Etiologia

Bordetella pertussis é o agente etiológico típico.[1]​ Outras espécies de Bordetella, incluindo a B parapertussis, a B bronchiseptica e a B holmesii, podem causar doenças similares à coqueluche.[2][10]

Fisiopatologia

Os seres humanos são os únicos hospedeiros conhecidos da Bordetella pertussis.[2] A coqueluche é altamente contagiosa; até 80% dos contactantes domiciliares suscetíveis desenvolvem a doença clínica após a exposição a um caso índice. A infecção é transmitida de pessoa para pessoa por meio de gotículas respiratórias e partículas transportadas pelo ar geradas pela tosse e por espirros, ou por meio de fômites contaminados com secreções respiratórias.[1]​​[2] A transmissão é mais frequente nas primeiras 1-2 semanas de infecção; normalmente, os pacientes permanecem infecciosos por 2-3 semanas a partir do início da tosse, se não tratada. Geralmente, o período de incubação é de 7-10 dias, variando em uma faixa de 4-21 dias.[1]​​[10] A bactéria adere a células epiteliais respiratórias ciliadas, onde produzem toxinas e outros mediadores biologicamente ativos, causando paralisia ciliar, danos tecidual local e inflamação.[4]​​​ Uma linfocitose característica é causada pela toxina da bactéria da coqueluche. A B pertussis pode entrar e sobreviver nos leucócitos fagocíticos e nas células não fagocíticas, mas não está claro como isso afeta a doença e a resposta imune do hospedeiro. A infecção por B pertussis pode resultar em uma pneumonia primária por coqueluche. Não ocorre bacteremia. A infecção induz respostas imunes a uma variedade de antígenos bacterianos, mas a imunidade não é permanente.[6][7][11][12]

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