Diagnósticos diferenciais
Gonorreia
SINAIS / SINTOMAS
Podem ocorrer dor pélvica ou na parte inferior do abdome e febre em infecção ascendente.
Investigações
Crescimento de Neisseria gonorrhoeae em cultura com ágar chocolate.
Clamídia
SINAIS / SINTOMAS
Muitas são assintomáticas; sangramento intermenstrual, cervicite e dor abdominal podem ser fatores diferenciadores.
Investigações
Chlamydia trachomatis com técnica de teste de amplificação de ácido nucleico.
Cervicite
SINAIS / SINTOMAS
Sangramento intermenstrual; colo uterino friável em exame físico; verrugas genitais podem estar presentes, se causada por papilomavírus humano (HPV).
Investigações
A secreção do colo uterino coletada por coloração de Gram pode indicar Neisseria gonorrhoeae ou Chlamydia trachomatis. O exame citológico cervical pode ser positivo para HPV.
Líquen plano
SINAIS / SINTOMAS
Sintomas comuns incluem prurido, vulvodinia intensa e dispareunia.
Sinais diferenciadores podem incluir a presença de pápulas ou placas violáceas, com a parte superior achatada. Essas lesões podem estar presentes em outros locais do corpo (por exemplo, punhos e tornozelos).
Investigações
O diagnóstico normalmente é clínico.
A histopatologia pode demonstrar um infiltrado linfocítico em forma de banda, ceratinócitos necróticos e hiperceratose.
Vaginite inflamatória descamativa
SINAIS / SINTOMAS
Causa não infecciosa da vaginite inflamatória crônica.
Causa corrimento purulento abundante, dispareunia, erupção cutânea vaginal, irritação vestíbulo-vaginal e inflamação vaginal ou eritema.
Mais comum durante a perimenopausa.
Investigações
pH elevado (>4.5).
Inflamação das paredes vaginais com aumento do eritema e petéquias no exame físico.
A microscopia das secreções vaginais mostra aumento na celularidade epitelial parabasal e inflamatória e flora vaginal anormal.
A biópsia da parede vaginal mostra característica de inflamação descamativa aguda ou crônica.
Irradiação pélvica
SINAIS / SINTOMAS
Resulta de dados induzidos por radiação ionizante em tecidos não cancerígenos durante a radioterapia. Os riscos são maiores em mulheres tratadas anteriormente de câncer de ovário ou cervical.
Aguda: reação inflamatória durante, logo após ou até 3 meses depois da radioterapia. Causa sintomas gastrointestinais (por exemplo, náuseas, diarreia, cólicas abdominais, urgência, sangramento).
Crônica: desenvolve-se entre 6 meses e 3 anos, mas pode ocorrer até 30 anos após o tratamento. Causa alteração da motilidade intestinal (por exemplo, urgência, má absorção e trânsito fecal alterado). Aumenta o risco de estenose e perfuração da parede intestinal, adesões, fissuras e sangramento intenso.
Latente: sintomas decorrentes de neoplasias malignas secundárias (geralmente câncer de endométrio, tumores secundários do reto ou da bexiga) anos ou décadas após a radioterapia.
Investigações
O diagnóstico baseia-se na história de câncer cervical ou câncer de ovário e seus sintomas.
Exames de sangue: hemograma completo, ureia e eletrólitos, TFH, glicose e cálcio.
Câncer vaginal
SINAIS / SINTOMAS
Sangramento vaginal anormal, corrimento com mau cheiro ou com sangue, dispareunia, dor vaginal/pélvica persistente, nódulo/aumento de tamanho. O risco é maior em indivíduos com história de papilomavírus humano, neoplasia intraepitelial cervical ou neoplasia intraepitelial vaginal.
Mais comum em mulheres com mais de 60 anos e raro em mulheres com menos de 40 anos.
Investigações
Linfadenopatia ou infiltração de tumor no exame pélvico.
Biópsia da parede vaginal: positiva para câncer vaginal.
Câncer nas tubas uterinas
SINAIS / SINTOMAS
Raro. Massa pélvica palpável e sangramento vaginal anormal, principalmente após a menopausa; corrimento branco, claro ou rosado; dor ou pressão abdominal.
Investigações
Exame pélvico: anormalidade no formato ou tamanho do útero, vagina, ovários ou tubas uterinas.
Ensaio CA125: positivo.
Ultrassonografia transvaginal ou abdominal: positiva para tumor.
Raramente detectado por exame pélvico ou ultrassonografia, a menos que esteja em estádio muito avançado.
Câncer cervical
SINAIS / SINTOMAS
Sangramento vaginal anormal, dispareunia, dor na coluna lombar ou pelve. O estágio tardio da doença pode apresentar corrimento vaginal aquoso ou com odor desagradável, provavelmente de uma massa necrótica, sangramento vaginal intenso e efeitos gastrointestinais.
Investigações
Citologia: células anormais presentes.
Colposcopia com biópsia: células de câncer cervical presentes no tecido cervical.
Fístula vaginal
SINAIS / SINTOMAS
Pode resultar de uma lesão durante o parto, cirurgia pélvica, doença de Crohn ou outra doença inflamatória intestinal, infecção ou tratamento de radiação. Os sintomas incluem corrimento vaginal com odor desagradável, passagem de gás, fezes ou pus pela vagina, dispareunia. irritação ou dor na vulva, vagina e períneo e infecção recorrente do trato urinário.
Investigações
Exame pélvico: positivo para fístula.
Teste de corante: escape vaginal ao tossir ou forçar a perna para baixo.
Cistoscopia: fístula identificada na bexiga ou na uretra.
Pielografia retrógrada/urograma por tomografia computadorizada (TC): o corante injetado identifica a fístula.
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