O principal objetivo do tratamento com medicação anticonvulsivante é alcançar o máximo de controle das convulsões da maneira mais eficiente possível (preferencialmente com monoterapia) sem nenhum ou com o mínimo de efeitos adversos. Uma abordagem estruturada para o tratamento é útil. É importante o encaminhamento oportuno dos pacientes com epilepsia resistente ao tratamento para um centro especializado em epilepsia.[54]Patel AD, Baca C, Franklin G, et al. Quality improvement in neurology: Epilepsy Quality Measurement Set 2017 update. Neurology. 2018 Oct 30;91(18):829-36.
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[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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O manejo agudo do estado de mal epiléptico (definido como 5 minutos ou mais de atividade convulsiva contínua, ou duas ou mais crises distintas entre as quais há recuperação incompleta da consciência), está além do escopo deste tópico. Consulte Estado de mal epiléptico.
Tratamento de convulsões agudas repetitivas
As convulsões agudas repetitivas (também conhecidas como convulsões em cluster) afetam até metade dos pacientes com epilepsia e podem atrapalhar significativamente a vida dos pacientes, mas sua prevalência é subestimada e muitas vezes faltam planos de ação para as convulsões.[56]Gidal B, Klein P, Hirsch LJ. Seizure clusters, rescue treatments, seizure action plans: unmet needs and emerging formulations. Epilepsy Behav. 2020 Nov;112:107391.
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[57]Mesraoua B, Abou-Khalil B, Hosni Khodair R, et al. Seizure clusters. J Drug Assess. 2021;10(1):86-90.
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[58]Chung S, Szaflarski JP, Choi EJ, et al. A systematic review of seizure clusters: prevalence, risk factors, burden of disease and treatment patterns. Epilepsy Res. 2021 Nov;177:106748.
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Não existe uma definição bem estabelecida de convulsões agudas repetitivas, o que aumenta o desafio de reconhecê-las.[59]Jafarpour S, Hirsch LJ, Gaínza-Lein M, et al. Seizure cluster: definition, prevalence, consequences, and management. Seizure. 2019 May;68:9-15.
https://www.doi.org/10.1016/j.seizure.2018.05.013
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29871784?tool=bestpractice.com
Uma definição clínica frequentemente usada é três ou mais convulsões em 24 horas para os os pacientes cuja frequência habitual das convulsões fr inferior a três convulsões por dia, com retorno ao estado de alerta total entre elas. As outras definições incluem duas ou mais convulsões em 6 horas, duas ou mais convulsões em 24 horas ou duas a quatro convulsões em menos de 48 horas.[58]Chung S, Szaflarski JP, Choi EJ, et al. A systematic review of seizure clusters: prevalence, risk factors, burden of disease and treatment patterns. Epilepsy Res. 2021 Nov;177:106748.
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[59]Jafarpour S, Hirsch LJ, Gaínza-Lein M, et al. Seizure cluster: definition, prevalence, consequences, and management. Seizure. 2019 May;68:9-15.
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Os cuidadores e familiares devem ser treinados para administrar os tratamentos o mais rapidamente possível na comunidade quando convulsões em cluster forem identificadas, sem a necessidade de o paciente ir ao hospital. As opções de tratamento incluem gel retal de diazepam, formulações intranasais de midazolam e diazepam e midazolam bucal. Essas formulações de benzodiazepínicos têm demonstrado eficácia razoável, igual ou melhor que a das formulações intravenosas, na maioria dos pacientes. Os benzodiazepínicos orais (por exemplo, lorazepam) podem ser usados se as formulações acima não estiverem disponíveis, ou nos pacientes em que a via retal for menos favorecida, desde que o paciente esteja alerta e cooperativo, e o risco de aspiração seja baixo ou não seja uma preocupação.[56]Gidal B, Klein P, Hirsch LJ. Seizure clusters, rescue treatments, seizure action plans: unmet needs and emerging formulations. Epilepsy Behav. 2020 Nov;112:107391.
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[57]Mesraoua B, Abou-Khalil B, Hosni Khodair R, et al. Seizure clusters. J Drug Assess. 2021;10(1):86-90.
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[60]Samanta D. Rescue therapies for seizure emergencies: current and future landscape. Neurol Sci. 2021 Oct;42(10):4017-27.
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Em ambientes hospitalares, os benzodiazepínicos intravenosos e as formulações intravenosas de anticonvulsivantes, como fenitoína (ou fosfenitoína), ácido valproico, levetiracetam, lacosamida e brivaracetam, podem ser usados para tratar convulsões agudas repetitivas.[61]American College of Emergency Physicians. Clinical policy: critical issues in the management of adult patients presenting to the emergency department with seizures. Apr 2024 [internet publication].
https://www.acep.org/patient-care/clinical-policies/seizure
O paciente deve continuar com uma formulação oral adequada de um anticonvulsivante uma vez estabilizado.
Tratamento em longo prazo: abordagem geral
A abordagem de tratamento deve ser individualizada, com base na síndrome epiléptica, bem como nas preferências e características do paciente (por exemplo, idade, sexo, comorbidades e potenciais interações medicamentosas).[62]Kanner AM, Bicchi MM. Antiseizure medications for adults with epilepsy: a review. JAMA. 2022 Apr 5;327(13):1269-81.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35380580?tool=bestpractice.com
Início do tratamento
Após uma primeira crise tônico-clônica generalizada (CTCG), a abordagem de tratamento depende da identificação da causa da convulsão.[63]Krumholz A, Wiebe S, Gronseth GS, et al. Evidence-based guideline: management of an unprovoked first seizure in adults. Neurology. 2015 Apr 21;84(16):1705-13.
https://n.neurology.org/content/84/16/1705.long
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Para um evento convulsivo único, no qual um fator desencadeante foi determinado e revertido, não há necessidade de instituir uma terapêutica específica pra epilepsia.
Para uma primeira crise não provocada, os resultados da história/exame físico, do eletroencefalograma (EEG) e da ressonância nuclear magnética (RNM) orientam as decisões terapêuticas, com base na identificação de uma síndrome epiléptica. A decisão de iniciar tratamento imediato deve levar em consideração o risco de recorrência versus os potenciais efeitos adversos da terapia e a preferência do paciente.[63]Krumholz A, Wiebe S, Gronseth GS, et al. Evidence-based guideline: management of an unprovoked first seizure in adults. Neurology. 2015 Apr 21;84(16):1705-13.
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[64]Bao EL, Chao LY, Ni P, et al. Antiepileptic drug treatment after an unprovoked first seizure: a decision analysis. Neurology. 2018 Oct 9;91(15):e1429-39.
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[65]Neligan A, Adan G, Nevitt SJ, et al. Prognosis of adults and children following a first unprovoked seizure. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Jan 23;1(1):CD013847.
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O tratamento da primeira convulsão não provocada reduz o risco de convulsão subsequente, mas não afeta a proporção de pacientes em remissão em longo prazo.[63]Krumholz A, Wiebe S, Gronseth GS, et al. Evidence-based guideline: management of an unprovoked first seizure in adults. Neurology. 2015 Apr 21;84(16):1705-13.
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[66]Leone MA, Giussani G, Nevitt SJ, et al. Immediate antiepileptic drug treatment, versus placebo, deferred, or no treatment for first unprovoked seizure. Cochrane Database Syst Rev. 2021 May 4;5(5):CD007144.
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Depois de uma segunda convulsão não provocada, a terapêutica geralmente é recomendada, independentemente da síndrome epiléptica.
Escolha do medicamento anticonvulsivante
A escolha do medicamento anticonvulsivante deve se concentrar na tolerabilidade e ser individualizada. Os principais critérios são eficácia e efeitos adversos, mas outros fatores também devem ser levados em consideração, incluindo a etiologia subjacente da convulsão; a idade e o sexo do paciente; comorbidades; e interações medicamentosas, mecanismo de ação, adesão, dosagem e apresentações.[67]Shorvon SD, Bermejo PE, Gibbs AA, et al. Antiepileptic drug treatment of generalized tonic-clonic seizures: An evaluation of regulatory data and five criteria for drug selection. Epilepsy Behav. 2018 May;82:91-103.
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Estão disponíveis ferramentas de decisão clínica que podem ajudar a orientar a escolha do tratamento anticonvulsivante, mas elas não devem substituir o julgamento clínico.[68]Asadi-Pooya AA, Beniczky S, Rubboli G, et al. A pragmatic algorithm to select appropriate antiseizure medications in patients with epilepsy. Epilepsia. 2020 Aug;61(8):1668-77.
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Qualquer anticonvulsivante pode ser usado se for a escolha mais adequada para um determinado paciente.
Com um medicamento apropriado administrado como monoterapia, o paciente pode ficar sem convulsões, independentemente da síndrome epiléptica ou do medicamento específico escolhido. As taxas de ausência de convulsões são de aproximadamente 50% a 60% em pacientes com CTCG secundária e 60% ou mais em pacientes com CTCG primária; essas taxas não mudaram com os anticonvulsivantes mais recentes.[69]Kwan P, Brodie MJ. Early identification of refractory epilepsy. N Engl J Med. 2000 Feb 3;342(5):314-9.
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[72]Chen Z, Brodie MJ, Liew D, et al. Treatment outcomes in patients with newly diagnosed epilepsy treated with established and new antiepileptic drugs: a 30-year longitudinal cohort study. JAMA Neurol. 2018 Mar 1;75(3):279-86.
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A monoterapia limita os riscos de efeitos adversos, de reações de hipersensibilidade e de interações farmacológicas. Normalmente, os anticonvulsivantes mais novos estão associados a menos efeitos adversos e efeitos adversos menos graves, bem como a menos interações medicamentosas.[73]Palleria C, Cozza G, Khengar R, et al. Safety profile of the newest antiepileptic drugs: a curated literature review. Curr Pharm Des. 2017;23(37):5606-24.
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[74]Perucca E, Brodie MJ, Kwan P, et al. 30 years of second-generation antiseizure medications: impact and future perspectives. Lancet Neurol. 2020 Jun;19(6):544-56.
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Considerações para mulheres com potencial para engravidar e gestantes
Deve-se ter cuidado com o tratamento anticonvulsivante em qualquer mulher em idade fértil. A escolha do anticonvulsivante para as gestantes precisa equilibrar os riscos das CTCG para a saúde da mulher e do feto contra os potenciais efeitos teratogênicos do tratamento medicamentoso, e deve ser orientada por aconselhamento especializado. As mulheres com epilepsia devem receber aconselhamento pré-concepção.[75]Stephen LJ, Harden C, Tomson T, et al. Management of epilepsy in women. Lancet Neurol. 2019 May;18(5):481-91.
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[79]Bromley R, Adab N, Bluett-Duncan M, et al. Monotherapy treatment of epilepsy in pregnancy: congenital malformation outcomes in the child. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Aug 29;8(8):CD010224.
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[80]Harden CL, Hopp J, Ting TY, et al. Practice parameter update: management issues for women with epilepsy--focus on pregnancy (an evidence-based review): obstetrical complications and change in seizure frequency. Neurology. 2009 Jul 14;73(2):126-32.
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[81]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
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Em particular:
Evite anticonvulsivantes com riscos documentados de malformações fetais maiores e menores ou um impacto negativo no desenvolvimento cognitivo, como ácido valproico e seus derivados, topiramato, fenobarbital e fenitoína. Os dados mais recentes sobre teratogenicidade devem ser consultados.[80]Harden CL, Hopp J, Ting TY, et al. Practice parameter update: management issues for women with epilepsy--focus on pregnancy (an evidence-based review): obstetrical complications and change in seizure frequency. Neurology. 2009 Jul 14;73(2):126-32.
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[81]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
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Os dados sobre o potencial teratogênico dos anticonvulsivantes mais recentes podem não estar disponíveis ou podem ser limitados.[82]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. Jan 2021 [internet publication].
https://www.gov.uk/drug-safety-update/antiepileptic-drugs-in-pregnancy-updated-advice-following-comprehensive-safety-review
Para mulheres em uso de contraceptivos, evite os anticonvulsivantes com propriedades indutoras de enzimas (por exemplo, carbamazepina, fenitoína, fenobarbital, primidona), pois eles podem diminuir a eficácia contraceptiva e causar um aumento da taxa de falhas.[83]Gynecologic management of adolescents and young women with seizure disorders: ACOG committee opinion, number 806. Obstet Gynecol. 2020 May;135(5):e213-20.
https://www.doi.org/10.1097/AOG.0000000000003827
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32332416?tool=bestpractice.com
Ácido valproico e seus derivados
O ácido valproico e seus derivados podem causar malformações congênitas graves, incluindo transtornos do neurodesenvolvimento e defeitos do tubo neural, após uma exposição intra-útero. Esses medicamentos são contraindicados na gestação; no entanto, se não for possível interrompê-los, o tratamento pode ser mantido com os devidos cuidados de um especialista.
Esses agentes não devem ser usados em pacientes do sexo feminino em idade fértil, a menos que outras opções não sejam adequadas, exista um programa de prevenção da gravidez e certas condições sejam atendidas.
Medidas de precaução também podem ser necessárias em pacientes do sexo masculino devido ao risco potencial de que o uso nos 3 meses anteriores à concepção possa aumentar a probabilidade de transtornos do neurodesenvolvimento em seus filhos.
Os regulamentos e medidas de precaução para pacientes do sexo feminino e masculino podem variar entre os países, com alguns países adotando uma postura de precaução mais rigorosa, e você deve consultar as orientações locais para obter mais informações.
Se a paciente estiver usando esses medicamentos para evitar convulsões maiores e estiver planejando engravidar, a decisão de continuar com o ácido valproico em vez de mudar para um agente alternativo deve ser tomada individualmente.
Topiramato
Um grande estudo de coorte relatou uma associação entre a exposição pré-natal ao topiramato e o aumento do risco de transtornos do neurodesenvolvimento infantil.[84]Bjørk MH, Zoega H, Leinonen MK, et al. Association of prenatal exposure to antiseizure medication with risk of autism and intellectual disability. JAMA Neurol. 2022 Jul 1;79(7):672-81.
https://jamanetwork.com/journals/jamaneurology/fullarticle/2793003
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35639399?tool=bestpractice.com
A exposição ao topiramato durante a gravidez está associada à fenda labial e ao tamanho pequeno para a idade gestacional.[81]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
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Em alguns países, o topiramato é contraindicado na gestação e para mulheres em idade fértil, a menos que as condições de um programa de prevenção da gestação sejam atendidas para garantir que as mulheres em idade fértil: estejam usando métodos de contracepção altamente eficazes; tenham feito um teste de gravidez para descartar gravidez antes de iniciar o tratamento com topiramato; e estejam cientes dos riscos associados ao uso do medicamento.[85]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Topiramate (topamax): introduction of new safety measures, including a Pregnancy Prevention Programme. Jun 2024 [internet publication].
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[86]European Medicines Agency. PRAC recommends new measures to avoid topiramate exposure in pregnancy. Sep 2023 [internet publication].
https://www.ema.europa.eu/en/news/prac-recommends-new-measures-avoid-topiramate-exposure-pregnancy
Segurança de outros anticonvulsivantes na gravidez
A American Academy of Neurology recomenda que os médicos considerem o uso de lamotrigina, levetiracetam ou oxcarbazepina em mulheres em idade fértil para minimizar o risco de malformações congênitas graves, quando apropriado, considerando a síndrome epiléptica da mulher, comorbidades e probabilidade de atingir o controle das convulsões.[81]Pack AM, Oskoui M, Williams Roberson S, et al. Teratogenesis, perinatal, and neurodevelopmental outcomes after in utero exposure to antiseizure medication: practice guideline from the AAN, AES, and SMFM. Neurology. 2024 Jun;102(11):e209279.
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Uma revisão da segurança dos anticonvulsivantes (exceto o ácido valproico) na gestação pela Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA) do Reino Unido concluiu que a lamotrigina e o levetiracetam, em doses de manutenção, não estão associados a um aumento do risco de malformações congênitas importantes. Os estudos incluídos na revisão não sugeriram um aumento do risco de transtornos do neurodesenvolvimento ou atraso associado à exposição intrauterina à lamotrigina ou ao levetiracetam, mas os dados foram mais limitados.[82]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. Jan 2021 [internet publication].
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Um estudo posterior sugeriu uma associação entre exposição pré-natal a levetiracetam e transtorno de deficit da atenção com hiperatividade.[87]Dreier JW, Bjørk MH, Alvestad S, et al. Prenatal exposure to antiseizure medication and incidence of childhood- and adolescence-onset psychiatric disorders. JAMA Neurol. 2023 Jun 1;80(6):568-77.
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Uma revisão sistemática relatou desfechos fetais e neonatais adversos após a exposição intrauterina à oxcarbazepina.[88]Athar F, Ehsan M, Farooq M, et al. Adverse fetal and neonatal outcomes following in-utero exposure to oxcarbazepine: a systematic review and meta-analysis. Br J Clin Pharmacol. 2022 Aug;88(8):3600-9.
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Os dados para outros medicamentos demonstram um aumento do risco de malformações congênitas importantes associadas à carbamazepina, ao fenobarbital e à fenitoína; possíveis efeitos adversos no neurodesenvolvimento de crianças expostas no útero ao fenobarbital e à fenitoína; e um aumento do risco de restrição do crescimento fetal associado ao fenobarbital e à zonisamida. Um estudo sugeriu que a pregabalina pode aumentar ligeiramente o risco de malformações congênitas importantes.[89]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Pregabalin (Lyrica): findings of safety study on risks during pregnancy. Apr 2022 [internet publication].
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Os riscos associados a outros anticonvulsivantes foram incertos devido a limitações nos dados.[82]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Antiepileptic drugs in pregnancy: updated advice following comprehensive safety review. Jan 2021 [internet publication].
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Suplementação com ácido fólico
As mulheres com epilepsia são aconselhadas a tomarem altas doses de ácido fólico antes da concepção e durante a gestação, porque alguns medicamentos anticonvulsivantes podem afetar o metabolismo do folato.[76]Johansen-Bibby A. Prescribing for pregnancy: epilepsy. Drug Ther Bull. 2020 Jul;58(7):103-6.
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[91]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Epilepsy in pregnancy (green-top guideline no. 68). Jun 2016 [internet publication].
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[92]National Institute for Health and Care Excellence. Epilepsies in children, young people and adults. Apr 2022 [internet publication].
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A suplementação de ácido fólico (para ajudar a prevenir defeitos do tubo neural no feto em desenvolvimento) é uma recomendação de rotina para todas as mulheres que planejem engravidar. Qualquer risco associado à suplementação de ácido fólico é geralmente considerado baixo. No entanto, um estudo de coorte relatou que a exposição pré-natal a doses elevadas de ácido fólico esteve associada a um aumento do risco de câncer em filhos de mães com epilepsia.[93]Vegrim HM, Dreier JW, Alvestad S, et al. Cancer risk in children of mothers with epilepsy and high-dose folic acid use during pregnancy. JAMA Neurol. 2022 Nov 1;79(11):1130-8.
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As evidências sobre os benefícios da suplementação de ácido fólico em altas doses antes e durante a gestação para as mulheres com epilepsia são inconclusivas.[75]Stephen LJ, Harden C, Tomson T, et al. Management of epilepsy in women. Lancet Neurol. 2019 May;18(5):481-91.
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Cuidados para gestantes com epilepsia
As gestantes com epilepsia devem estar sob os cuidados de uma equipe multidisciplinar que inclua um especialista em alto risco obstétrico, e os cuidados devem ser coordenados por meio de clínicas conjuntas de obstetrícia e neurologia.[76]Johansen-Bibby A. Prescribing for pregnancy: epilepsy. Drug Ther Bull. 2020 Jul;58(7):103-6.
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Os riscos de parto cesáreo, sangramento no final da gestação, contrações prematuras ou trabalho de parto prematuro provavelmente não aumenta substancialmente nas mulheres que tomam anticonvulsivantes e não fumam.[80]Harden CL, Hopp J, Ting TY, et al. Practice parameter update: management issues for women with epilepsy--focus on pregnancy (an evidence-based review): obstetrical complications and change in seizure frequency. Neurology. 2009 Jul 14;73(2):126-32.
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Recomenda-se o monitoramento dos níveis sanguíneos de anticonvulsivantes, pois a farmacocinética é afetada durante a gravidez e podem ocorrer quedas significativas nos níveis. Pode ser necessário aumentar as doses da medicação.[77]Tomson T, Battino D, Bromley R, et al. Management of epilepsy in pregnancy: a report from the International League Against Epilepsy Task force on women and pregnancy. Epileptic Disord. 2019 Dec 1;21(6):497-517.
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Uma ultrassonografia anatômica deve ser realizada entre 14 e 18 semanas de gestação, e o nível de alfafetoproteína sérica medido, para verificar possíveis anormalidades fetais. A necessidade de amniocentese depende de cada caso.
Tratamento em longo prazo: pacientes com ≥2 CTCG não provocadas sem diagnóstico sindrômico
Em alguns pacientes com CTCG, o médico pode não ser capaz de confirmar a causa; ou seja, não há achados óbvios que sugiram uma síndrome epiléptica específica. Por exemplo, pode não haver anormalidades ao EEG ou à RNM. Entretanto, o início do tratamento é necessário com o medicamento mais eficaz e seguro possível.
Consulte um especialista para orientação sobre a escolha do anticonvulsivante para gestantes (consulte a seção “Considerações para mulheres com potencial para engravidar e gestantes”).
Opções primárias de tratamento para pacientes com ≥2 CTCG não provocada sem diagnóstico sindrômico
Nos casos em que houver suspeita de CTCG sem diagnóstico sindrômico, há uma série de terapias de primeira linha com eficácia comparável. A escolha do medicamento dependerá do perfil de efeitos adversos e/ou das contraindicações. As opções primárias incluem o ácido valproico, a lamotrigina, o levetiracetam, o topiramato, a oxcarbazepina e a carbamazepina.[95]Campos MSA, Ayres LR, Morelo MRS, et al. Comparative efficacy of antiepileptic drugs for patients with generalized epileptic seizures: systematic review and network meta-analyses. Int J Clin Pharm. 2018 Jun;40(3):589-98.
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O ácido valproico tem eficácia comprovada para as CTCG e é amplamente utilizado.[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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[98]Nevitt SJ, Marson AG, Weston J, et al. Sodium valproate versus phenytoin monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Aug 9;(8):CD001769.
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[99]Marson A, Burnside G, Appleton R, et al. The SANAD II study of the effectiveness and cost-effectiveness of valproate versus levetiracetam for newly diagnosed generalised and unclassifiable epilepsy: an open-label, non-inferiority, multicentre, phase 4, randomised controlled trial. Lancet. 2021 Apr 10;397(10282):1375-86.
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Evidências de alta qualidade de uma revisão Cochrane dão suporte ao uso do valproato de sódio como tratamento de primeira linha para indivíduos com CTCG (com ou sem outros tipos de convulsões generalizadas).[96]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta‐analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
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How do antiepileptic drugs compare for people with generalized tonic‐clonic seizures?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4048/fullMostre-me a resposta O ácido valproico geralmente deve ser evitado como tratamento de primeira linha para os pacientes mais idosos, pois ele afeta a ação enzimática hepática e se liga a proteínas plasmáticas.
A lamotrigina e o levetiracetam são alternativas adequadas ao ácido valproico, particularmente para mulheres com potencial para engravidar, para as quais o ácido valproico pode não ser uma terapia adequada devido à teratogenicidade.[95]Campos MSA, Ayres LR, Morelo MRS, et al. Comparative efficacy of antiepileptic drugs for patients with generalized epileptic seizures: systematic review and network meta-analyses. Int J Clin Pharm. 2018 Jun;40(3):589-98.
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[96]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta‐analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
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How do antiepileptic drugs compare for people with generalized tonic‐clonic seizures?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4048/fullMostre-me a resposta
O topiramato e a oxcarbazepina também demonstraram eficácia como monoterapia para novos episódios de convulsões.[95]Campos MSA, Ayres LR, Morelo MRS, et al. Comparative efficacy of antiepileptic drugs for patients with generalized epileptic seizures: systematic review and network meta-analyses. Int J Clin Pharm. 2018 Jun;40(3):589-98.
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[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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[101]Nevitt SJ, Sudell M, Tudur Smith C, et al. Topiramate versus carbamazepine monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jun 24;(6):CD012065.
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[102]Nevitt SJ, Tudur Smith C, Weston J, et al. Lamotrigine versus carbamazepine monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Jun 28;(6):CD001031.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001031.pub4/full
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[103]Nevitt SJ, Tudur Smith C, Marson AG. Oxcarbazepine versus phenytoin monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Oct 23;(10):CD003615.
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How does lamotrigine compare with carbamazepine for people with epilepsy?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2084/fullMostre-me a resposta O topiramato geralmente deve ser evitado como tratamento de primeira linha em pacientes idosos porque pode agravar os deficits cognitivos, e nas mulheres com potencial para engravidar.
A carbamazepina é uma opção razoável, mas deve ser evitada se a epilepsia de início generalizado estiver sendo considerada como o diagnóstico; ela não deve ser considerada um medicamento anticonvulsivante padrão de amplo espectro.[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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[101]Nevitt SJ, Sudell M, Tudur Smith C, et al. Topiramate versus carbamazepine monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jun 24;(6):CD012065.
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[102]Nevitt SJ, Tudur Smith C, Weston J, et al. Lamotrigine versus carbamazepine monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Jun 28;(6):CD001031.
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Outras opções de tratamento para pacientes com ≥2 CTCG não provocada sem diagnóstico sindrômico
As outras opções incluem a zonisamida, a lacosamida, o brivaracetam e a fenitoína, embora as evidências sejam limitadas.[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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O perfil de efeitos adversos e de toxicidade da fenitoína é uma questão significativa para vários pacientes, e deve-se ter cuidado especial se houver suspeita de síndrome epiléptica de início generalizado.
A gabapentina e a pregabalina são outras opções, embora pareçam ser menos eficazes que alguns outros anticonvulsivantes.[106]LaRoche SM, Helmers SL. The new antiepileptic drugs: scientific review. JAMA. 2004 Feb 4;291(5):605-14.
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O fenobarbital deve ser evitado em quase todos os casos devido a efeitos adversos.
Tratamento em longo prazo: pacientes <65 anos de idade com ≥2 CTCG sem fatores desencadeantes com epilepsia de início focal
O eletroencefalograma ou a RNM são sugestivos de epilepsia de início focal.
Consulte um especialista para orientação sobre a escolha do anticonvulsivante para gestantes (consulte a seção “Considerações para mulheres com potencial para engravidar e gestantes”).
Opções de tratamento primárias para pacientes <65 anos de idade com ≥2 CTCG não provocada com epilepsia de início focal
A carbamazepina e o ácido valproico demonstraram eficácia na epilepsia de início focal sintomática.[96]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta‐analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
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[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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[108]Nevitt SJ, Marson AG, Tudur Smith C. Carbamazepine versus phenytoin monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jul 18;7(7):CD001911.
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A lamotrigina se compara à carbamazepina de maneira favorável.[96]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta‐analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
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[102]Nevitt SJ, Tudur Smith C, Weston J, et al. Lamotrigine versus carbamazepine monotherapy for epilepsy: an individual participant data review. Cochrane Database Syst Rev. 2018 Jun 28;(6):CD001031.
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[109]Marson AG, Al-Kharusi AM, Alwaidh M, et al. The SANAD study of effectiveness of carbamazepine, gabapentin, lamotrigine, oxcarbazepine, or topiramate for treatment of partial epilepsy: an unblinded randomized controlled trial. Lancet. 2007 Mar 24;369(9566):1000-15.
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Os medicamentos mais novos têm tolerabilidade e perfis farmacocinéticos superiores, mas não se mostraram mais efetivos que os agentes mais antigos.[74]Perucca E, Brodie MJ, Kwan P, et al. 30 years of second-generation antiseizure medications: impact and future perspectives. Lancet Neurol. 2020 Jun;19(6):544-56.
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[100]Kanner AM, Ashman E, Gloss D, et al. Practice guideline update summary: efficacy and tolerability of the new antiepileptic drugs I: treatment of new-onset epilepsy. Epilepsy Curr. 2018 Jul-Aug;18(4):260-8.
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A eficácia do topiramato e da oxcarbazepina é comparável à de vários anticonvulsivantes mais antigos.[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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O topiramato geralmente deve ser evitado nas mulheres com potencial para engravidar.
A monoterapia com levetiracetam demonstrou ser eficaz em uma população mista de pacientes com CTCG; uma metanálise em rede dá suporte ao seu uso em pacientes com convulsões focais.[96]Nevitt SJ, Sudell M, Cividini S, et al. Antiepileptic drug monotherapy for epilepsy: a network meta‐analysis of individual participant data. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Apr 1;4(4):CD011412.
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A monoterapia com zonisamida não foi inferior à carbamazepina de liberação controlada em um estudo de fase 3, randomizado, duplo-cego e de grupo paralelo de pacientes com epilepsia focal recém-diagnosticada.[111]Baulac M, Brodie MJ, Patten A, et al. Efficacy and tolerability of zonisamide versus controlled-release carbamazepine for newly diagnosed partial epilepsy: a phase 3, randomised, double-blind, non-inferiority trial. Lancet Neurol. 2012 Jul;11(7):579-88.
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O acompanhamento de longo prazo (≥24 meses) revelou que a monoterapia com zonisamida foi segura e manteve a eficácia do tratamento nesta população de pacientes.[112]Baulac M, Patten A, Giorgi L. Long-term safety and efficacy of zonisamide versus carbamazepine monotherapy for treatment of partial seizures in adults with newly diagnosed epilepsy: results of a phase III, randomized, double-blind study. Epilepsia. 2014 Oct;55(10):1534-43.
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Outras opções de tratamento para pacientes <65 anos de idade com ≥2 CTCG não provocada com epilepsia de início focal
Elas incluem a fenitoína, a lacosamida, a eslicarbazepina, o brivaracetam, a gabapentina e a pregabalina.[104]Hoy SM. Lacosamide: a review in focal-onset seizures in patients with epilepsy. CNS Drugs. 2018 May;32(5):473-84.
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A fenitoína demonstrou eficácia para crises tônico-clônicas focais a bilaterais, mas seus efeitos adversos e perfis de toxicidade são menos favoráveis do que os de algumas outras opções.
Tratamento em longo prazo: pacientes <65 anos de idade com ≥2 CTCG sem fatores desencadeantes com epilepsia de início focal
Os pacientes idosos podem ser particularmente suscetíveis a efeitos adversos e frequentemente apresentam problemas de tolerabilidade, especialmente a doses mais altas ou com polimedicação.[114]Bourdet SV, Gidal BE, Alldredge BK. Pharmacologic management of epilepsy in the elderly. J Am Pharma Assoc. 2001 May-Jun;41(3):421-36.
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A maioria dos medicamentos anticonvulsivantes mais antigos interage com outros medicamentos, afeta a ação das enzimas hepáticas e se liga a proteínas plasmáticas. A lamotrigina, o levetiracetam, a gabapentina e a pregabalina têm menos interações, o que os torna candidatos adequados para terapia de primeira linha para pacientes idosos com achados no EEG ou na RNM sugestivos de epilepsia de início focal sintomática.[97]Glauser T, Ben-Menachem E, Bourgeois B, et al; ILAE Subcommission on AED Guidelines. Updated ILAE evidence review of antiepileptic drug efficacy and effectiveness as initial monotherapy for epileptic seizures and syndromes. Epilepsia. 2013 Mar;54(3):551-63.
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]
How does lamotrigine compare with carbamazepine for people with epilepsy?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2084/fullMostre-me a resposta As outras opções incluem a carbamazepina e o brivaracetam.[105]Feyissa AM. Brivaracetam in the treatment of epilepsy: a review of clinical trial data. Neuropsychiatr Dis Treat. 2019 Sep 9;15:2587-600.
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Devido ao fato de o metabolismo dos medicamentos ficar mais lento em muitos pacientes à medida que envelhecem, a dosagem do medicamento deve ser adequadamente ajustada e o paciente deve ser monitorado rigorosamente quanto a sinais de toxicidade. Doses iniciais e alvo mais baixas e titulação mais lenta são recomendadas para todos os medicamentos.
Tratamento em longo prazo: pacientes com ≥2 CTCG não provocadas com epilepsia de início generalizado
Em pacientes com achados baseados em EEG ou RNM que sugerem a epilepsia de início generalizado, o ácido valproico é o tratamento padrão de primeira linha para as CTCGs.[118]Smith CT, Marson AG, Chadwick DW, et al. Multiple treatment comparisons in epilepsy monotherapy trials. Trials. 2007 Nov 5;8:34.
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Os outros agentes com eficácia comprovada são a lamotrigina, o levetiracetam e o topiramato.[95]Campos MSA, Ayres LR, Morelo MRS, et al. Comparative efficacy of antiepileptic drugs for patients with generalized epileptic seizures: systematic review and network meta-analyses. Int J Clin Pharm. 2018 Jun;40(3):589-98.
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How do antiepileptic drugs compare for people with generalized tonic‐clonic seizures?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.4048/fullMostre-me a resposta O brivaracetam é uma opção adicional.[105]Feyissa AM. Brivaracetam in the treatment of epilepsy: a review of clinical trial data. Neuropsychiatr Dis Treat. 2019 Sep 9;15:2587-600.
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Consulte um especialista para orientação sobre a escolha do anticonvulsivante para gestantes (consulte a seção “Considerações para mulheres com potencial para engravidar e gestantes”).
O ácido valproico e o topiramato geralmente devem ser evitados como tratamentos de primeira linha para os pacientes idosos. O ácido valproico afeta a ação enzimática hepática e se liga a proteínas plasmáticas, e o topiramato pode agravar deficits cognitivos.
Monoterapia anticonvulsivante alternativa
Qualquer paciente com qualquer síndrome epiléptica que não responda a uma tentativa adequada de um medicamento de primeira linha apropriado tem um aumento do risco de resposta inadequada a farmacoterapia subsequente.[69]Kwan P, Brodie MJ. Early identification of refractory epilepsy. N Engl J Med. 2000 Feb 3;342(5):314-9.
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A monoterapia com um medicamento com mecanismo de ação diferente deve ser considerada se a terapia de primeira linha não for efetiva.
Se o medicamento de primeira linha não for tolerado (devido a efeitos adversos), um agente alternativo deve ser escolhido com consideração especial para o perfil de saúde do paciente. Um anticonvulsivante não listado para terapia de primeira linha pode ser considerado, se for a escolha mais adequada para um paciente específico.[121]Kanner AM, Ashman E, Gloss D, et al. Practice guideline update summary: efficacy and tolerability of the new antiepileptic drugs II: treatment-resistant epilepsy: report of the Guideline Development, Dissemination, and Implementation Subcommittee of the American Academy of Neurology and the American Epilepsy Society. Neurology. 2018 Jul 10;91(2):82-90.
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O perampanel está aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA como monoterapia para pacientes com epilepsia de início focal (com ou sem convulsões secundariamente generalizadas), mas normalmente não é usado como terapia de primeira linha.[122]Potschka H, Trinka E. Perampanel: does it have broad-spectrum potential? Epilepsia. 2019 Mar;60(suppl 1):22-36.
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[123]Tyrlikova I, Brazdil M, Rektor I, et al. Perampanel as monotherapy and adjunctive therapy for focal onset seizures, focal to bilateral tonic-clonic seizures and as adjunctive therapy of generalized onset tonic-clonic seizures. Expert Rev Neurother. 2019 Jan;19(1):5-16.
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Terapia dupla com anticonvulsivantes
Se a ausência de convulsões não for alcançada após duas tentativas de monoterapia em doses ideais, uma tentativa com terapia dupla pode ser iniciada, usando-se uma combinação de duas das opções de monoterapia ou um anticonvulsivante que é usado principalmente para tratamento adjuvante em combinação com uma das opções de monoterapia. Uma combinação de dois anticonvulsivantes com diferentes mecanismos de ação (com o objetivo de maximizar a eficácia e minimizar a toxicidade), ou uma combinação de medicamentos que tenham demonstrado ter efeitos anticonvulsivantes agonísticos, são preferenciais.
As evidências para orientar a escolha da terapia dupla são limitadas.[124]Colleran N, O Connor T, O Brien JJ. Anti epileptic drug trials for patients with drug resistant idiopathic generalised epilepsy: a meta-analysis. Seizure. 2017 Oct;51:145-56.
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Em geral, as combinações são selecionadas com base na farmacocinética, nas interações medicamentosas e nas preocupações com efeitos adversos cumulativos.[74]Perucca E, Brodie MJ, Kwan P, et al. 30 years of second-generation antiseizure medications: impact and future perspectives. Lancet Neurol. 2020 Jun;19(6):544-56.
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Revisões Cochrane, outras revisões sistemáticas e ensaios que avaliam terapias complementares para a epilepsia resistente a medicamentos relatam o seguinte; em todos os casos, são necessárias mais evidências:
A lamotrigina adjuvante reduziu a taxa de convulsões em pacientes com CTCGs refratários.
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What are the effects of lamotrigine add‐on therapy for people with drug‐resistant generalized tonic‐clonic seizures?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3271/fullMostre-me a resposta
O brivaracetam como terapia adicional para os pacientes com epilepsia resistente aos medicamentos é efetivo na redução da frequência das convulsões (mas apenas um dos estudos avaliados incluiu participantes com epilepsia generalizada).[125]Bresnahan R, Panebianco M, Marson AG. Brivaracetam add-on therapy for drug-resistant epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Mar 14;3(3):CD011501.
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O clobazam adjuvante pode reduzir a frequência das crises nos pacientes com epilepsia resistente a medicamentos e pode ser mais efetivo para os pacientes com crises de início focal. Contudo, a evidência é de qualidade muito baixa e não está claro qual população será mais beneficiada.[126]Bresnahan R, Martin-McGill KJ, Williamson J, et al. Clobazam add-on therapy for drug-resistant epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Oct 22;(10):CD004154.
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Há algumas evidências de que o perampanel é uma terapia adjuvante efetiva para as CTCG nos pacientes com epilepsias de início focal e de início generalizado.[127]Trinka E, Tsong W, Toupin S, et al. A systematic review and indirect treatment comparison of perampanel versus brivaracetam as adjunctive therapy in patients with focal-onset seizures with or without secondary generalization. Epilepsy Res. 2020 Oct;166:106403.
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[128]Hou L, Yang J, Zhang X, et al. Efficacy and tolerability of perampanel in patients with seizures in real-world clinical practice: a systematic review and meta-analysis. Front Pharmacol. 2023;14:1139514.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37056989?tool=bestpractice.com
Relata-se que o cenobamato adjuvante reduz a frequência das crises de início focal, mas os dados são limitados.[129]Cutillo G, Tolba H, Hirsch LJ. Anti-seizure medications and efficacy against focal to bilateral tonic-clonic seizures: a systematic review with relevance for SUDEP prevention. Epilepsy Behav. 2021 Apr;117:107815.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33640562?tool=bestpractice.com
Foi relatado que a lacosamida adjuvante é efetiva no tratamento da CTCG primária em um ensaio clínico duplo-cego, randomizado e controlado por placebo.[130]Vossler DG, Knake S, O'Brien TJ, et al. Efficacy and safety of adjunctive lacosamide in the treatment of primary generalised tonic-clonic seizures: a double-blind, randomised, placebo-controlled trial. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2020 Oct;91(10):1067-75.
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As revisões Cochrane também investigaram a eficácia de uma série de outros anticonvulsivantes (por exemplo, topiramato, levetiracetam, zonisamida, gabapentina, pregabalina) como terapia complementar para convulsões focais resistentes a medicamentos, mas ainda há poucas evidências sobre sua eficácia no tratamento de convulsões generalizadas.[131]Bresnahan R, Hounsome J, Jette N, et al. Topiramate add-on therapy for drug-resistant focal epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Oct 23;(10):CD001417.
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[132]Mbizvo GK, Dixon P, Hutton JL, et al. Levetiracetam add-on for drug-resistant focal epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Jun 30;(6):CD001901.
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[133]Brigo F, Lattanzi S, Igwe SC, et al. Zonisamide add-on therapy for focal epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Jul 24;(7):CD001416.
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[134]Panebianco M, Al-Bachari S, Hutton JL, et al. Gabapentin add-on treatment for drug-resistant focal epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jan 12;(1):CD001415.
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[135]Panebianco M, Bresnahan R, Marson AG. Pregabalin add-on for drug-resistant focal epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Mar 29;3(3):CD005612.
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What are the effects of topiramate add‐on therapy for people with drug‐resistant focal epilepsy?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.2888/fullMostre-me a resposta
Em pacientes idosos com epilepsia de início focal nos quais a terapia de segunda linha não for efetiva, uma nova tentativa de monoterapia com um medicamento com eficácia comprovada na epilepsia de início focal pode ser preferencial à terapia dupla, dependendo da situação clínica do paciente (frequência das crises, comorbidades, etc.).
Nesse estágio do tratamento da epilepsia, também é apropriado investigar a possibilidade de epilepsia relacionada à localização em qualquer paciente que não tenha tido um diagnóstico formal de síndrome epiléptica.
Eficácia do tratamento e adesão
Uma proporção significativa de pacientes não fica livre das crises após duas tentativas separadas de monoterapia e/ou uma tentativa de terapia dupla com medicamentos anticonvulsivantes apropriados em doses ideais. A probabilidade de se conseguir a interrupção total das convulsões através de novas tentativas é pequena.[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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[62]Kanner AM, Bicchi MM. Antiseizure medications for adults with epilepsy: a review. JAMA. 2022 Apr 5;327(13):1269-81.
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A determinação de uma falha do tratamento depende da frequência basal das convulsões: é mais fácil julgar a ausência de resposta em um paciente que tem seis convulsões por mês do que em alguém que tem seis convulsões por ano.[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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A adesão terapêutica, o prazo para se atingir a dosagem terapêutica e a tolerabilidade aos medicamentos também devem ser levados em consideração.
A adesão terapêutica é um desafio para muitos pacientes.[28]Al-Aqeel S, Gershuni O, Al-Sabhan J, et al. Strategies for improving adherence to antiepileptic drug treatment in people with epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Oct 22;10(10):CD008312.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD008312.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33089492?tool=bestpractice.com
[
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For people with epilepsy, what are the effects of an educational intervention on medication adherence and seizure frequency?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3406/fullMostre-me a resposta Os pacientes com relativamente poucas convulsões podem não ter efeitos nocivos se uma única dose for pulada, mas, com o tempo, doses ocasionalmente omitidas podem resultar em convulsões recorrentes. As razões para a não adesão incluem os efeitos adversos (especialmente torpor e náuseas), dificuldades cognitivas, os custos e falta de compreensão sobre a necessidade da medicação. Intervenções comportamentais podem ser úteis, mas são necessárias mais pesquisas.[28]Al-Aqeel S, Gershuni O, Al-Sabhan J, et al. Strategies for improving adherence to antiepileptic drug treatment in people with epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2020 Oct 22;10(10):CD008312.
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For people with epilepsy, what are the effects of an educational intervention on medication adherence and seizure frequency?/cca.html?targetUrl=https://www.cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.3406/fullMostre-me a resposta
Epilepsia resistente ao tratamento
A epilepsia resistente ao tratamento é definida como a persistência de convulsões após tentativas com pelo menos dois medicamentos anticonvulsivantes apropriados (como monoterapias ou em combinação) que forem usados em uma dose diária eficaz.[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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Os pacientes com epilepsia resistente ao tratamento devem ser encaminhados a um centro especializado em epilepsia para consideração de cirurgia ou neuroestimulação.[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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Ressecção cirúrgica
Um paciente com CTCG pode ser candidato a ressecção cirúrgica se as convulsões se originarem de um único foco ictal primário.[139]West S, Nevitt SJ, Cotton J, et al. Surgery for epilepsy. Cochrane Database Syst Rev. 2019 Jun 25;6(6):CD010541.
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As alternativas minimamente invasivas à cirurgia de ressecção tradicional incluem terapia térmica intersticial a laser (LITT) e ablação por radiofrequência; ambas as abordagens evitam a necessidade de craniotomia, mas as taxas de ausência de convulsões são ligeiramente menores que com a cirurgia de ressecção tradicional.[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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[143]National Institute for Health and Care Excellence. MRI-guided laser interstitial thermal therapy for drug-resistant epilepsy. Mar 2020 [internet publication].
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Neuroestimulação
Nos pacientes para os quais a ressecção cirúrgica é considerada inadequada ou que recusam a cirurgia, técnicas como estimulação do nervo vago, estimulação cerebral profunda e neuroestimulação responsiva podem ser usadas. Atualmente, não há boas evidências para orientar a seleção de uma dessas modalidades em detrimento das outras.[55]Guery D, Rheims S. Clinical management of drug resistant epilepsy: a review on current strategies. Neuropsychiatr Dis Treat. 2021;17:2229-42.
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A estimulação do nervo vago é uma terapia adjuvante eficaz e segura nos pacientes com epilepsia clinicamente refratária não tratável com ressecção.[146]Englot DJ, Rolston JD, Wright CW, et al. Rates and predictors of seizure freedom with vagus nerve stimulation for intractable epilepsy neurosurgery. 2016 Sep;79(3):345-53.
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Entretanto, a ausência total de convulsões raramente é alcançada por meio da estimulação do nervo vago, e um quarto dos pacientes não obtêm benefícios desta modalidade terapêutica.[146]Englot DJ, Rolston JD, Wright CW, et al. Rates and predictors of seizure freedom with vagus nerve stimulation for intractable epilepsy neurosurgery. 2016 Sep;79(3):345-53.
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[149]Wang HJ, Tan G, Zhu LN, et al. Predictors of seizure reduction outcome after vagus nerve stimulation in drug-resistant epilepsy. Seizure. 2019 Mar;66:53-60.
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A estimulação cerebral profunda demonstrou ser eficaz para a epilepsia refratária, embora as respostas variem acentuadamente entre os pacientes.[150]Li MCH, Cook MJ. Deep brain stimulation for drug-resistant epilepsy. Epilepsia. 2018 Feb;59(2):273-90.
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[151]Chang B, Xu J. Deep brain stimulation for refractory temporal lobe epilepsy: a systematic review and meta-analysis with an emphasis on alleviation of seizure frequency outcome. Childs Nerv Syst. 2018 Feb;34(2):321-7.
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[152]Vetkas A, Fomenko A, Germann J, et al. Deep brain stimulation targets in epilepsy: systematic review and meta-analysis of anterior and centromedian thalamic nuclei and hippocampus. Epilepsia. 2022 Mar;63(3):513-24.
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[153]National Institute for Health and Care Excellence. Deep brain stimulation for refractory epilepsy in adults. Aug 2020 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/IPG678
Os alvos para a estimulação cerebral profunda incluem os núcleos anterior e centromediano do tálamo.
O sistema de neuroestimulação responsiva é uma opção para os pacientes com epilepsia resistente a tratamento que apresentem de um a dois focos irressecáveis.[154]Jobst BC, Kapur R, Barkley GL, et al. Brain-responsive neurostimulation in patients with medically intractable seizures arising from eloquent and other neocortical areas. Epilepsia. 2017 Jun;58(6):1005-14.
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[156]Heck CN, King-Stephens D, Massey AD, et al. Two-year seizure reduction in adults with medically intractable partial onset epilepsy treated with responsive neurostimulation: final results of the RNS System Pivotal trial. Epilepsia. 2014 Mar;55(3):432-41.
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Um ensaio está em andamento para investigar a eficácia na redução de convulsões generalizadas primárias em pacientes com epilepsia generalizada idiopática resistente a medicamentos.[157]ClinicalTrials.gov. RNS system NAUTILUS study (NAUTILUS). ClinicalTrials.gov Identifier: NCT05147571. Aug 2023 [internet publication].
https://classic.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT05147571
Descontinuação do medicamento
Pode ocorrer ausência das convulsões por longos períodos com um anticonvulsivante ou após um tratamento cirúrgico.
Os pacientes que alcançam a ausência de convulsões podem eventualmente desejar descontinuar os medicamentos anticonvulsivantes para evitar os efeitos adversos, as implicações psicológicas e o custo do tratamento contínuo.
Não há evidências estatisticamente significativas para orientar o momento da descontinuação de anticonvulsivantes em adultos. Para os adultos que não tiverem apresentado convulsões por pelo menos 2 anos, os médicos devem discutir os riscos e benefícios da descontinuação da medicação com o paciente, incluindo os riscos de recorrência das convulsões e de resistência ao tratamento. As características e preferências individuais do paciente devem ser consideradas. Pacientes que não apresentarem convulsões após a cirurgia de epilepsia e estiverem considerando a descontinuação da medicação devem ser informados de que o risco de ocorrência de convulsões é incerto devido à falta de evidências.[158]Strozzi I, Nolan SJ, Sperling MR, et al. Early versus late antiepileptic drug withdrawal for people with epilepsy in remission. Cochrane Database Syst Rev. 2015 Feb 11;(2):CD001902.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD001902.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25922863?tool=bestpractice.com
[159]Gloss D, Pargeon K, Pack A, et al. Antiseizure medication withdrawal in seizure-free patients: practice advisory update summary: report of the AAN Guideline Subcommittee. Neurology. 2021 Dec 7;97(23):1072-81.
https://n.neurology.org/content/97/23/1072.long
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A descontinuação abrupta da medicação não é aconselhada mas, fora isso, há poucas evidências para orientar a rapidez da retirada gradual dos medicamentos.[160]Ayuga Loro F, Gisbert Tijeras E, Brigo F. Rapid versus slow withdrawal of antiepileptic drugs. Cochrane Database Syst Rev. 2022 Jan 10;1(1):CD005003.
https://www.doi.org/10.1002/14651858.CD005003.pub4
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35005782?tool=bestpractice.com