Caso clínico

Caso clínico #1

Uma mulher negra de 45 anos de idade, com 3 gestações e 3 partos, apresenta vários anos de períodos menstruais progressivamente mais intensos e prolongados. Nos últimos meses, ela também sentiu letargia e fraqueza. Ela visitou recentemente seu médico de atenção primária por causa do cansaço e foi diagnosticada com anemia moderada (hemoglobina de 90 g/L [9 g/dL]). A história familiar é digna de nota por causa de uma irmã que foi submetida a histerectomia aos 49 anos de idade em decorrência de miomas uterinos. O exame físico bimanual revela útero aumentado equivalente a 16 semanas, firme e irregular. Os exames anexial e retal são normais, e o exame de sangue oculto nas fezes é negativo. A ultrassonografia pélvica apresenta útero aumentado com contorno irregular e múltiplas massas intramurais consistentes com miomas uterinos. Ambos os ovários são visualizados e estão normais.

Caso clínico #2

Uma mulher de 38 anos de idade vai ao ginecologista para seu exame físico anual. Ela não tem queixas específicas. Seu ciclo menstrual é regular, ocorrendo a cada 28 a 30 dias e durando cerca de 5 dias. No entanto, ela notou que, recentemente, a menstruação tem sido mais intensa que o normal. No exame pélvico, ela tem útero aumentado, semelhante ao útero de gravidez de 8 semanas. O teste de gravidez urinário é negativo. Seu hemograma completo está normal. A ultrassonografia pélvica apresenta dois miomas dentro da parede uterina, cada um medindo 2 cm.

Outras apresentações

As pacientes com miomas uterinos são, em sua maioria, assintomáticas. O local e o tamanho, bem como as alterações degenerativas dentro do tumor, têm um papel importante na determinação do quadro clínico. Os miomas uterinos podem distorcer significativamente a cavidade uterina e, portanto, ser detectados durante a avaliação de infertilidade primária ou secundária ou de perda fetal no segundo trimestre. Devido ao efeito de massa sobre os órgãos contíguos, como a bexiga e o reto, os miomas podem ser identificados durante a avaliação de sintomas urinários, como polaciúria, urgência ou incontinência e, menos comumente, durante a investigação de constipação. A avaliação de penetração dolorosa pode revelar a presença de miomas que impactam a vagina anterior ou o fundo de saco pélvico. Por fim, a avaliação de distensão abdominal ou dispepsia pode revelar útero muito aumentado secundário a miomas que limitam o espaço na parte superior do abdome, causando assim esses sintomas.

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