Vírus do Nilo Ocidental

Caso clínico

Um homem de 50 anos de idade apresenta história de febre súbita, cefaleia, fadiga, mialgia e artralgia generalizada. Ele passou grande parte dos meses de verão ao ar livre e lembra-se de ter sido picado por mosquitos. Ao exame físico, o paciente está febril, apresenta um exantema maculopapular envolvendo o tronco e membros e linfadenopatia submental.

Outras apresentações

Os pacientes também podem apresentar sintomas oculares (por exemplo, dor ocular, distúrbios visuais, hiperemia conjuntival, lesões coriorretinianas multifocais, hemorragias retinianas), faringite, fraqueza muscular generalizada, náuseas/vômitos, esplenomegalia ou sinais e sintomas de complicações, incluindo pancreatite (por exemplo, dor epigástrica), miocardite (por exemplo, dispneia, dor torácica, palpitações) ou hepatite (por exemplo, dor no quadrante superior direito, icterícia).

Raramente, os pacientes podem desenvolver doença neuroinvasiva, a qual pode se manifestar com sinais e sintomas de encefalite (por exemplo, estupor, coma), meningite (por exemplo, fotofobia, torcicolo, sinal de Kernig, sinal de Brudzinski) ou poliomelite do Nilo Ocidental (ou seja, uma síndrome caracterizada por paralisia flácida aguda que se assemelha à poliomielite).

Hepatite, pancreatite e miocardite são complicações raras.

Casos de infecção congênita foram reportados em gestantes infectadas com o vírus do Nilo Ocidental durante a gravidez; porém, o risco de desfechos maternos ou neonatais adversos parece ser baixo.[2]Pridjian G, Sirois PA, McRae S, et al. Prospective study of pregnancy and newborn outcomes in mothers with West nile illness during pregnancy. Birth Defects Res A Clin Mol Teratol. 2016;106:716-723. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5008687 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27223334?tool=bestpractice.com