Caso clínico
Caso clínico
Um homem de 51 anos com obesidade moderada (índice de massa corporal de 34 kg/m²) é avaliado em consulta por pirose e regurgitação. Ele tem um diagnóstico de doença do refluxo gastroesofágico e tem sido tratado com inibidores da bomba de prótons. A pirose é menos intensa com a medicação, mas ele ainda é afetado por uma regurgitação. O exame físico não apresenta nada digno de nota. Um esofagograma com bário e uma endoscopia digestiva alta demonstram uma hérnia hiatal do tipo I (deslizante), com cerca de um terço da parte superior do estômago no tórax. O paciente apresenta refluxo livre até o nível do esôfago cervical.
Outras apresentações
A maioria das hérnias hiatais é minimamente sintomática ou assintomática, principalmente em hérnias de hiato do tipo I pequenas.
Em pacientes com hérnia hiatal sintomática, pirose e outros sintomas de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) são as queixas mais comuns, devido ao estado comprometido do esfíncter esofágico inferior. Achados físicos são mínimos, exceto em casos graves que envolvem sangramento, necrose ou ambos.
Pacientes com hérnias paraesofágicas (ou seja, hérnias hiatais dos tipos II-IV) geralmente apresentam dor ou dificuldade na deglutição (odinofagia ou disfagia), saciedade precoce e distensão abdominal. No entanto, pacientes com hérnias de hiato tipo II-IV podem ser completamente assintomáticos e, em raras ocasiões, podem apresentar, de modo imprevisível, volvo gástrico, obstrução ou necrose, ou alguma combinação desses sintomas. Às vezes, os pacientes podem apresentar dor torácica que mimetiza angina ou infarto do miocárdio.
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