Complicações
A complicação mais significativa relacionada ao tratamento de miomas uterinos é o recrescimento e o retorno dos sintomas incômodos associados. A miomectomia está associada a certo risco de recorrência de miomas (o relatado varia de 0 a 25%), e estima-se que 10% das mulheres submetidas à miomectomia necessitem de uma histerectomia dentro de 5 a 10 anos.[81] O risco de recorrência está associado à idade, número pré-operatório de miomas, tamanho uterino, doença associada e parto após miomectomia.[164] Para mulheres na faixa dos 30 anos, a chance de necessitar de tratamento adicional para miomas nos 2 anos seguintes foi de 6% a 7% após tratamento clínico ou miomectomia e 44% após embolização da artéria uterina (EAU).[81]
Um estudo demonstrou que 29% das pacientes submetidas a EAU necessitaram de terapia invasiva adicional entre 3 e 5 anos após o procedimento.[73] As opções após falhas no tratamento incluem repetição de cirurgia conservadora versus histerectomia.
Em geral, apresenta-se como dor abdominal aguda com sintomas associados ao órgão encarcerado: por exemplo, retenção urinária.
A remoção cirúrgica do mioma é o tratamento de primeira escolha.
A anemia é o problema mais comum, associada a menorragia, ciclos menstruais mais curtos (<21 dias) e mais frequentes que o usual, e sangramento intermenstrual. A evolução geralmente é insidiosa e progressiva, causando depleção dos depósitos de ferro no corpo e anemia ferropriva.
A hemorragia é um risco cirúrgico conhecido na miomectomia, na embolização da artéria uterina e na histerectomia.
Na miomectomia, raramente ocorre de o sangramento intenso exigir histerectomia de emergência.
A infecção é complicação cirúrgica conhecida na miomectomia, na embolização da artéria uterina e na histerectomia.
Miomas uterinos estão associados a desfechos obstétricos desfavoráveis. Leiomiomas que distorcem o útero estão associados a aumento do risco de aborto espontâneo. Gestantes com miomas uterinos apresentam aumento do risco de apresentação fetal anômala, descolamento da placenta, restrição do crescimento fetal, parto e nascimento pré-termo, parto cesariano e hemorragia pós-parto.[168]
Geralmente, apresentam-se durante a gravidez com dor abdominal aguda com sensibilidade local significativa sobre o local da massa.
O tipo mais comum de degeneração durante a gravidez é o vermelho; acredita-se que ocorra por causa do rápido crescimento celular do mioma que excede o suprimento de sangue.
Geralmente, requer internação hospitalar para terapia de dor, em geral com anti-inflamatórios não esteroidais. No entanto, esses medicamentos devem ser usados com precaução para evitar problemas fetais, como fechamento prematuro do canal arterial.[9][72]
Considera-se que a prevalência de infertilidade associada a miomas seja baixa.[23] Postulou-se de várias formas que o impacto negativo sobre a fertilidade por causa miomas uterinos ocorre via alterações resultantes na arquitetura uterina e interferência no transporte de espermas ou na implantação do óvulo, contratilidade uterina alterada ou óstios tubários obstruídos.[166]
Estudos demonstraram que a ruptura da arquitetura uterina/endometrial seria o mecanismo mais provável.[75][167]
Existem inúmeras hipóteses com respeito ao mecanismo de ação de abortos espontâneos em pacientes com miomas uterinos, incluindo contratilidade uterina alterada, vasculatura uterina alterada e/ou matriz extracelular de suporte.[23]
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