História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco para gliomas incluem: sexo masculino, ascendência branca, história de neurofibromatose do tipo 1, esclerose tuberosa, síndrome de Li-Fraumeni, síndrome de Turcot ou história de exposição a radiação ionizante.

Outros fatores diagnósticos

comuns

estado mental alterado

Ocorrência relatada em aproximadamente 50% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[25][31]

cefaleia

Relata-se ocorrer em aproximadamente 60% dos pacientes com tumores cerebrais.[32][33]

A cefaleia unilateral indica o lado da lesão em aproximadamente 80%.

Tende a piorar com a tosse, com a manobra de Valsalva ou quando o paciente está em decúbito dorsal.[20]

náuseas e/ou vômitos

Ocorrência relatada em aproximadamente 50% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

anormalidade de marcha

Relata-se ocorrer em aproximadamente 41% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

ataxia

Relata-se ocorrer em aproximadamente 37% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Associada a lesões no cerebelo.

fraqueza

Relata-se ocorrer em aproximadamente 27% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Associada à lesão no lobo frontal posterior contralateral ou em qualquer local no trato corticoespinhal descendente.

convulsões

A frequência varia de 80%, em pacientes com doença de baixo grau, a 29%, em pacientes com astrocitoma de grau 4.[25]

Associada à lesão em íntima relação com o córtex cerebral. O tipo de convulsão depende da localização do tumor.

distúrbios visuais

Relata-se ocorrer em aproximadamente 23% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Pode manifestar-se como diplopia (paralisia de nervo craniano), perda do campo visual (lesão cortical no lobo temporal, parietal ou occipital) ou perda da acuidade (lesão na região óptico-hipotalâmica).

deficit discursivo

Relata-se ocorrer em aproximadamente 21% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Associada à lesão no lobo temporal posterior dominante ou no lobo frontal anterolateral.

afasia/disfasia

Relata-se ocorrer em aproximadamente 12% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Encontrada em 37% a 58% dos pacientes com tumores no lado esquerdo.[34]

Associada à lesão no lobo temporal posterior dominante ou no lobo frontal anterolateral.

deficit sensorial

Relata-se ocorrer em aproximadamente 19% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Associado à lesão no lobo parietal anterior contralateral ou na via sensorial ascendente.

fraqueza motora

Relata-se ocorrer em aproximadamente 37% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Associada à lesão no lobo frontal posterior contralateral ou em qualquer local no trato corticoespinhal descendente.

alteração visual

Relata-se ocorrer em aproximadamente 20% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Pode manifestar-se como diplopia (paralisia de nervo craniano), perda do campo visual (lesão cortical no lobo temporal, parietal ou occipital) ou perda da acuidade (lesão na região óptico-hipotalâmica).

paralisia do nervo craniano

Relata-se ocorrer em aproximadamente 26% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Paralisia do sexto (VI) nervo como consequência da hipertensão intracraniana ou invasão direta do núcleo do terceiro (III), quarto (IV) ou sexto (VI) nervo craniano por lesão no tronco encefálico.

papiledema

Relata-se ocorrer em aproximadamente 28% dos pacientes que se apresentam em prontos-socorros com um tumor cerebral.[31]

Mais comum em pacientes com tumor na fossa posterior.

Incomuns

alterações de personalidade/instabilidade emocional

Em 16% a 34% dos pacientes foi relatada alteração de personalidade, estando associada a astrocitomas grandes e/ou bilaterais no lobo frontal.[32]

A instabilidade emocional está associada a lesões grandes no lobo frontal.

Fatores de risco

Fracos

ascendência branca

Nos EUA, os gliomas são mais comuns em pessoas brancas que em pessoas de qualquer outro grupo racial.[3][4]

sexo masculino

Os gliomas ocorrem com mais frequência em homens do que em mulheres; a taxa de incidência de glioblastomas é 1.6 vez maior em homens do que em mulheres.[3][4]

neurofibromatose do tipo 1

Aproximadamente 15% das crianças com neurofibromatose do tipo 1 desenvolvem gliomas pilocíticos no nervo óptico.[5] Esses tumores geralmente são diagnosticados durante a infância e raramente progridem após o diagnóstico.[12]

complexo da esclerose tuberosa

Aproximadamente 10% a 20% das pessoas com complexo da esclerose tuberosa desenvolvem astrocitoma subependimário de células gigantes (considerado exclusivo desta síndrome).[13]

síndrome de Li-Fraumeni

Associado a astrocitoma e glioblastoma difusos.[14]

síndrome de Turcot

Associado ao aumento do risco de evoluir para glioblastoma. O risco relativo de tumor cerebral primário é aumentado por um fator de 7.[15]

radiação ionizante

Associado ao glioma maligno. O mecanismo está relacionado a quebras e mutações na fita de DNA induzida por radiação.[9] Os pacientes com história de radiação terapêutica na cabeça apresentam aumento do risco de desenvolver glioblastoma posteriormente.[10][11]

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