A lesão do plexo braquial no nascimento apresenta-se em um neonato como uma redução dos movimentos do braço comprometido, mais comumente na posição de 'gorjeta do garçom'.
Cerca de 70% a 80% das crianças se recuperam completamente. Crianças sem recuperação total aos 3 meses de idade provavelmente terão algum comprometimento residual, mais comumente no ombro, cotovelo ou antebraço.
O encaminhamento precoce a uma clínica de lesão do plexo braquial no nascimento é essencial para obter orientações sobre os cuidados com o lactente. Isso facilita os exames em série e a intervenção cirúrgica oportuna, caso a recuperação seja inadequada.
Fisioterapia ou terapia ocupacional, inclusive exercícios domiciliares, é recomendada para todas as crianças com lesão do plexo braquial no nascimento, a fim de manter o movimento e evitar a contratura à medida que os nervos reinervam os músculos afetados pela lesão inicial.
Pode ser necessária a reconstrução do nervo ou musculoesquelética para melhorar a função em bebês ou crianças com recuperação incompleta.
Lesão do plexo braquial no nascimento (LPBN) é uma paralisia dos membros superiores decorrente de uma lesão, no momento do nascimento, aos nervos que controlam os movimentos e sensações dos membros superiores. Normalmente, a LPBN está associada a complicações no parto por distorcia no ombro.[1]American College of Obstetricians and Gynecologists. Neonatal brachial plexus injury. 2014 [internet publication].
https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/task-force-report/articles/2014/neonatal-brachial-plexus-palsy
[2]Abzug JM, Mehlman CT, Ying J. Assessment of current epidemiology and risk factors surrounding brachial plexus birth palsy. J Hand Surg Am. 2019 Jun;44(6):515.e1-515.e10.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30266479?tool=bestpractice.com
[3]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Shoulder dystocia: green-top guideline no 42. March 2012 [internet publication].
https://www.rcog.org.uk/globalassets/documents/guidelines/gtg_42.pdf
Os termos alternativos incluem paralisia neonatal do plexo braquial, paralisia obstétrica do plexo braquial e lesão obstétrica no plexo braquial.[4]Phua PD, Al-Samkari HT, Borschel GH. Is the term "obstetrical brachial plexus palsy" obsolete? An international survey to assess consensus among peripheral nerve surgeons. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2012;65(9):1227-32.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22512941?tool=bestpractice.com
O tipo mais comum de LPBN é a paralisia de Erb (comprometimento dos nervos C5 a C6), responsável por cerca de 45% dos casos de LPBN.[5]Erb W. Uber eine eigentumliche lokalisation von lahmungen im plexusbrachialis. Naturhist Med Vehr Heidelberg Vehr. 1874;2:130-6.[6]Smith NC, Rowan P, Benson LJ, et al. Neonatal brachial plexus palsy: outcome of absent biceps function at three months of age. J Bone Joint Surg Am. 2004 Oct;86-A(10):2163-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15466724?tool=bestpractice.com
Uma lesão adicional em C7, denominada paralisia de Erb estendida, é descoberta em aproximadamente 20% a 30% dos casos de LPBN.[6]Smith NC, Rowan P, Benson LJ, et al. Neonatal brachial plexus palsy: outcome of absent biceps function at three months of age. J Bone Joint Surg Am. 2004 Oct;86-A(10):2163-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15466724?tool=bestpractice.com
[7]Heise CO, Zaccariotto M, Martins RS, et al. Self-biting behavior in patients with neonatal brachial plexus palsy. Childs Nerv Syst. 2022 Sep;38(9):1773-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35723725?tool=bestpractice.com
O comprometimento total do plexo (C5 a T1), ou paralisia do plexo global, representa aproximadamente 20% dos casos de LPBN.[6]Smith NC, Rowan P, Benson LJ, et al. Neonatal brachial plexus palsy: outcome of absent biceps function at three months of age. J Bone Joint Surg Am. 2004 Oct;86-A(10):2163-70.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15466724?tool=bestpractice.com
[8]Abid A. Brachial plexus birth palsy: Management during the first year of life. Orthop Traumatol Surg Res. 2016 Feb;102(1 suppl):S125-32.
https://www.doi.org/10.1016/j.otsr.2015.05.008
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26774906?tool=bestpractice.com
A paralisia de Klumpke (C8 a T1) é a menos comum e compreende menos de 1% dos casos de LPBN.[7]Heise CO, Zaccariotto M, Martins RS, et al. Self-biting behavior in patients with neonatal brachial plexus palsy. Childs Nerv Syst. 2022 Sep;38(9):1773-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35723725?tool=bestpractice.com
[9]al-Qattan MM, Clarke HM, Curtis CG. Klumpke's birth palsy: does it really exist? J Hand Surg Br. 1995 Feb;20(1):19-23.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7759926?tool=bestpractice.com
