Caso clínico

Caso clínico #1

Por insistência da esposa e da filha, um homem branco de 70 anos apresenta-se com comportamento anormal no sono. A esposa relata que o paciente a esmurra vigorosamente e grita durante o sono. O paciente acredita que o problema ocorre porque ele executa os sonhos nos quais é perseguido por um grupo de homens e tenta se defender ao ser encurralado, "esmurrando-os". Depois de um episódio grave no qual caiu da cama e teve uma laceração na testa, ele decidiu se amarrar à cama, e sua família insistiu para que consultasse um médico. O exame físico revela expressão facial reduzida, rigidez em roda dentada e bradicinesia dos membros superiores (lado direito maior que o esquerdo) e marcha arrastada. Polissonografia com eletrodos de EMG no antebraço adicionais observaram sono de movimento rápido dos olhos (REM) sem atonia. O paciente foi diagnosticado com distúrbio comportamental do sono REM e doença de Parkinson.

Caso clínico #2

Um homem de 30 anos apresenta-se com a esposa, que se queixa de que ele caminha durante o sono. Ela relata que cerca de 1 a 2 horas depois de dormir, ela acorda porque o marido se levanta e fica andando pelo quarto. Isso acontece uma ou duas vezes por mês. Em 2 ocasiões, ele tropeçou na mobília do quarto. Ela relata que não consegue interromper esses episódios redirecionando-o e falando com ele porque ele parece entorpecido e irresponsivo. O próprio paciente volta para a cama e dorme após cerca de 10 minutos de deambulação sem rumo pelo quarto. O paciente não se lembra de nenhum dos eventos. Entretanto, ele relata que o sonambulismo é extremamente comum em sua família e, quando era mais jovem, era visto caminhando com mais frequência que agora. O paciente foi submetido à polissonografia, que não mostrou apneia do sono ou anormalidades epileptiformes. O paciente foi diagnosticado com sonambulismo e melhorou com medidas de segurança no ambiente do quarto, evitar a privação do sono e terapia cognitivo-comportamental.

Outras apresentações

Parassonias podem ser transitórias e não ter consequência significativa sobre a qualidade do sono do paciente. Em outros casos, elas são suficientemente graves ou persistentes para causar uma perturbação significativa do sono e sofrimento ou lesão para o paciente ou companheiro.

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