Meduloblastoma
- Visão geral
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
idade <3 anos
cirurgia ± derivação
Cirurgia é realizada em todos os pacientes para remover o máximo possível de tumor com segurança e obter o diagnóstico patológico.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O objetivo é remover completamente o tumor, com alguns estudos mostrando que doença residual de pelo menos 1.5 cm² (área transversal máxima) após a cirurgia está associada a um desfecho adverso.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [40]Albright AL, Wisoff JH, Zeltzer PM, et al. Effects of medulloblastoma resections on outcome in children: a report from the Children's Cancer Group. Neurosurgery. 1996 Feb;38(2):265-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8869053?tool=bestpractice.com
O alívio da obstrução ventricular por meio da ressecção do tumor pode ou não aliviar a hidrocefalia. É necessário que o monitoramento pós-operatório do paciente seja precoce e rigoroso para determinar se é preciso realizar drenagem do líquido cefalorraquidiano (LCR) por derivação ou terceiro ventriculostomia.
quimioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A quimioterapia é utilizada para tratar a doença macro e/ou microscópica residual. O esquema quimioterápico só deve ser considerado em consulta com um neuro-oncologista pediátrico. Combinações de cisplatina (ou carboplatina), lomustina, vincristina, etoposídeo, ciclofosfamida e procarbazina foram usadas.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
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What are the benefits and harms of chemotherapy in children with medulloblastoma?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1495/fullMostre-me a resposta
O esquema adequado deve ser estabelecido individualmente para cada paciente, levando em conta outros fatores prognósticos. Recomenda-se o encaminhamento a um ambiente acadêmico, bem como o acesso a ensaios clínicos.
Parece haver uma clara influência da histologia na sobrevida para crianças muito pequenas com meduloblastoma, e pacientes com histologia desmoplásica apresentam desfechos melhores.[47]Rutkowski S, Bode U, Deinlein F, et al. Treatment of early childhood medulloblastoma by postoperative chemotherapy alone. N Engl J Med. 2005 Mar 10;352(10):978-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15758008?tool=bestpractice.com [48]McManamy CS, Pears J, Weston CL, et al. Nodule formation and desmoplasia in medulloblastomas - defining the nodular/desmoplastic variant and its biological behavior. Brain Pathol. 2007 Apr;17(2):151-64. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17388946?tool=bestpractice.com
Alguns estudos revelam um otimismo de que a sobrevida pode aumentar por meio da intensificação da terapia com alta dose de metotrexato, metotrexato intraventricular e/ou pela adição de quimioterapia em altas doses com resgate de célula-tronco. Deve-se tomar cuidado ao interpretar esses estudos, pois o tamanho das amostras é pequeno, o intervalo do acompanhamento é curto e (em alguns casos) a população do estudo sofreu um desvio devido ao número mais elevado que o esperado de pessoas com características de prognóstico favorável.[47]Rutkowski S, Bode U, Deinlein F, et al. Treatment of early childhood medulloblastoma by postoperative chemotherapy alone. N Engl J Med. 2005 Mar 10;352(10):978-86. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15758008?tool=bestpractice.com [49]Chi SN, Gardner SL, Levy AS, et al. Feasibility and response to induction chemotherapy intensified with high-dose methotrexate for young children with newly diagnosed high-risk disseminated medulloblastoma. J Clin Oncol. 2004 Dec 15;22(24):4881-7. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2004.12.126 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15611503?tool=bestpractice.com [50]Sung KW, Yoo KH, Cho EJ, et al. High-dose chemotherapy and autologous stem cell rescue in children with newly diagnosed high-risk or relapsed medulloblastoma or supratentorial primitive neuroectodermal tumor. Pediatr Blood Cancer. 2007 Apr;48(4):408-15. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17066462?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo de especialista local para opções de esquemas e diretrizes de dosagem.
≥3 anos de idade
cirurgia ± derivação
O risco médio nessa faixa etária inclui pacientes com <1.5 cm² de tumor residual após a cirurgia e/ou aqueles com doença não metastática com base na RNM cranioencefálica e de coluna vertebral com e sem gadolínio e punção lombar negativa, bem como sem histologia ou características moleculares de tumor de alto risco.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Cirurgia é realizada em todos os pacientes para remover o máximo possível de tumor com segurança e obter o diagnóstico patológico.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [25]Franceschi E, Hofer S, Brandes AA, et al. EANO-EURACAN clinical practice guideline for diagnosis, treatment, and follow-up of post-pubertal and adult patients with medulloblastoma. Lancet Oncol. 2019 Dec;20(12):e715-28. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31797797?tool=bestpractice.com O objetivo é remover completamente o tumor, com alguns estudos mostrando que doença residual de pelo menos 1.5 cm² (área transversal máxima) após a cirurgia está associada a um desfecho adverso.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [40]Albright AL, Wisoff JH, Zeltzer PM, et al. Effects of medulloblastoma resections on outcome in children: a report from the Children's Cancer Group. Neurosurgery. 1996 Feb;38(2):265-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8869053?tool=bestpractice.com
O alívio da obstrução ventricular por meio da ressecção do tumor pode ou não aliviar a hidrocefalia. É necessário que o monitoramento pós-operatório do paciente seja precoce e rigoroso para determinar se é preciso realizar drenagem do líquido cefalorraquidiano (LCR) por derivação ou terceiro ventriculostomia.
irradiação cranioespinhal ou quimioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A irradiação cranioespinhal ou uma abordagem com quimioterapia isolada pode ser usada em pacientes com risco médio e idade ≥3 anos de idade.
A irradiação cranioespinhal, com uma dose de reforço no sítio da doença (fossa posterior/leito tumoral), é administrada para tratar doença macro e/ou microscópica residual em pacientes com doença de risco baixo e médio.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de prótons deve ser considerada para possível preservação do tecido, se disponível em tempo hábil. A radioterapia deve ser iniciada de 31 a 42 dias após a cirurgia (31 a 35 dias é preferencial e até 42 dias é aceitável).[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O reestadiamento e/ou planejamento de RNMs são recomendados se o intervalo desde o exame de imagem anterior tiver sido >3 semanas antes do início da radioterapia.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
A radioterapia apresenta efeitos adversos graves no desenvolvimento neurocognitivo de crianças pequenas; quanto menor a criança, maiores são os efeitos deletérios. Tentativas de evitar a irradiação cranioespinhal (ao substituir a radiação focal em lactentes) pode resultar em uma taxa maior de recidiva.[43]Ashley DM, Merchant TE, Strother D, et al. Induction chemotherapy and conformal radiation therapy for very young children with nonmetastatic medulloblastoma: Children's Oncology Group study P9934. J Clin Oncol. 2012 Sep 10;30(26):3181-6. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2010.34.4341 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22851568?tool=bestpractice.com Técnicas de radioterapia com prótons ou fótonspoupadores de tecido devem ser usadas de acordo com as diretrizes da NCCN.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Muitas instituições consideram uma abordagem com quimioterapia isolada para crianças de 3 a 6 anos de idade, uma vez que os efeitos neurocognitivos nessa faixa etária continuam bastante profundos. É importante que as vantagens e desvantagens desta abordagem, inclusive a menor taxa de cura sem radioterapia adjuvante, sejam discutidas cuidadosamente com os pais/cuidadores do paciente. O equilíbrio entre cura e qualidade de vida dos sobreviventes deve ser levado em consideração. Consulte o protocolo de especialista local para opções de esquemas e diretrizes de dosagem.
quimioterapia adjuvante/de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A quimioterapia adjuvante/de manutenção é usada para tratar doença macro e/ou microscópica residual. O esquema quimioterápico só deve ser considerado em consulta com um neuro-oncologista pediátrico. Combinações de cisplatina (ou carboplatina), lomustina, vincristina, etoposídeo, ciclofosfamida e procarbazina foram usadas.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
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What are the benefits and harms of chemotherapy in children with medulloblastoma?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1495/fullMostre-me a resposta
O esquema adequado deve ser estabelecido individualmente para cada paciente, levando em conta outros fatores prognósticos. Recomenda-se o encaminhamento a um ambiente acadêmico, bem como o acesso a ensaios clínicos.
A quimioterapia pré-radiação não demonstrou aumentar a sobrevida em comparação com tratamento com radioterapia e quimioterapia subsequente. Em alguns estudos prospectivos, a quimioterapia pré-radiação tem sido relacionada a uma taxa de sobrevida mais desfavorável.[11]Bailey CC, Gnekow A, Wellek S, et al. Prospective randomised trial of chemotherapy given before radiotherapy in childhood medulloblastoma. International Society of Paediatric Oncology (SIOP) and the (German) Society of Paediatric Oncology (GPO): SIOP II. Med Pediatr Oncol. 1995 Sep;25(3):166-78. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7623725?tool=bestpractice.com [53]Kortmann RD, Kühl J, Timmermann B, et al. Postoperative neoadjuvant chemotherapy before radiotherapy as compared to immediate radiotherapy followed by maintenance chemotherapy in the treatment of medulloblastoma in childhood: results of the German prospective randomized trial HIT '91. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2000 Jan 15;46(2):269-79. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10661332?tool=bestpractice.com [54]Taylor RE, Bailey CC, Robinson KJ, et al. Impact of radiotherapy parameters on outcome in the International Society of Paediatric Oncology/United Kingdom Children's Cancer Study Group PNET-3 study of preradiotherapy chemotherapy for M0-M1 medulloblastoma. Int J Radiat Oncol Biol Phys. 2004 Mar 15;58(4):1184-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15001263?tool=bestpractice.com [55]von Hoff K, Hinkes B, Gerber NU, et al. Long-term outcome and clinical prognostic factors in children with medulloblastoma treated in the prospective randomised multicentre trial HIT'91. Eur J Cancer. 2009 May;45(7):1209-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19250820?tool=bestpractice.com
Consulte o protocolo de especialista local para opções de esquemas e diretrizes de dosagem.
cirurgia ± derivação
Alto risco nessa faixa etária inclui pacientes com doença metastática na apresentação e/ou que tenham pelo menos 1.5 cm² (área transversal máxima) de tumor residual após a cirurgia, tenham histologia anaplásica difusa/de células grandes (não está claro se isso por si só é uma característica de alto risco) ou o tumor abriga mutação em TP53 ou amplificação dos oncogenes MYC ou MYCN.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1
Cirurgia é realizada em todos os pacientes para remover o máximo possível de tumor com segurança e obter o diagnóstico patológico.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [25]Franceschi E, Hofer S, Brandes AA, et al. EANO-EURACAN clinical practice guideline for diagnosis, treatment, and follow-up of post-pubertal and adult patients with medulloblastoma. Lancet Oncol. 2019 Dec;20(12):e715-28. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31797797?tool=bestpractice.com O objetivo é remover completamente o tumor, com alguns estudos mostrando que doença residual de pelo menos 1.5 cm² (área transversal máxima) após a cirurgia está associada a um desfecho adverso.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 [40]Albright AL, Wisoff JH, Zeltzer PM, et al. Effects of medulloblastoma resections on outcome in children: a report from the Children's Cancer Group. Neurosurgery. 1996 Feb;38(2):265-71. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8869053?tool=bestpractice.com No entanto, estudos sugerem que a cirurgia mais agressiva pode levar a mais complicações, e que um atraso após a cirurgia para iniciar a radioterapia pode afetar a sobrevida.[56]Wisoff JH, Boyett JM, Berger MS, et al. Current neurosurgical management and the impact of the extent of resection in the treatment of malignant gliomas of childhood: a report of the Children's Cancer Group trial no. CCG-945. J Neurosurg. 1998 Jul;89(1):52-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9647172?tool=bestpractice.com [57]Jakacki RI, Burger PC, Zhou T, et al. Outcome of children with metastatic medulloblastoma treated with carboplatin during craniospinal radiotherapy: a Children's Oncology Group Phase I/II study. J Clin Oncol. 2012 Jul 20;30(21):2648-53. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2011.40.2792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22665539?tool=bestpractice.com
O alívio da obstrução ventricular por meio da ressecção do tumor pode ou não aliviar a hidrocefalia. É necessário que o monitoramento pós-operatório do paciente seja precoce e rigoroso para determinar se é preciso realizar drenagem do líquido cefalorraquidiano (LCR) por derivação ou terceiro ventriculostomia.
irradiação cranioespinhal e/ou quimioterapia
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A irradiação cranioespinhal com ou sem quimioterapia, ou uma abordagem com quimioterapia isolada pode ser usada em pacientes de alto risco com idade ≥3 anos.
A irradiação cranioespinhal, com uma dose de reforço no sítio da doença (fossa posterior/leito tumoral), é administrada para tratar doença macro e/ou microscópica residual em pacientes com doença de alto risco. A quimioterapia concomitante com carboplatina antes de cada fração de radiação é recomendada apenas para tumores do grupo 3 com MYC amplificado de risco muito alto, de acordo com as diretrizes da NCCN.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 A radioterapia de prótons deve ser considerada para possível preservação do tecido, se disponível em tempo hábil. A radioterapia deve ser iniciada de 31 a 42 dias após a cirurgia (31 a 35 dias é preferencial e até 42 dias é aceitável).[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 O reestadiamento e/ou planejamento de RNMs são recomendados se o intervalo desde o exame de imagem anterior tiver sido >3 semanas antes do início da radioterapia.
A radioterapia apresenta efeitos adversos graves no desenvolvimento neurocognitivo de crianças pequenas; quanto menor a criança, maiores são os efeitos deletérios. Tentativas de evitar a irradiação cranioespinhal (ao substituir a radiação focal em lactentes) pode resultar em uma taxa maior de recidiva.[43]Ashley DM, Merchant TE, Strother D, et al. Induction chemotherapy and conformal radiation therapy for very young children with nonmetastatic medulloblastoma: Children's Oncology Group study P9934. J Clin Oncol. 2012 Sep 10;30(26):3181-6. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2010.34.4341 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22851568?tool=bestpractice.com Técnicas de radioterapia de prótons ou fótons com preservação de tecido devem ser usadas de acordo com as diretrizes atuais da NCCN.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 Os ensaios clínicos atuais estão investigando se doses mais baixas de irradiação cranioespinhal para o tratamento de tumores wingless (WNT) de baixo risco podem manter bons desfechos de sobrevida enquanto diminuem a toxicidade da irradiação cranioespinhal. Em um estudo para pacientes com tumores WNT, omitir a radioterapia e usar apenas uma abordagem de quimioterapia não conseguiu controlar a doença.[58]Cohen KJ, Munjapara V, Aguilera D, et al. A pilot study omitting radiation in the treatment of children with newly diagnosed wnt-activated medulloblastoma. Clin Cancer Res. 2023 Dec 15;29(24):5031-7. https://aacrjournals.org/clincancerres/article/29/24/5031/731675/A-Pilot-Study-Omitting-Radiation-in-the-Treatment http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37498309?tool=bestpractice.com
Muitas instituições consideram uma abordagem somente com quimioterapia para crianças de 3 a 6 anos de idade, uma vez que os efeitos neurocognitivos nessa faixa etária continuam bastante profundos. É importante que as vantagens e desvantagens desta abordagem, inclusive a menor taxa de cura sem radioterapia adjuvante, sejam discutidas cuidadosamente com os pais/cuidadores do paciente. O equilíbrio entre cura e qualidade de vida dos sobreviventes deve ser levado em consideração. Consulte o protocolo de especialista local para opções de esquemas e diretrizes de dosagem.
O melhor esquema de tratamento para pacientes de alto risco não é claro. Há controvérsia sobre se a radioterapia ou a quimioterapia devem ser administradas primeiro após a operação. Um estudo sugere que a sobrevida não difere de forma significativa se, após a cirurgia, os pacientes receberam quimioterapia antes ou depois da radioterapia.[59]Tarbell NJ, Friedman H, Polkinghorn WR, et al. High-risk medulloblastoma: a pediatric oncology group randomized trial of chemotherapy before or after radiation therapy (POG 9031). J Clin Oncol. 2013 Aug 10;31(23):2936-41. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/JCO.2012.43.9984 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23857975?tool=bestpractice.com
As estratégias a serem consideradas nesse cenário incluem: radioterapia acelerada hiperfracionada seguida por quimioterapia; esquema de Saint Jude de radioterapia uma vez ao dia seguida por quimioterapia; ou quimiorradioterapia concomitante com carboplatina, que mostrou melhora na sobrevida em um estudo de fase 2.[21]Gajjar A, Chintagumpala M, Ashley D, et al. Risk-adapted craniospinal radiotherapy followed by high-dose chemotherapy and stem-cell rescue in children with newly diagnosed medulloblastoma (St Jude Medulloblastoma-96): long-term results from a prospective, multicentre trial. Lancet Oncol. 2006 Oct;7(10):813-20. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17012043?tool=bestpractice.com [52]Taylor RE, Howman AJ, Wheatley K, et al. Hyperfractionated accelerated radiotherapy (HART) with maintenance chemotherapy for metastatic (M1-3) medulloblastoma - a safety/feasibility study. Radiother Oncol. 2014 Apr;111(1):41-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24630538?tool=bestpractice.com [57]Jakacki RI, Burger PC, Zhou T, et al. Outcome of children with metastatic medulloblastoma treated with carboplatin during craniospinal radiotherapy: a Children's Oncology Group Phase I/II study. J Clin Oncol. 2012 Jul 20;30(21):2648-53. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2011.40.2792 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22665539?tool=bestpractice.com O subsequente estudo randomizado de fase 3 do Children’s Oncology Group com carboplatina durante a irradiação cranioespinhal para pacientes de alto risco mostrou melhora na sobrevida livre de eventos em 19% em 5 anos para crianças com meduloblastoma do grupo 3 de alto risco.[60]Leary SES, Packer RJ, Li Y, et al. Efficacy of carboplatin and isotretinoin in children with high-risk medulloblastoma: a randomized clinical trial from the children's oncology group. JAMA Oncol. 2021 Sep 1;7(9):1313-21. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC8299367 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34292305?tool=bestpractice.com Portanto, a carboplatina concomitante com a irradiação cranioespinhal para o tratamento de tumores do grupo 3 com MYC amplificado de risco muito alto é recomendada pelas diretrizes atuais da NCCN.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication]. https://www.nccn.org/guidelines/category_1 No Reino Unido, o uso da estratégia de Milan de quimioterapia de indução seguida por radioterapia acelerada hiperfracionada e quimioterapia de alta dose com resposta direta foi interrompida em julho de 2014 por neurotoxicidade inesperada e taxas de sobrevida menores do que as esperadas observadas em uma auditoria nacional.[51]Gandola L, Massimino M, Cefalo G, et al. Hyperfractionated accelerated radiotherapy in the Milan strategy for metastatic medulloblastoma. J Clin Oncol. 2009 Feb 1;27(4):566-71. http://ascopubs.org/doi/full/10.1200/jco.2008.18.4176 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19075266?tool=bestpractice.com [61]Vivekanandan S, Breene R, Ramanujachar R, et al. The UK experience of a treatment strategy for pediatric metastatic medulloblastoma comprising intensive induction chemotherapy, hyperfractionated accelerated radiotherapy and response directed high dose myeloablative chemotherapy or maintenance chemotherapy (Milan strategy). Pediatr Blood Cancer. 2015 Dec;62(12):2132-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26274622?tool=bestpractice.com No entanto, um relatório subsequente do desfecho de longo prazo dessa estratégia indicou melhora na sobrevida livre de eventos e na sobrevida global em relação aos desfechos relatados anteriormente em todos os subgrupos moleculares (os tumores Sonic Hedgehog com mutação em TP53 tiveram o desfecho mais desfavorável entre todos os grupos).[62]Massimino M, Barretta F, Dossena C, et al. Long-term outcome of the Milano-hyperfractionated accelerated radiotherapy strategy for high-risk medulloblastoma, including the impact of molecular subtype. Neuro Oncol. 2025 Jan 12;27(1):209-18. https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC11726337 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/39331528?tool=bestpractice.com
quimioterapia sistêmica adjuvante/de manutenção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A quimioterapia adjuvante/de manutenção é usada para tratar doença macro e/ou microscópica residual. O esquema quimioterápico só deve ser considerado em consulta com um neuro-oncologista pediátrico. Combinações de cisplatina (ou carboplatina), lomustina, vincristina, etoposídeo, ciclofosfamida e procarbazina foram usadas.[3]National Comprehensive Cancer Network. NCCN clinical practice guidelines in oncology: pediatric central nervous system cancers [internet publication].
https://www.nccn.org/guidelines/category_1
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What are the benefits and harms of chemotherapy in children with medulloblastoma?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1495/fullMostre-me a resposta
O esquema adequado deve ser estabelecido individualmente para cada paciente, levando em conta outros fatores prognósticos. Recomenda-se o encaminhamento a um ambiente acadêmico, bem como o acesso a ensaios clínicos.
Consulte o protocolo de especialista local para opções de esquemas e diretrizes de dosagem.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
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