Etiologia
O supercrescimento de organismos bacterianos anaeróbios, como Gardnerella vaginalis, espécies de Prevotella, espécies de Mobiluncus, Atopobium vaginae e Megasphaera tipo 1, são, comprovadamente, a principal causa de vaginose bacteriana.[4]
Candida albicans, a segunda causa mais comum de vaginite, é a principal levedura responsável pela candidíase vulvovaginal. Sabe-se também que espécies mais resistentes ao tratamento, como Candida glabrata e Candida tropicalis, são fatores etiológicos.[4]
O Trichomonas vaginalis, um protozoário flagelado altamente transmissível, está associado a vaginite. O micro-organismo pode ser identificado em até 80% dos parceiros masculinos.[10][11]
A vaginite atrófica ocorre por causa de níveis decrescentes de estrogênio, predominantemente em mulheres no pós menopausa. Além disso, o microambiente da vagina é mantido pela presença do estrogênio. Em mulheres em pré-menopausa, a atrofia é rara, mas pode ocorrer em razão de interferência na produção ovariana de estrogênio: por exemplo, medicamento antiestrogênico ou cirurgia.[8][9]
Situações que alteram o ambiente vaginal, como o uso de duchas, higiene insuficiente ou excessiva, antibióticos, certos sabonetes, tabaco, absorventes higiênicos internos, dispositivos contraceptivos e vírus da imunodeficiência humana (HIV) aumentam as chances de se contrair a doença.[1][12]
Fisiopatologia
A alteração do pH vaginal leva a um supercrescimento dos micro-organismos normais presentes na vagina. Os lactobacilos que produzem peróxido de hidrogênio são importantes na prevenção do supercrescimento de anaeróbios normalmente encontrados na flora vaginal. Durante o período reprodutivo, o pH normal da vagina é de 3.8 a 4.2; enquanto este pH baixo for mantido, não ocorrerá supercrescimento.
Em mulheres menopausadas, níveis decrescentes de estrogênio levam à atrofia vaginal. A mucosa vaginal torna-se mais fina e mais seca, menos elástica e mais suscetível a inflamações.
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