Caso clínico
Caso clínico #1
Uma adolescente de 18 anos de idade comparece à consulta com história de diversos episódios de confusão nos últimos meses. Normalmente, ela tem um sinal de alerta, o qual ela descreve como uma sensação crescente em seu abdome que percorre até o peito. Ela fica alheia por alguns minutos, geralmente, mas outras pessoas dizem que, durante esses episódios, ela estala os lábios, belisca as roupas e não consegue falar. Após o evento, ela se sente cansada, tem cefaleia e prefere se deitar. Ela percebe que sua memória não está tão boa quanto era no passado e suas notas escolares diminuíram. Sua história médica é marcada por diversas convulsões febris quando criança, embora ela não tenha sido tratada para convulsões naquela época. Uma tia foi diagnosticada com convulsões há muitos anos.
Caso clínico #2
Um homem de 70 anos apresenta uma convulsão tônico-clônica. Sua esposa afirma que durante o mês passado houve momentos em que ele não respondeu quando falavam com ele, murmurava palavras que não faziam sentido e olhava fixamente enquanto se mantinha imóvel. Após vários minutos, ele geralmente volta a responder. Sua história médica pregressa inclui hipertensão e hipercolesterolemia. Ele teve um AVC durante o ano anterior, que resultou em fraqueza nos membros do lado direito e perda da linguagem expressiva. Embora tenha recuperado a maioria dos deficits motores e de linguagem, ele ainda claudica no lado direito e às vezes usa a palavra errada.
Outras apresentações
Os pacientes podem apresentar queixas de características compatíveis com auras, como fenômenos relacionados à memória (déjà vu, jamais vu), alterações emocionais (medo, pânico, ansiedade), alterações autonômicas (rubor, palidez, suor, piloereção, calor, frio), distorções visuais (mudanças na percepção de profundidade, formas ou cores) ou alucinações (ver formas, objetos ou pessoas formadas e não formadas), alucinações auditivas (sensações de toque, melodias) ou alterações gustativas ou olfativas. Esses sintomas podem ou não ser seguidos de alteração da consciência.
Uma apresentação alternativa são as convulsões focais com comprometimento da consciência repetidas sem recuperação entre elas. Estas podem ou não evoluir para convulsões tônico-clônicas bilaterais e podem se apresentar apenas como alterações comportamentais, que podem ser interpretadas como um estado de confusão. Isso constitui o estado de mal epiléptico (consulte nosso tópico "Estado de mal epiléptico").
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