História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem idade <30 anos, viagens de aventura, itinerários com alta exposição a alimentos e bebidas de fontes anti-higiênicas, viajantes com residência anterior em destinos de alto risco visitando amigos e parentes, militares destacados para destinos de alto risco e viagens durante as estações de climas quentes e úmidos.

diarreia (com ou sem tenesmo), cólicas, náuseas e vômitos

Os sintomas típicos da diarreia do viajante incluem cólicas, náuseas, vômitos e fezes diarreicas, com resolução em 3 a 5 dias.

Incomuns

disenteria (sangue e febre)

Fezes sanguinolentas indicam um organismo invasor e uma infecção grave potencialmente sistêmica.

diarreia persistente por >14 dias

As infecções parasitárias não respondem a antibióticos e, geralmente, são persistentes.[29]​ A infecção por Giardia é caracterizada por diarreia flatulenta e eructação com odor de sulfeto de hidrogênio. A disenteria amebiana está associada à diarreia hemorrágica mucoide.

Pode haver intolerância à lactose secundária ou má absorção de ácidos biliares, assim como espru tropical. Os sintomas que duram >30 dias podem indicar ocorrência de um novo episódio de distúrbio gastrointestinal ou desmascaramento de doença orgânica ou estrutural preexistente.

Outros fatores diagnósticos

comuns

diarreia sem doença

Muitas vezes denominada "evacuação de viagem".

O excesso de gases ou a ocasional evacuação diarreica sem o paciente se sentir doente podem estar relacionados a novos alimentos, a mudanças no horário normal das refeições, ao estresse e a alterações da flora bacteriana.

Fatores de risco

Fortes

viagem para um destino de alto risco

Destinos de alto risco incluem: sul e sudeste da Ásia, Américas Central e do Sul, leste, oeste e norte da África.[4][11]​

idade <30 anos

Faixas etárias mais baixas estão associadas a comportamentos mais arriscados e maior propensão a viagens de aventura em áreas de alta exposição a alimentos e bebidas provenientes de fontes não higiênicas.[2][9]​

viajantes com residência prévia em um local de alto risco visitando amigos e parentes

Viajantes em visita a amigos e familiares têm menos probabilidade de tomar precauções em relação a alimentos e à água, e podem não reconhecer que qualquer imunidade previamente adquirida à diarreia do viajante tem curta duração. Esses viajantes também têm uma probabilidade bem menor de procurarem aconselhamento antes da viagem.[21]

viagem durante estações quentes e úmidas

O risco pode variar de acordo com a época do ano. De um modo geral, acredita-se que as condições climáticas quentes e úmidas dão suporte ao aumento do risco de transmissão de muitos dos agentes patogênicos bacterianos comuns.[2][12]​​

populações de militares destacados

Foi observada uma maior prevalência de diarreia do viajante em populações de militares destacados e pode causar um declínio no desempenho profissional ou à perda de dias de serviço.[4][13][14]

falta de cautela na seleção de alimentos e água

Os itens considerados não seguros incluem gelo, água de torneira, saladas, frutas descascadas previamente e alimentos crus. Condimentos e molhos não embalados, como o guacamole, muitas vezes representam um risco potencial. Alimentos de vendedores ambulantes e buffets com baixa rotatividade também representam um risco significativo e observável. Os itens seguros incluem alimentos bem cozidos, servidos enquanto estão quentes, água fervida ou engarrafada (devidamente lacrada), alimentos comercialmente embalados, pães frescos e frutas descascadas pelo viajante.

Fracos

uso de inibidor da bomba de prótons

Os inibidores da bomba de prótons podem facilitar a sobrevivência de bactérias que contaminam alimentos ou água durante o trânsito pelo estômago. No entanto, há poucos estudos que avaliam diretamente esse risco nos viajantes.[9]​ Pode-se considerar a descontinuação do uso desses medicamentos durante a viagem, a menos que sejam necessários para o controle dos sintomas.

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