Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mãe leva seu filho de 5 meses de idade ao consultório com a queixa principal de diarreia e dermatite da área das fraldas. Ao exame físico, ele apresenta agitação e parece doente. Seus sinais vitais são notáveis para uma frequência cardíaca de 200 bpm (faixa normal para a idade: 100-160 bpm), frequência respiratória de 48 respirações/minuto (limite superior da faixa normal 40 respirações/minuto) e pressão arterial (PA) de 105/50 mmHg (o 95º percentil para PA sistólica é 103 mmHg para uma criança de aproximadamente 5 meses de idade). Seu abdome está flácido com ruídos hidroaéreos ativos. Ele apresenta uma erupção cutânea difusa, inflamada e vermelha, com escoriação superficial. Sua boca parece pegajosa e ele recusa mamadeira ou chupeta. A mãe relata que ele apresentou fezes aquosas não sanguinolentas frequentes por 2 dias, mas apenas 1 episódio hoje. A fralda está seca.
Caso clínico #2
Uma mãe traz sua filha de 4 meses ao consultório por causa de vômitos. Ela informa que a filha estava bem até ontem, quando pareceu mais agitada que o usual. Hoje ela não aceitou a mamadeira. Ela não teve febre, diarreia ou contato conhecido com qualquer doença infecciosa. No exame físico, o bebê se encontra extremamente letárgico, pálido e taquicárdico (180 bpm), com PA de 105/45 mmHg. O enchimento capilar é rápido; o turgor cutâneo é normal e as membranas mucosas parecem úmidas. O exame da pele é normal, exceto por uma área circular de equimose discreta na parte superior do braço direito. O exame abdominal é digno de nota pela sensibilidade aparente sem rigidez. A borda hepática está 2.5 cm abaixo da margem costal direita.
Outras apresentações
Embora gastroenterite seja a causa mais frequente de depleção de volume em crianças, outras etiologias são encontradas na prática pediátrica. Duas grandes categorias de depleção de volume podem ser consideradas. A primeira inclui quadros clínicos resultantes de um desequilíbrio entre a ingestão e o débito de líquidos (por exemplo, cetoacidose diabética, diabetes insípido, sudorese excessiva, hemorragia e ingestão insuficiente de líquidos para manter a homeostase). A segunda categoria é, sem dúvida, a menos comum nos pacientes pediátricos, mas pode acarretar risco à vida. Ela consiste em afecções resultantes de uma alteração na distribuição do fluido corporal total (por exemplo, anafilaxia, ascite, sangramento oculto e sepse).
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