Diagnósticos diferenciais

Câncer de ovário

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Mulher menopausada (>65 anos); pode haver história familiar de câncer de ovário ou câncer de mama (positivo para BRCA-1 ou BRCA-2), sintomas de dispepsia, distensão abdominal, aumento da circunferência abdominal, perda de peso e achados físicos de massa anexial fixa e ascite.

Investigações

Achados ultrassonográficos de um cisto >10 cm de diâmetro, multiloculado ou com septos de parede espessa e áreas sólidas, fluxo sanguíneo elevado; níveis de antígeno de câncer (CA)-125 elevados ≥35 U/mL.

A histopatologia ovariana confirmará o diagnóstico de câncer de ovário.[50]

Torção ovariana

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Dor no quadrante inferior esquerdo ou direito. Ocasionalmente, apresenta-se com massa no quadrante inferior direito ou esquerdo.

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A ultrassonografia mostra cisto ovariano e fluxo sanguíneo diminuído.

Síndrome do ovário policístico

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

A etiologia é desconhecida, mas ela está presente em 6% a 10% das mulheres em idade fértil. A história clínica geralmente é típica, com irregularidade menstrual, infertilidade, hirsutismo, pele oleosa, queda de cabelo, obesidade e acne.

Investigações

Os achados da ultrassonografia pélvica que sugerem o diagnóstico incluem: 12 ou mais folículos em cada ovário medindo de 2 a 9 mm de diâmetro e/ou volume ovariano aumentado (>10 mL) em um ou em ambos os ovários; o revestimento endometrial >5 a 7 mm indica espessamento endometrial.[51]

Pode haver um nível sérico elevado de 17-hidroxiprogesterona, testosterona total e livre, sulfato de desidroepiandrosterona (DHEA-S) e prolactina.

Mioma uterino/de ligamento largo

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Cerca de 50% das mulheres são assintomáticas.[52] Menstruações anormais ocorrem com muito mais frequência entre essas pacientes (30%).[52]

Investigações

Ultrassonografia transvaginal: sonolucência de uma massa sólida que se projeta do útero ou do ligamento largo com um verdadeiro pedúnculo.[53]

RNM: pode auxiliar a delinear melhor a origem ou base do leiomioma.[52]

Doença inflamatória pélvica (DIP)

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Ocorre geralmente em mulheres com idade entre 20 e 40 anos.

Apresenta-se com sensibilidade nos quadrantes inferiores de ambos os lados, geralmente em até 5 dias a partir do último período menstrual.

Secreção purulenta do óstio cervical.

Investigações

O uso de swab endocervical pode confirmar doença inflamatória pélvica decorrente de Chlamydia trachomatis ou Neisseria gonorrhoeae.

Salpingite aguda

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Ocorre geralmente em mulheres com idade entre 20 e 40 anos.

Manifesta-se com sensibilidade no quadrante inferior em ambos os lados, geralmente em até 5 dias depois do último período menstrual.

Pode haver uma secreção purulenta oriunda do óstio cervical.

Investigações

A infecção ascendente é frequentemente polimicrobiana ou devido a Chlamydia trachomatis ou Neisseria gonorrhoeae.

Abscesso tubo-ovariano

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

A incidência da formação do abscesso tubo-ovariano entre adolescentes com diagnóstico conhecido de doença inflamatória pélvica (DIP) varia de 17% a 20%.[31]

Investigações

A ultrassonografia ou a tomografia computadorizada (TC) podem distingui-lo de um cisto ovariano.

Hidrossalpinge

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Não há sinais ou sintomas de diferenciação. Pode ser resultado de salpingite crônica.

Investigações

A ultrassonografia transvaginal e a RNM oferecem um melhor delineamento, diferenciando esta afecção de um cisto ovariano.

Endometriose

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Uma história de cólicas menstruais dolorosas (dismenorreia), especialmente se não há alívio com anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e há agravamento progressivo e contínuo.

A prevalência de endometriose na população geral é de 5% a 15%, mas a incidência da formação de endometrioma não foi claramente identificada.

O exame pélvico de toque simples, seguido por exame bimanual e retovaginal, podem revelar massa pélvica (endometrioma ovariano), útero fixo e retrovertido, ou nodularidade e sensibilidade do ligamento uterossacro.

Investigações

A ultrassonografia transvaginal é diagnóstico para endometrioma ovariano, mas é possível que ele não detecte a doença em estágio inicial.

A ultrassonografia endoscópica retal pode ter algum valor para pacientes com suspeita de endometriose pélvica profunda ou envolvimento do cólon/reto.

A histopatologia confirmará o diagnóstico de endometriose ou endometrioma, com células glandulares do revestimento semelhantes às do endométrio e alterações de hemorragia crônica (fibrose e macrófagos com hemossiderina) em estroma de parede cística.

Gravidez ectópica

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Ausência do período menstrual, dor no quadrante inferior ou dor na pelve com algum grau de sangramento vaginal. Pode haver dor à mobilização do colo no exame pélvico.

Investigações

O nível hormonal de gonadotrofina coriônica humana é alto no soro e na urina.

A ultrassonografia revela um útero vazio e pode mostrar uma massa nas tubas uterinas.

Ameaça de aborto espontâneo

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Ausência do período menstrual, dor abdominal ou dor na pelve com sangramento vaginal. Pode apresentar-se com hemorragia e choque.

Investigações

O nível hormonal de gonadotrofina coriônica humana é alto no soro e na urina.

A ultrassonografia pode revelar um feto no útero ou hemorragia.

Apendicite aguda

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

A história clínica para apendicite geralmente é característica, com dor abdominal localizada no centro e na lateral inferior direita, associada com febre, anorexia, náuseas e vômitos.

Investigações

A ultrassonografia abdominal e a TC mostram espessamento da parede do apêndice, realce da parede e alterações inflamatórias nos tecidos circundantes.

O hemograma completo mostra leucocitose.

Aderências pélvicas com alças intestinais

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Distúrbios gastrointestinais como obstrução do íleo ou do intestino delgado têm maior probabilidade de serem causados por aderências; 75% das obstruções do intestino delgado envolvem aderências em alguma medida.[54]

Investigações

Cine RNM funcional: comprova a lâmina visceral durante a manobra de Valsalva; 90% de precisão na identificação de aderências de alças intestinais.[54]

Doença de Crohn

SINAIS / SINTOMAS
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Adultos jovens com febre, náuseas, vômitos, diarreia, dor no quadrante inferior direito e sensibilidade localizada, presença de alteração no hábito intestinal, dor em cólica, e passagem de sangue e muco pelo reto.

Investigações

A TC pode mostrar um abscesso intra-abdominal.

O estudo contrastado do intestino delgado e do cólon pode mostrar estenose ou uma série de úlceras e fissuras (aspecto pavimentoso) da mucosa.

A aparência colonoscópica mostra um padrão pavimentoso da ulceração da mucosa.

A histopatologia de biópsia do intestino grosso mostrará inflamação transmucosa, fibrose e granulomas esparsos.

Cálculo ureteral

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Geralmente apresenta dor muito intensa em cólica. Ela pode ser irradiada aos grandes lábios e associada com hematúria.

Febre geralmente ausente.

Investigações

Urinálise positiva para sangue.

Leucocitose geralmente ausente.

Radiografia abdominal ou tomografia podem mostrar cálculo calcificado.

Pielografia e TC sem contraste por via oral ou intravenoso confirmam o diagnóstico.

Câncer tubário primário

SINAIS / SINTOMAS
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SINAIS / SINTOMAS

Não há sinais ou sintomas de diferenciação.

Investigações

A ultrassonografia transvaginal e a RNM oferecem um melhor delineamento, diferenciando esta afecção de um cisto ovariano.

Os achados ultrassonográficos incluem estruturas císticas em formato de salsicha com projeções papilares.

O antígeno de câncer (CA)-125 pode estar elevado na doença em estádio avançado.[7]

A imagem com Doppler pode beneficiar o diagnóstico.

A histopatologia confirmará o diagnóstico de carcinoma tubário.

Varizes pélvicas

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Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Não há sinais ou sintomas de diferenciação.

Investigações

A ultrassonografia transvaginal e a RNM oferecem um melhor delineamento, diferenciando esta afecção de um cisto ovariano.

A imagem com Doppler pode beneficiar o diagnóstico.

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