História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Fatores de risco fortes incluem: uso de ducha; higiene insuficiente ou excessiva; uso prévio de antibiótico; infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV); diabetes; mulheres negras; presença de dispositivo intrauterino (DIU); uso de pílula contraceptiva oral; mulheres em idade fértil; menopausa; e atividade sexual.
corrimento vaginal
Cor, odor, consistência, frequência e quantidade são todos fatores importantes para o diagnóstico da causa.
Geralmente, o corrimento é branco, espesso, semelhante a queijo cottage e sem odor nas infecções por Candida; fino, fétido e branco na vaginose bacteriana; fino/espesso, verde, amarelo ou branco, espumoso e com odor desagradável na tricomoníase.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Vaginite por tricomonas com corrimento purulento abundante emanando do óstio cervicalBiblioteca de Imagens do CDC [Citation ends].
disúria
Associada a candidíase e tricomoníase. Também associada à vaginite atrófica.
corrimento aderente à mucosa vaginal
Corrimento branco a acinzentado, aderente à mucosa vaginal na vaginose bacteriana; corrimento espesso, branco, semelhante a queijo cottage aderente às paredes vaginais laterais na candidíase.
Outros fatores diagnósticos
comuns
episódios prévios
Pode haver um aumento no risco de futuros episódios, mas não auxilia na distinção de um fator etiológico específico.
prurido
Associado a vaginose bacteriana, candidíase e tricomoníase.
Também é uma queixa comum em causas alérgicas ou irritantes de vaginite.
vulvodinia
Uma queixa comum entre mulheres com vaginite alérgica ou irritante.
ressecamento vaginal
Geralmente associado à vaginite atrófica.
dispareunia
Geralmente associada com vaginite atrófica e candidíase.
Um sintoma manifesto que, em geral, se apresenta na maioria dos tipos de vaginite.
eritema
Geralmente presente na candidíase e na vaginite alérgica ou irritante.
epitélio pálido
A atrofia na vaginite atrófica resulta em menor suprimento de sangue capilar, e o epitélio parece pálido.
epitélio brilhante
O epitélio desbastado na vaginite atrófica geralmente tem uma aparência brilhante.
elasticidade reduzida
A pele parece seca e há perda de turgor na vaginite atrófica.
epitélio friável
Pode ser notado ao se inserir um espéculo em mulheres com vaginite atrófica.
Incomuns
febre
Muito incomum; não necessariamente indicativa de gravidade.
Possivelmente mais comum na tricomoníase, pois está relacionada a outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
sangramento vaginal
Pode ocorrer por causa de cervicite associada à tricomoníase. É raro o sangramento vaginal na vaginite atrófica, apesar de poder estar relacionado ao ressecamento vaginal.
dor abdominal
A dor abdominal é um sintoma manifesto muito raro, mas pode ocorrer juntamente com doença inflamatória pélvica por causa de IST concomitante.
colo uterino em morango
À inspeção, o colo uterino pode ter uma aparência pontuada e papiliforme na tricomoníase.
Fatores de risco
Fortes
uso de duchas
Pode alterar o microambiente da flora vaginal, em razão de mudanças no pH.[1]
higiene insuficiente ou excessiva
A higiene pessoal pode afetar a microflora da vagina, por exemplo uma má higiene pode resultar de falta de acesso a serviços médicos ou a produtos de higiene.[13]
uso de antibióticos
Um ciclo recente antibioticoterapia pode precipitar a vaginite, especialmente a candidíase. O resultado é um desequilíbrio na flora vaginal.[14]
mudança nos produtos e/ou no sabonete para higiene feminina
Pode indicar etiologia irritante/alérgica.
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
A imunossupressão, principalmente a baixa contagem de CD4 e a alta carga viral de HIV, está associada a candidíase vulvovaginal.[15]
diabetes
Existe uma correlação direta entre hiperglicemia e a incidência de vaginite, causada principalmente por Candida albicans.[16]
mulheres negras
A candidíase vulvovaginal pode ser mais comum nessa população.[7] A razão para essa predileção por raça não é clara.
Dispositivo intrauterino
Pode alterar o microambiente da flora vaginal.[17]
uso de pílula contraceptiva oral
Altera o equilíbrio hormonal e, portanto, a flora do microambiente. Associada ao aumento do risco de infecção por candidíase vulvovaginal.
preservativo de látex/diafragma
A vaginite alérgica pode ocorrer em mulheres alérgicas ao látex.
idade reprodutiva
A vaginite infecciosa é mais comum nessas mulheres.
menopausa
Níveis reduzidos de estrogênio alteram a elasticidade e o pH da vagina, predispondo à vaginite atrófica.[8]
múltiplos ou novos parceiros sexuais
O número de parceiros sexuais e a história de infecções sexualmente transmissíveis são fatores essenciais. A vaginose bacteriana está associada com o fato de ter múltiplos parceiros sexuais do sexo masculino, parceiras sexuais do sexo feminino, relações sexuais com mais de um parceiro ou um novo parceiro sexual.[4]
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