Complicações
Pode ocorrer em até 25% dos pacientes com Mycoplasma pneumoniae, sendo principalmente uma erupção cutânea maculopapular ou vesicular autolimitada.[4] Casos graves podem incluir síndrome de Stevens-Johnson e estomatite ulcerativa. Como a principal causa da erupção cutânea provavelmente decorre da disseminação sistêmica do patógeno para a pele, a antibioticoterapia deve ser considerada.
Os distúrbios hematológicos podem ser atribuídos à presença de crioaglutininas de reação cruzada na infecção por Mycoplasma pneumoniae. Eles incluem anemia hemolítica, metemoglobinemia e distúrbios da coagulação, como coagulação intravascular disseminada ou púrpura trombocitopênica trombótica.[4][61]
O acúmulo de líquido e células inflamatórias provenientes de uma infecção pulmonar adjacente ou decorrente da invasão do patógeno no espaço pleural ocorre em casos raros de pneumonia por Mycoplasma pneumoniae[64] e é mais provável em pacientes pediátricos;[65] tratamento apropriado com antibióticos é essencial. Se acúmulo de líquido ocorrer ou não remitir, toracocentese e drenagem poderão ser indicadas. Em casos graves que não remitem, pode ser necessária uma decorticação pleural.
Complicações neurológicas se manifestam em até 7% dos pacientes internados com Mycoplasma pneumoniae. Isso pode ocorrer até 2 semanas após o início da infecção e pode incluir encefalite, meningite, síndrome cerebelar, paralisias de nervos cranianos e síndrome de Guillain-Barré.[4] Essas complicações podem estar relacionadas a afecções autoimunes.
Podem ocorrer mialgias, artralgias e poliartropatias em até 14% dos pacientes com infecção aguda por Mycoplasma pneumoniae, as quais podem persistir por muito tempo após a infecção. Isso é mais comum em pacientes hipogamaglobulinêmicos.[4]
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