Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

Inicial

taquicardia ventricular hemodinamicamente instável com pulso

Back
1ª linha – 

cardioversão sincronizada de acordo com o protocolo de suporte avançado de vida em cardiologia + tratamento de causa reversível (se presente)

A cardioversão é essencial para o tratamento agudo de taquicardia ventricular (TV) hemodinamicamente instável (TV sintomática ou gravemente hipotensa).[1]

A cardioversão sincronizada deve ser considerada antes de tentar usar terapia medicamentosa antiarrítmica em pacientes que apresentam síncope, pré-sincope, palpitações frequentes ou hipotensão (principalmente em pacientes com sintomas de perfusão cerebral diminuída), mesmo se eles tiverem hemodinâmica aparentemente estável.

A cardioversão pode ser repetida conforme a necessidade até que o ritmo seja controlado.

Em pacientes com uma causa reversível identificável de TV (por exemplo, isquemia, infarto agudo do miocárdio, toxicidade ou superdosagem de medicamentos), o manejo também envolve tratamento da causa reversível.[1]

Back
Considerar – 

medicamento antiarrítmico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A terapia medicamentosa constitui uma terapia adjuvante importante para o tratamento cardiovascular de emergência, com base no protocolo do suporte avançado de vida em cardiologia. A amiodarona e/ou a lidocaína são consideradas medicamentos antiarrítmicos úteis nestas circunstâncias.[31]

Opções primárias

amiodarona: 300 mg por administração intravenosa

Opções secundárias

lidocaína: 1 a 1.5 mg/kg por via intravenosa em dose única

torsades de pointes

Back
1ª linha – 

sulfato de magnésio intravenoso + retirada de medicamentos desencadeantes + correção de anormalidades eletrolíticas

Torsades de pointes, um tipo específico de taquicardia ventricular (TV) polimórfica caracterizado pela aparência de torção ao redor da linha basal, ocorre no contexto de prolongamento do QT devido a formas congênitas ou adquiridas de síndrome do QT longo. A torsades de pointes deve ser tratada como qualquer outra forma de TV de acordo com o protocolo do suporte avançado de vida em cardiologia, com reconhecimento especial do fato de a hipocalemia e a hipomagnesemia estarem frequentemente associadas à torsades de pointes. Deficiências eletrolíticas devem ser repostas agressivamente. Medicamentos desencadeantes devem ser retirados. Uma lista atualizada de medicamentos está disponível em centros de pesquisa. CredibleMeds: Arizona Center for Education and Research on Therapeutics Opens in new window Deve-se administrar sulfato de magnésio intravenoso. Além disso, estimulação rápida e infusão de isoprenalina podem ser úteis nesta arritmia, pois reduzem o intervalo QT.[31]

Opções primárias

sulfato de magnésio: 1-2 g por via intravenosa em dose única

Back
Considerar – 

infusão de isoprenalina

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Indicada em pacientes que apresentam torsades de pointes recorrente após terapia aguda inicial.

Ela pode ser útil nesta arritmia pois reduz o intervalo QT.[53]

É importante ter certeza de que o paciente não tem isquemia aguda depois de administrar isoprenalina.

Opções primárias

isoprenalina: 2 microgramas/minuto em infusão intravenosa inicialmente, dose ajustada de acordo com a resposta, máximo de 10 microgramas/minuto

Back
Considerar – 

marca-passo temporário ou permanente

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Indicada em torsades de pointes recorrente após terapia aguda.

taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica

Back
1ª linha – 

betabloqueadores

A terapia medicamentosa para taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica inclui o uso de betabloqueadores para tratamento crônico e agudo.[27][32]

Geralmente é necessária alta dose de betabloqueadores.

Outras estratégias de tratamento foram propostas, incluindo a adição escalonada de opções terapêuticas alternativas, como bloqueadores dos canais de cálcio e flecainida, aos betabloqueadores em pacientes que não respondem suficientemente ou que não toleram betabloqueadores. A denervação simpática cardíaca esquerda parece ser efetiva, mas foi testada apenas em coortes pequenas, e não está disponível universalmente.[27]

Opções primárias

nadolol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose

Back
Considerar – 

cardioversor-desfibrilador implantável

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A inserção do CDI é necessária em pacientes com síncope recorrente, apesar dos betabloqueadores, ou em pacientes que sobrevivem a uma parada cardíaca, especialmente em caso de doença arterial coronariana. Porém, os CDIs não devem ser implantados sem terapia concomitante com betabloqueador, pois o CDI aumentará a liberação de catecolamina, possivelmente levando a um ciclo vicioso de arritmias ventriculares e choques por CDI.

A terapia com CDI proporciona um monitoramento contínuo do ritmo cardíaco e da capacidade de interromper a taquicardia ventricular pela sobre-estimulação e/ou cardioversão/desfibrilação.

O implante do CDI requer cirurgia e está associado a um risco pequeno de mortalidade no procedimento. Os riscos em longo prazo da terapia com CDI incluem mau funcionamento do dispositivo, infecção e/ou choques inadequados. Os fatores de risco para infecção incluem comorbidades, como diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica, bem como a terapia anticoagulação oral e o uso de corticosteroide. Medidas como a profilaxia antibiótica e a boa educação do paciente sobre cuidados com feridas podem ajudar a reduzir o risco.[46] Os choques do CDI podem ser dolorosos e, se frequentes, podem prejudicar a qualidade de vida do paciente.[40][41][42][47]

AGUDA

taquicardia ventricular sustentada não idiopática hemodinamicamente estável

Back
1ª linha – 

medicamentos antiarrítmicos + tratamento da causa reversível (se presente)

O grupo de pacientes discutido aqui como não idiopático inclui pacientes com causas reversíveis identificáveis de taquicardia ventricular (TV), bem como pacientes nos quais não existem causas identificáveis. A TV idiopática (embora definida como ocorrência na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico) é identificável por estudo eletrofisiológico e responde a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis.

Medicamentos antiarrítmicos são úteis no manejo do quadro agudo de TV hemodinamicamente estável. Antes de iniciar a terapia medicamentosa antiarrítmica para uma taquicardia de complexo largo, é importante ter confiança no diagnóstico e certificar-se de que o paciente não está passando por taquicardia supraventricular (TSV) com condução aberrante. Por outro lado, o diagnóstico de TSV com condução aberrante também deve ser feito com cautela, pois certos medicamentos (por exemplo, verapamil, diltiazem) podem exacerbar o quadro clínico ao agravar o estado hemodinâmico do paciente, se a arritmia for TV.

De acordo com a American Heart Association (AHA), a adenosina intravenosa pode ser considerada para auxiliar no tratamento e diagnóstico quando a causa do ritmo monomórfico regular não puder ser determinada.[31] Outros medicamentos antiarrítmicos podem ser considerados no manejo do quadro agudo de TV estável. A AHA recomenda procainamida intravenosa ou amiodarona intravenosa[31] A procainamida intravenosa mostrou-se mais eficaz que a amiodarona intravenosa na interrupção de taquicardia de complexo largo (67% vs. 38%, respectivamente; P = 0.026), tendo sido associada a menos eventos adversos.[36] No entanto, a procainamida pode ser mais pró-arrítmica e deve ser usada com cautela no contexto de prolongamento do QT inicial.[31]

Em pacientes com uma causa reversível identificável de TV (por exemplo, isquemia, infarto agudo do miocárdio, toxicidade ou superdosagem de medicamentos), o manejo também envolve tratamento da causa reversível.[1]

Opções primárias

adenosina: 6 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por 12 mg a cada 1-2 minutos por até 2 doses, de acordo com a resposta

ou

procainamida: 10-17 mg/kg (20-30 mg/minuto) em infusão intravenosa inicialmente (ou 100 mg por via intravenosa a cada 5 minutos), seguidos por 1-4 mg/minuto em infusão, ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo de 9 g/dia (manutenção)

Opções secundárias

amiodarona: 150 mg em infusão intravenosa administrados ao longo de 10 minutos inicialmente, seguidos por 1 mg/minuto por 6 horas, seguidos por 0.5 mg/minuto por 18 horas daí em diante

Back
2ª linha – 

cardioversão sincronizada ± medicamentos antiarrítmicos

Em pacientes que não respondem ao tratamento agudo inicial com terapia antiarrítmica, a cardioversão elétrica sincronizada é um tratamento importante para taquicardia ventricular (TV) sustentada (monomórfica) hemodinamicamente tolerada. Medicamentos antiarrítmicos como amiodarona ou lidocaína podem ser administrados aos pacientes que não têm sucesso na tentativa inicial na cardioversão sincronizada antes de tentativas adicionais na cardioversão.

A cardioversão sincronizada deve ser considerada antes de tentar usar terapia medicamentosa antiarrítmica em pacientes altamente sintomáticos (principalmente em pacientes com sintomas de perfusão cerebral diminuída), mesmo se eles tiverem hemodinâmica aparentemente estável.

As diretrizes de suporte avançado de vida em cardiologia recomendam administrar amiodarona ou lidocaína e, em seguida, cardioversão sincronizada.[31]

Em pacientes com uma causa reversível identificável de TV (por exemplo, isquemia, infarto agudo do miocárdio, toxicidade ou superdosagem de medicamentos), o manejo também envolve tratamento contínuo da causa reversível.[1]

Opções primárias

amiodarona: 150 mg em infusão intravenosa administrados ao longo de 10 minutos inicialmente, seguidos por 1 mg/minuto por 6 horas, seguidos por 0.5 mg/minuto por 18 horas daí em diante

Opções secundárias

lidocaína: 1 a 1.5 mg/kg por via intravenosa inicialmente, seguidos por infusão de 1-4 mg/minuto

taquicardia ventricular sustentada idiopática hemodinamicamente estável

Back
1ª linha – 

medicamentos antiarrítmicos intravenosos

As taquicardias ventriculares (TVs) idiopáticas são várias entidades distintas de TV que ocorrem na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico, mas são identificáveis por estudo eletrofisiológico e respondem a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis. Estas doenças requerem tratamento específico, e recomenda-se procurar aconselhamento de um especialista.

Tipos específicos de TV idiopática caracteristicamente respondem a medicamentos específicos, uma característica útil para diagnóstico e fins terapêuticos no contexto agudo. A TV idiopática da via de saída pode ser interrompida com adenosina em bolus. As taquicardias da via de saída também podem responder a betabloqueadores ou a manobras vagais.

A TV fascicular caracteristicamente responde ao verapamil, mas o medicamento deve ser usado com extrema cautela devido ao risco de hipotensão e colapso hemodinâmico se administrado a outras formas de TV.

Nos casos refratários à adenosina ou ao verapamil, a TV idiopática pode ser tratada com outros medicamentos antiarrítmicos (lidocaína, amiodarona); se necessário, a cardioversão elétrica sincronizada pode ser realizada.[31]

Se o paciente não está sendo tratado por um especialista, após a interrupção bem-sucedida da taquicardia e estabilização, o paciente deve ser encaminhado a um especialista (eletrofisiologista) para manejo adicional.

Opções primárias

TV da via de saída

adenosina: 6 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por 12 mg a cada 1-2 minutos por até 2 doses, de acordo com a resposta

ou

TV fascicular

verapamil: 5-10 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por 10 mg após 30 minutos se nenhuma resposta adequada for observada, dose total máxima de 20 mg

ou

TV da via de saída

metoprolol: 5 mg por via intravenosa inicialmente, repetir a cada 2 minutos de acordo com a resposta, dose total máxima de 15 mg

Opções secundárias

amiodarona: 150 mg em infusão intravenosa administrados ao longo de 10 minutos, seguidos por 1 mg/minuto por 6 horas, seguidos por 0.5 mg/minuto por 18 horas daí em diante

ou

lidocaína: 1 a 1.5 mg/kg por via intravenosa em dose única

Back
2ª linha – 

cardioversão sincronizada

Em pacientes com taquicardia ventricular idiopática que não conseguiram responder à terapia medicamentosa antiarrítmica, a cardioversão elétrica sincronizada deve ser considerada. O uso precoce de cardioversão pode ser justificado em pacientes altamente sintomáticos (principalmente com sintomas de perfusão cerebral diminuída) embora pareçam hemodinamicamente estáveis.

Se o paciente não está sendo tratado por um especialista, após a interrupção bem-sucedida da taquicardia e estabilização, o paciente deve ser encaminhado a um especialista (eletrofisiologista) para manejo adicional.

CONTÍNUA

não idiopática: com alto risco de taquicardia ventricular ou história de taquicardia ventricular sustentada/parada cardíaca sem causa reversível identificável

Back
1ª linha – 

cardioversor-desfibrilador implantável

O grupo de pacientes discutido aqui como não idiopático inclui pacientes com causas reversíveis identificáveis de taquicardia ventricular (TV), bem como pacientes nos quais não existem causas identificáveis. A TV idiopática (embora definida com ocorrência na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico) é identificável por estudo eletrofisiológico (EF) e responde a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis. Isso é diferente de taquicardias sem nenhuma causa identificável, nas quais o paciente não teria sinais de uma causa definitiva para a TV nem sinais de TV idiopática.

Pacientes em alto risco para TV para os quais a implantação do cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) é a medida preventiva/de tratamento inicial recomendada, incluindo os pacientes com: cardiomiopatia isquêmica (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] ≤35%, ou ≤40% com TV não sustentada e TV induzida durante estudo eletrofisiológico [EF]); cardiomiopatia não isquêmica (FEVE ≤35% e sintomas de classe II ou III da New York Heart Association); cardiomiopatia hipertrófica (CMH) com um ou mais dos seguintes fatores de alto risco: 1) história familiar de morte súbita por CMH; 2) hipertrofia ventricular esquerda maciça (espessura da parede ≥30 mm); 3) síncope inexplicada; 4) disfunção sistólica do ventrículo esquerdo; 5) aneurisma apical do ventrículo esquerdo; 6) realce tardio com gadolínio extenso na ressonância nuclear magnética cardiovascular; 7) TV não sustentada frequente, mais longa e mais rápida; ou síndromes de arritmia congênita, incluindo a síndrome do QT longo e a síndrome de Brugada com características de alto risco.[8][9]

A terapia com CDI proporciona um monitoramento contínuo do ritmo cardíaco e da capacidade de interromper a TV pela sobre-estimulação e/ou cardioversão/desfibrilação.

A terapia com CDI tornou-se o tratamento mais importante para reduzir a mortalidade entre pacientes de alto risco, com uma redução do risco relativo de 30% a 40% em morte cardíaca com terapia com CDI. Medicamentos têm sido mostrados como menos eficientes que CDIs na redução da carga de arritmias ventriculares malignas em pacientes de alto risco e são considerados terapia adjuvante para tratar essas doenças.

Foi demonstrado que os CDIs são mais efetivos que os medicamentos antiarrítmicos na redução da mortalidade geral em sobreviventes de parada cardíaca sem causas reversíveis de parada cardíaca, incluindo anormalidades tóxicas/metabólicas, trauma e isquemia aguda. A implantação do CDI é contraindicada nesses casos quando a correção do distúrbio é considerada viável e com probabilidade de reduzir consideravelmente o risco de recorrência.

O implante do CDI requer cirurgia e está associado a um risco pequeno de mortalidade no procedimento. Os riscos em longo prazo da terapia com CDI incluem mau funcionamento do dispositivo, infecção e/ou choques inadequados. Os fatores de risco para infecção incluem comorbidades, como diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica, bem como a terapia anticoagulação oral e o uso de corticosteroide. Medidas como a profilaxia antibiótica e a boa educação do paciente sobre cuidados com feridas podem ajudar a reduzir o risco.[46] Os choques do CDI podem ser dolorosos e, se frequentes, podem prejudicar a qualidade de vida do paciente.[40][41][42][47]

Back
Considerar – 

medicamento antiarrítmico

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Medicamentos antiarrítmicos podem ser úteis como terapias adjuvantes para pacientes de alto risco com um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) já inserido ou para os quais a terapia com CDI não é uma opção.[7] Entretanto, ensaios randomizados mostraram que os medicamentos antiarrítmicos orais disponíveis atualmente, à exceção dos betabloqueadores, não prolongam a vida quando usados cronicamente no tratamento de arritmias ventriculares com risco de vida e morte súbita.[7] Alguns medicamentos antiarrítmicos podem ser inadequados para pacientes com cardiopatia estrutural por conta das propriedades inotrópicas negativas e do aumento do risco de causar taquicardia ventricular. A amiodarona pode aumentar os limiares de desfibrilação e, assim, potencialmente prejudicar a função do CDI.[50]

Opções primárias

mexiletina: 200 mg por via oral a cada 8 horas

ou

flecainida: 100-150 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

propafenona: 150-300 mg por via oral (liberação imediata) a cada 8 horas; ou 225-425 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas

ou

sotalol: 80-160 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

amiodarona: 800-1600 mg/dia por via oral administrados em doses únicas ou fracionadas por 1-3 semanas, seguidos por 600-800 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas por 4 semanas, seguidos por 200-400 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas

Back
2ª linha – 

monoterapia antiarrítmica

Medicamentos antiarrítmicos podem ser úteis como terapias adjuvantes para pacientes de alto risco com um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) já inserido ou para os quais a terapia com CDI não é uma opção.[7] Entretanto, ensaios randomizados mostraram que os medicamentos antiarrítmicos orais disponíveis atualmente, à exceção dos betabloqueadores, não prolongam a vida quando usados cronicamente no tratamento de arritmias ventriculares com risco de vida e morte súbita.[7] Os medicamentos antiarrítmicos podem ser inadequados para pacientes com cardiopatia estrutural por conta das propriedades inotrópicas negativas e do aumento do risco de causar taquicardia ventricular. A amiodarona pode aumentar os limiares de desfibrilação e, assim, potencialmente prejudicar a função do CDI.[50]

Opções primárias

mexiletina: 200 mg por via oral a cada 8 horas

ou

flecainida: 100-150 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

propafenona: 150-300 mg por via oral (liberação imediata) a cada 8 horas

ou

sotalol: 80-160 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

amiodarona: 800-1600 mg/dia por via oral administrados em doses únicas ou fracionadas por 1-3 semanas, seguidos por 600-800 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas por 4 semanas, seguidos por 200-400 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas

Back
associado a – 

ablação por cateter

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A ablação por cateter também pode ser usada como medida paliativa em pacientes com cardiopatia estrutural que apresentam episódios recorrentes de taquicardia ventricular.[37][51]

taquicardia ventricular idiopática

Back
1ª linha – 

encaminhamento a especialista para tratamento antiarrítmico contínuo

As taquicardias ventriculares (TVs) idiopáticas são várias entidades distintas de TV que ocorrem na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico, mas são identificáveis por estudo eletrofisiológico e respondem a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis. Estas doenças requerem tratamento específico, e recomenda-se procurar aconselhamento de um especialista.

Back
associado a – 

betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio ou ablação por cateter

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Na terapia contínua para pacientes com taquicardia ventricular idiopática e sintomas leves a moderados, betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio geralmente fornecem tratamento suficiente.

Em termos de escolha de bloqueadores dos canais de cálcio, o verapamil geralmente é usado com o diltiazem como outra opção.

Cabe ao médico e ao paciente decidir, de acordo com suas preferências, entre medicamento e ablação neste contexto.[37]

Opções primárias

metoprolol: 50-200 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 2 doses fracionadas

ou

atenolol: 25-100 mg por via oral uma vez ao dia

ou

verapamil: 180-240 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 3-4 doses fracionadas; 180-240 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia

ou

diltiazem: 90-360 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 3-4 doses fracionadas; 90-360 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia

Back
associado a – 

ablação por cateter

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Na terapia contínua para pacientes com sintomas moderados a graves ou com cardiomiopatia associada, a ablação por cateter da taquicardia ventricular deve ser considerada como primeira escolha. A ablação por cateter também é indicada em pacientes nos quais os betabloqueadores e/ou bloqueadores dos canais de cálcio são inefetivos ou mal tolerados.[37]

Além disso, é uma terapia de primeira linha razoável em pacientes com sintomas leves a moderados que preferem não tomar medicamentos.

Back
associado a – 

medicamentos antiarrítmicos da classe I ou classe III

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

Na terapia contínua, agentes antiarrítmicos, incluindo medicamentos de classe I (mexiletina, flecainida e propafenona) e agentes de classe III (amiodarona e sotalol), podem ser usados em pacientes que não obtêm sucesso na terapia com betabloqueadores e/ou bloqueadores dos canais de cálcio, e que não são candidatos à ablação por cateter devido a comorbidade clínica ou relutância em passar pelo procedimento, ou nos quais a ablação por cateter é ineficaz.[37][38]

A escolha do medicamento geralmente é determinada com base na preferência individual do médico/paciente.

Opções primárias

mexiletina: 200 mg por via oral a cada 8 horas

ou

flecainida: 100-200 mg por via oral duas vezes ao dia

ou

propafenona: 150-350 mg por via oral (liberação imediata) a cada 8 horas

ou

sotalol: 80-160 mg por via oral duas vezes ao dia

Opções secundárias

amiodarona: 200 mg/dia por via oral administrados em doses únicas ou fracionadas

back arrow

Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal