardíaca discretamente elevada; enchimento capilar normal; turgor cutâneo normal; olhos normais; e fontanela anterior normal.

Os sinais de desidratação moderada incluem: estado alerta, fadigado ou irritável; redução no débito urinário; aumento moderado da sede; membranas mucosas ressecadas; frequência cardíaca elevada; enchimento capilar prolongado; turgor cutâneo reduzido; olhos encovados; e fontanela anterior deprimida.

Os sinais de desidratação grave incluem: estado apático ou letárgico; redução acentuada ou ausência de debito urinário; aumento considerável da sede; membranas mucosas muito ressecadas; frequência cardíaca muito elevada; enchimento capilar prolongado ou mínimo; turgor cutâneo reduzido; olhos intensamente encovados; fontanela anterior muito deprimida; membros frios; hipotensão; e coma.

redução no peso corporal

Deve ser corroborada por alterações nos sinais clínicos de desidratação.

abdome não distendido

Em crianças com gastroenterite, o abdome geralmente é flácido e não distendido. O abdome pode estar distendido em crianças com sinais preexistentes de desnutrição.

desconforto abdominal

Um leve desconforto não é incomum em crianças mais velhas com gastroenterite viral. Entretanto, desconforto abdominal significativo sugere gastroenterite bacteriana.

Incomuns

muco nas fezes

Mais comum com gastroenterite bacteriana que com a viral, embora muco esteja presente em aproximadamente 20% das crianças com gastroenterite por rotavírus.[45]

Fatores de risco

Fortes

idade <5 anos

A gastroenterite aguda é mais comum em crianças <5 anos de idade.[2]

A gastroenterite por rotavírus, a causa mais comum de gastroenterite, é mais comum e grave em crianças de 6 a 24 meses de idade. As infecções durante os primeiros meses de vida frequentemente são leves ou assintomáticas, possivelmente devido aos anticorpos maternos.[13]

falta de higiene pessoal

A gastroenterite viral pode ser transmitida pelo contato entre pessoas e por meio de água e alimentos contaminados.[10]

exposição a pessoas com gastroenterite

A gastroenterite viral pode ser transmitida pelo contato entre pessoas.[26]

frequentar creches

Surtos foram relatados em creches.[17][20][21]

meses do inverno

Em regiões temperadas, a gastroenterite por rotavírus tem uma sazonalidade acentuada, atingindo a incidência máxima durante os meses frios.[6]

As famílias tendem a permanecer em locais fechados em ambientes domiciliares superlotados, e a umidade relativa de ambientes internos é reduzida quando o ar externo é captado e aquecido. As condições secas resultantes tendem a encorajar a formação de pó carregado com vírus a partir de material contaminado com fezes; o rotavírus sobrevive melhor em umidade média ou baixa. As partículas tendem a ficar suspensas no ar seco e podem alcançar uma pessoa suscetível.

pobreza

A pobreza frequentemente está associada à desnutrição, aglomerações, higiene alimentar abaixo do ideal e a condições sanitárias precárias, e todos esses fatores aumentam o risco de transmissão viral.[27]

ausência de imunização contra rotavírus

Crianças imunizadas com vacina contra rotavírus têm menor probabilidade de contrair gastroenterite por rotavírus.[28][29][30]

ausência de amamentação

O aleitamento materno exclusivo reduz significativamente o risco de infecções do trato gastrointestinal nos primeiros 6-8 meses de vida.[31][32] As propriedades protetoras do leite humano incluem fatores celulares e humorais.

Os componentes celulares incluem linfócitos T e B, macrófagos e neutrófilos. Fatores humorais incluem imunoglobulinas, lisozimas, nucleotídeos, lactoferrina, complementos, fator bífido, interferona, lactoperoxidase, oligossacarídeos, proteína de ligação da vitamina B12 e fator de crescimento epidérmico.[33]

O leite humano também contém glucosaminas que promovem o crescimento de Lactobacillus bifidus. Desta forma, a amamentação diminui a incidência e a gravidade da gastroenterite.[34]

imunodeficiência

Crianças com imunodeficiência são propensas à gastroenterite.

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