Taquicardias ventriculares sustentadas
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
taquicardia ventricular hemodinamicamente instável com pulso
cardioversão sincronizada de acordo com o protocolo de suporte avançado de vida em cardiologia + tratamento de causa reversível (se presente)
A cardioversão é essencial para o tratamento agudo de taquicardia ventricular (TV) hemodinamicamente instável (TV sintomática ou gravemente hipotensa).[1]Zeppenfeld K, Tfelt-Hansen J, de Riva M, et al. 2022 ESC guidelines for the management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death. Eur Heart J. 2022 Oct 21;43(40):3997-4126. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/40/3997/6675633?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36017572?tool=bestpractice.com
A cardioversão sincronizada deve ser considerada antes de tentar usar terapia medicamentosa antiarrítmica em pacientes que apresentam síncope, pré-sincope, palpitações frequentes ou hipotensão (principalmente em pacientes com sintomas de perfusão cerebral diminuída), mesmo se eles tiverem hemodinâmica aparentemente estável.
A cardioversão pode ser repetida conforme a necessidade até que o ritmo seja controlado.
Em pacientes com uma causa reversível identificável de TV (por exemplo, isquemia, infarto agudo do miocárdio, toxicidade ou superdosagem de medicamentos), o manejo também envolve tratamento da causa reversível.[1]Zeppenfeld K, Tfelt-Hansen J, de Riva M, et al. 2022 ESC guidelines for the management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death. Eur Heart J. 2022 Oct 21;43(40):3997-4126. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/40/3997/6675633?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36017572?tool=bestpractice.com
medicamento antiarrítmico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A terapia medicamentosa constitui uma terapia adjuvante importante para o tratamento cardiovascular de emergência, com base no protocolo do suporte avançado de vida em cardiologia. A amiodarona e/ou a lidocaína são consideradas medicamentos antiarrítmicos úteis nestas circunstâncias.[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com
Opções primárias
amiodarona: 300 mg por administração intravenosa
Opções secundárias
lidocaína: 1 a 1.5 mg/kg por via intravenosa em dose única
torsades de pointes
sulfato de magnésio intravenoso + retirada de medicamentos desencadeantes + correção de anormalidades eletrolíticas
Torsades de pointes, um tipo específico de taquicardia ventricular (TV) polimórfica caracterizado pela aparência de torção ao redor da linha basal, ocorre no contexto de prolongamento do QT devido a formas congênitas ou adquiridas de síndrome do QT longo. A torsades de pointes deve ser tratada como qualquer outra forma de TV de acordo com o protocolo do suporte avançado de vida em cardiologia, com reconhecimento especial do fato de a hipocalemia e a hipomagnesemia estarem frequentemente associadas à torsades de pointes. Deficiências eletrolíticas devem ser repostas agressivamente. Medicamentos desencadeantes devem ser retirados. Uma lista atualizada de medicamentos está disponível em centros de pesquisa. CredibleMeds: Arizona Center for Education and Research on Therapeutics Opens in new window Deve-se administrar sulfato de magnésio intravenoso. Além disso, estimulação rápida e infusão de isoprenalina podem ser úteis nesta arritmia, pois reduzem o intervalo QT.[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com
Opções primárias
sulfato de magnésio: 1-2 g por via intravenosa em dose única
infusão de isoprenalina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Indicada em pacientes que apresentam torsades de pointes recorrente após terapia aguda inicial.
Ela pode ser útil nesta arritmia pois reduz o intervalo QT.[53]Alberca T, Almendral J, Sanz P, et al. Evaluation of the specificity of morphological electrocardiographic criteria for the differential diagnosis of wide QRS complex tachycardia in patients with intraventricular conduction defects. Circulation. 1997 Nov 18;96(10):3527-33. http://circ.ahajournals.org/content/96/10/3527.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9396451?tool=bestpractice.com
É importante ter certeza de que o paciente não tem isquemia aguda depois de administrar isoprenalina.
Opções primárias
isoprenalina: 2 microgramas/minuto em infusão intravenosa inicialmente, dose ajustada de acordo com a resposta, máximo de 10 microgramas/minuto
marca-passo temporário ou permanente
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Indicada em torsades de pointes recorrente após terapia aguda.
taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica
betabloqueadores
A terapia medicamentosa para taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica inclui o uso de betabloqueadores para tratamento crônico e agudo.[27]van der Werf C, Zwinderman AH, Wilde AA. Therapeutic approach for patients with catecholaminergic polymorphic ventricular tachycardia: state of the art and future developments. Europace. 2012 Feb;14(2):175-83. [Erratum in: Europace. 2012 Dec;14(12):1810.] http://europace.oxfordjournals.org/content/14/2/175.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21893508?tool=bestpractice.com [32]Napolitano C, Priori SG. Diagnosis and treatment of catecholaminergic polymorphic ventricular tachycardia. Heart Rhythm. 2007 May;4(5):675-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17467641?tool=bestpractice.com
Geralmente é necessária alta dose de betabloqueadores.
Outras estratégias de tratamento foram propostas, incluindo a adição escalonada de opções terapêuticas alternativas, como bloqueadores dos canais de cálcio e flecainida, aos betabloqueadores em pacientes que não respondem suficientemente ou que não toleram betabloqueadores. A denervação simpática cardíaca esquerda parece ser efetiva, mas foi testada apenas em coortes pequenas, e não está disponível universalmente.[27]van der Werf C, Zwinderman AH, Wilde AA. Therapeutic approach for patients with catecholaminergic polymorphic ventricular tachycardia: state of the art and future developments. Europace. 2012 Feb;14(2):175-83. [Erratum in: Europace. 2012 Dec;14(12):1810.] http://europace.oxfordjournals.org/content/14/2/175.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21893508?tool=bestpractice.com
Opções primárias
nadolol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
cardioversor-desfibrilador implantável
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A inserção do CDI é necessária em pacientes com síncope recorrente, apesar dos betabloqueadores, ou em pacientes que sobrevivem a uma parada cardíaca, especialmente em caso de doença arterial coronariana. Porém, os CDIs não devem ser implantados sem terapia concomitante com betabloqueador, pois o CDI aumentará a liberação de catecolamina, possivelmente levando a um ciclo vicioso de arritmias ventriculares e choques por CDI.
A terapia com CDI proporciona um monitoramento contínuo do ritmo cardíaco e da capacidade de interromper a taquicardia ventricular pela sobre-estimulação e/ou cardioversão/desfibrilação.
O implante do CDI requer cirurgia e está associado a um risco pequeno de mortalidade no procedimento. Os riscos em longo prazo da terapia com CDI incluem mau funcionamento do dispositivo, infecção e/ou choques inadequados. Os fatores de risco para infecção incluem comorbidades, como diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica, bem como a terapia anticoagulação oral e o uso de corticosteroide. Medidas como a profilaxia antibiótica e a boa educação do paciente sobre cuidados com feridas podem ajudar a reduzir o risco.[46]Blomström-Lundqvist C, Traykov V, Erba PA, et al. European Heart Rhythm Association (EHRA) international consensus document on how to prevent, diagnose, and treat cardiac implantable electronic device infections - endorsed by the Heart Rhythm Society (HRS), the Asia Pacific Heart Rhythm Society (APHRS), the Latin American Heart Rhythm Society (LAHRS), International Society for Cardiovascular Infectious Diseases (ISCVID) and the European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID) in collaboration with the European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS). Europace. 2020 Apr 1;22(4):515-49. https://academic.oup.com/europace/article/22/4/515/5614580?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31702000?tool=bestpractice.com Os choques do CDI podem ser dolorosos e, se frequentes, podem prejudicar a qualidade de vida do paciente.[40]Bardy GH, Lee KL, Mark DB, et al. Amiodarone or an implantable cardioverter-defibrillator for congestive heart failure. N Engl J Med. 2005 Jan 20;352(3):225-37. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa043399#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15659722?tool=bestpractice.com [41]Antiarrhythmics versus Implantable Defibrillators (AVID) Investigators. A comparison of antiarrhythmic-drug therapy with implantable defibrillators in patients resuscitated from near-fatal ventricular arrhythmias. N Engl J Med. 1997 Nov 27;337(22):1576-83. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199711273372202#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9411221?tool=bestpractice.com [42]Connolly SJ, Gent M, Roberts RS, et al. Canadian implantable defibrillator study (CIDS): a randomized trial of the implantable cardioverter defibrillator against amiodarone. Circulation. 2000 Mar 21;101(11):1297-302. http://circ.ahajournals.org/content/101/11/1297.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10725290?tool=bestpractice.com [47]Hammill SC, Stevenson LW, Kadish AH, et al. Review of the registry's first year, data collected, and future plans. Heart Rhythm. 2007 Sep;4(9):1260-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17765637?tool=bestpractice.com
taquicardia ventricular sustentada não idiopática hemodinamicamente estável
medicamentos antiarrítmicos + tratamento da causa reversível (se presente)
O grupo de pacientes discutido aqui como não idiopático inclui pacientes com causas reversíveis identificáveis de taquicardia ventricular (TV), bem como pacientes nos quais não existem causas identificáveis. A TV idiopática (embora definida como ocorrência na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico) é identificável por estudo eletrofisiológico e responde a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis.
Medicamentos antiarrítmicos são úteis no manejo do quadro agudo de TV hemodinamicamente estável. Antes de iniciar a terapia medicamentosa antiarrítmica para uma taquicardia de complexo largo, é importante ter confiança no diagnóstico e certificar-se de que o paciente não está passando por taquicardia supraventricular (TSV) com condução aberrante. Por outro lado, o diagnóstico de TSV com condução aberrante também deve ser feito com cautela, pois certos medicamentos (por exemplo, verapamil, diltiazem) podem exacerbar o quadro clínico ao agravar o estado hemodinâmico do paciente, se a arritmia for TV.
De acordo com a American Heart Association (AHA), a adenosina intravenosa pode ser considerada para auxiliar no tratamento e diagnóstico quando a causa do ritmo monomórfico regular não puder ser determinada.[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com Outros medicamentos antiarrítmicos podem ser considerados no manejo do quadro agudo de TV estável. A AHA recomenda procainamida intravenosa ou amiodarona intravenosa[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com A procainamida intravenosa mostrou-se mais eficaz que a amiodarona intravenosa na interrupção de taquicardia de complexo largo (67% vs. 38%, respectivamente; P = 0.026), tendo sido associada a menos eventos adversos.[36]Ortiz M, Martín A, Arribas F, et al. Randomized comparison of intravenous procainamide vs. intravenous amiodarone for the acute treatment of tolerated wide QRS tachycardia: the PROCAMIO study. Eur Heart J. 2017 May 1;38(17):1329-35. https://academic.oup.com/eurheartj/article-lookup/doi/10.1093/eurheartj/ehw230 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27354046?tool=bestpractice.com No entanto, a procainamida pode ser mais pró-arrítmica e deve ser usada com cautela no contexto de prolongamento do QT inicial.[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com
Em pacientes com uma causa reversível identificável de TV (por exemplo, isquemia, infarto agudo do miocárdio, toxicidade ou superdosagem de medicamentos), o manejo também envolve tratamento da causa reversível.[1]Zeppenfeld K, Tfelt-Hansen J, de Riva M, et al. 2022 ESC guidelines for the management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death. Eur Heart J. 2022 Oct 21;43(40):3997-4126. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/40/3997/6675633?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36017572?tool=bestpractice.com
Opções primárias
adenosina: 6 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por 12 mg a cada 1-2 minutos por até 2 doses, de acordo com a resposta
ou
procainamida: 10-17 mg/kg (20-30 mg/minuto) em infusão intravenosa inicialmente (ou 100 mg por via intravenosa a cada 5 minutos), seguidos por 1-4 mg/minuto em infusão, ajustar a dose de acordo com a resposta, máximo de 9 g/dia (manutenção)
Opções secundárias
amiodarona: 150 mg em infusão intravenosa administrados ao longo de 10 minutos inicialmente, seguidos por 1 mg/minuto por 6 horas, seguidos por 0.5 mg/minuto por 18 horas daí em diante
cardioversão sincronizada ± medicamentos antiarrítmicos
Em pacientes que não respondem ao tratamento agudo inicial com terapia antiarrítmica, a cardioversão elétrica sincronizada é um tratamento importante para taquicardia ventricular (TV) sustentada (monomórfica) hemodinamicamente tolerada. Medicamentos antiarrítmicos como amiodarona ou lidocaína podem ser administrados aos pacientes que não têm sucesso na tentativa inicial na cardioversão sincronizada antes de tentativas adicionais na cardioversão.
A cardioversão sincronizada deve ser considerada antes de tentar usar terapia medicamentosa antiarrítmica em pacientes altamente sintomáticos (principalmente em pacientes com sintomas de perfusão cerebral diminuída), mesmo se eles tiverem hemodinâmica aparentemente estável.
As diretrizes de suporte avançado de vida em cardiologia recomendam administrar amiodarona ou lidocaína e, em seguida, cardioversão sincronizada.[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com
Em pacientes com uma causa reversível identificável de TV (por exemplo, isquemia, infarto agudo do miocárdio, toxicidade ou superdosagem de medicamentos), o manejo também envolve tratamento contínuo da causa reversível.[1]Zeppenfeld K, Tfelt-Hansen J, de Riva M, et al. 2022 ESC guidelines for the management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death. Eur Heart J. 2022 Oct 21;43(40):3997-4126. https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/40/3997/6675633?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36017572?tool=bestpractice.com
Opções primárias
amiodarona: 150 mg em infusão intravenosa administrados ao longo de 10 minutos inicialmente, seguidos por 1 mg/minuto por 6 horas, seguidos por 0.5 mg/minuto por 18 horas daí em diante
Opções secundárias
lidocaína: 1 a 1.5 mg/kg por via intravenosa inicialmente, seguidos por infusão de 1-4 mg/minuto
taquicardia ventricular sustentada idiopática hemodinamicamente estável
medicamentos antiarrítmicos intravenosos
As taquicardias ventriculares (TVs) idiopáticas são várias entidades distintas de TV que ocorrem na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico, mas são identificáveis por estudo eletrofisiológico e respondem a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis. Estas doenças requerem tratamento específico, e recomenda-se procurar aconselhamento de um especialista.
Tipos específicos de TV idiopática caracteristicamente respondem a medicamentos específicos, uma característica útil para diagnóstico e fins terapêuticos no contexto agudo. A TV idiopática da via de saída pode ser interrompida com adenosina em bolus. As taquicardias da via de saída também podem responder a betabloqueadores ou a manobras vagais.
A TV fascicular caracteristicamente responde ao verapamil, mas o medicamento deve ser usado com extrema cautela devido ao risco de hipotensão e colapso hemodinâmico se administrado a outras formas de TV.
Nos casos refratários à adenosina ou ao verapamil, a TV idiopática pode ser tratada com outros medicamentos antiarrítmicos (lidocaína, amiodarona); se necessário, a cardioversão elétrica sincronizada pode ser realizada.[31]Panchal AR, Bartos JA, Cabañas JG, et al; Adult Basic and Advanced Life Support Writing Group. Part 3: adult basic and advanced life support: 2020 American Heart Association guidelines for cardiopulmonary resuscitation and emergency cardiovascular care. Circulation. 2020 Oct 20;142(16_suppl_2):S366-468. https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/CIR.0000000000000916 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/33081529?tool=bestpractice.com
Se o paciente não está sendo tratado por um especialista, após a interrupção bem-sucedida da taquicardia e estabilização, o paciente deve ser encaminhado a um especialista (eletrofisiologista) para manejo adicional.
Opções primárias
TV da via de saída
adenosina: 6 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por 12 mg a cada 1-2 minutos por até 2 doses, de acordo com a resposta
ou
TV fascicular
verapamil: 5-10 mg por via intravenosa inicialmente, seguidos por 10 mg após 30 minutos se nenhuma resposta adequada for observada, dose total máxima de 20 mg
ou
TV da via de saída
metoprolol: 5 mg por via intravenosa inicialmente, repetir a cada 2 minutos de acordo com a resposta, dose total máxima de 15 mg
Opções secundárias
amiodarona: 150 mg em infusão intravenosa administrados ao longo de 10 minutos, seguidos por 1 mg/minuto por 6 horas, seguidos por 0.5 mg/minuto por 18 horas daí em diante
ou
lidocaína: 1 a 1.5 mg/kg por via intravenosa em dose única
cardioversão sincronizada
Em pacientes com taquicardia ventricular idiopática que não conseguiram responder à terapia medicamentosa antiarrítmica, a cardioversão elétrica sincronizada deve ser considerada. O uso precoce de cardioversão pode ser justificado em pacientes altamente sintomáticos (principalmente com sintomas de perfusão cerebral diminuída) embora pareçam hemodinamicamente estáveis.
Se o paciente não está sendo tratado por um especialista, após a interrupção bem-sucedida da taquicardia e estabilização, o paciente deve ser encaminhado a um especialista (eletrofisiologista) para manejo adicional.
não idiopática: com alto risco de taquicardia ventricular ou história de taquicardia ventricular sustentada/parada cardíaca sem causa reversível identificável
cardioversor-desfibrilador implantável
O grupo de pacientes discutido aqui como não idiopático inclui pacientes com causas reversíveis identificáveis de taquicardia ventricular (TV), bem como pacientes nos quais não existem causas identificáveis. A TV idiopática (embora definida com ocorrência na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico) é identificável por estudo eletrofisiológico (EF) e responde a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis. Isso é diferente de taquicardias sem nenhuma causa identificável, nas quais o paciente não teria sinais de uma causa definitiva para a TV nem sinais de TV idiopática.
Pacientes em alto risco para TV para os quais a implantação do cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) é a medida preventiva/de tratamento inicial recomendada, incluindo os pacientes com: cardiomiopatia isquêmica (fração de ejeção do ventrículo esquerdo [FEVE] ≤35%, ou ≤40% com TV não sustentada e TV induzida durante estudo eletrofisiológico [EF]); cardiomiopatia não isquêmica (FEVE ≤35% e sintomas de classe II ou III da New York Heart Association); cardiomiopatia hipertrófica (CMH) com um ou mais dos seguintes fatores de alto risco: 1) história familiar de morte súbita por CMH; 2) hipertrofia ventricular esquerda maciça (espessura da parede ≥30 mm); 3) síncope inexplicada; 4) disfunção sistólica do ventrículo esquerdo; 5) aneurisma apical do ventrículo esquerdo; 6) realce tardio com gadolínio extenso na ressonância nuclear magnética cardiovascular; 7) TV não sustentada frequente, mais longa e mais rápida; ou síndromes de arritmia congênita, incluindo a síndrome do QT longo e a síndrome de Brugada com características de alto risco.[8]Arbelo E, Protonotarios A, Gimeno JR, et al. 2023 ESC guidelines for the management of cardiomyopathies. Eur Heart J. 2023 Oct 1;44(37):3503-626. https://academic.oup.com/eurheartj/article/44/37/3503/7246608 [9]Ommen SR, Ho CY, Asif IM, et al. 2024 AHA/ACC/AMSSM/HRS/PACES/SCMR guideline for the management of hypertrophic cardiomyopathy: a report of the American Heart Association/American College of Cardiology Joint Committee on clinical practice guidelines. Circulation. 2024 Jun 4;149(23):e1239-311. https://www.ahajournals.org/doi/full/10.1161/CIR.0000000000001250 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38718139?tool=bestpractice.com
A terapia com CDI proporciona um monitoramento contínuo do ritmo cardíaco e da capacidade de interromper a TV pela sobre-estimulação e/ou cardioversão/desfibrilação.
A terapia com CDI tornou-se o tratamento mais importante para reduzir a mortalidade entre pacientes de alto risco, com uma redução do risco relativo de 30% a 40% em morte cardíaca com terapia com CDI. Medicamentos têm sido mostrados como menos eficientes que CDIs na redução da carga de arritmias ventriculares malignas em pacientes de alto risco e são considerados terapia adjuvante para tratar essas doenças.
Foi demonstrado que os CDIs são mais efetivos que os medicamentos antiarrítmicos na redução da mortalidade geral em sobreviventes de parada cardíaca sem causas reversíveis de parada cardíaca, incluindo anormalidades tóxicas/metabólicas, trauma e isquemia aguda. A implantação do CDI é contraindicada nesses casos quando a correção do distúrbio é considerada viável e com probabilidade de reduzir consideravelmente o risco de recorrência.
O implante do CDI requer cirurgia e está associado a um risco pequeno de mortalidade no procedimento. Os riscos em longo prazo da terapia com CDI incluem mau funcionamento do dispositivo, infecção e/ou choques inadequados. Os fatores de risco para infecção incluem comorbidades, como diabetes e doença pulmonar obstrutiva crônica, bem como a terapia anticoagulação oral e o uso de corticosteroide. Medidas como a profilaxia antibiótica e a boa educação do paciente sobre cuidados com feridas podem ajudar a reduzir o risco.[46]Blomström-Lundqvist C, Traykov V, Erba PA, et al. European Heart Rhythm Association (EHRA) international consensus document on how to prevent, diagnose, and treat cardiac implantable electronic device infections - endorsed by the Heart Rhythm Society (HRS), the Asia Pacific Heart Rhythm Society (APHRS), the Latin American Heart Rhythm Society (LAHRS), International Society for Cardiovascular Infectious Diseases (ISCVID) and the European Society of Clinical Microbiology and Infectious Diseases (ESCMID) in collaboration with the European Association for Cardio-Thoracic Surgery (EACTS). Europace. 2020 Apr 1;22(4):515-49. https://academic.oup.com/europace/article/22/4/515/5614580?login=false http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31702000?tool=bestpractice.com Os choques do CDI podem ser dolorosos e, se frequentes, podem prejudicar a qualidade de vida do paciente.[40]Bardy GH, Lee KL, Mark DB, et al. Amiodarone or an implantable cardioverter-defibrillator for congestive heart failure. N Engl J Med. 2005 Jan 20;352(3):225-37. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa043399#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15659722?tool=bestpractice.com [41]Antiarrhythmics versus Implantable Defibrillators (AVID) Investigators. A comparison of antiarrhythmic-drug therapy with implantable defibrillators in patients resuscitated from near-fatal ventricular arrhythmias. N Engl J Med. 1997 Nov 27;337(22):1576-83. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJM199711273372202#t=article http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9411221?tool=bestpractice.com [42]Connolly SJ, Gent M, Roberts RS, et al. Canadian implantable defibrillator study (CIDS): a randomized trial of the implantable cardioverter defibrillator against amiodarone. Circulation. 2000 Mar 21;101(11):1297-302. http://circ.ahajournals.org/content/101/11/1297.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10725290?tool=bestpractice.com [47]Hammill SC, Stevenson LW, Kadish AH, et al. Review of the registry's first year, data collected, and future plans. Heart Rhythm. 2007 Sep;4(9):1260-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17765637?tool=bestpractice.com
medicamento antiarrítmico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Medicamentos antiarrítmicos podem ser úteis como terapias adjuvantes para pacientes de alto risco com um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) já inserido ou para os quais a terapia com CDI não é uma opção.[7]Al-Khatib SM, Stevenson WG, Ackerman MJ, et al. 2017 AHA/ACC/HRS Guideline for management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. J Am Coll Cardiol. 2018 Oct 2;72(14):e91-220. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29097296?tool=bestpractice.com Entretanto, ensaios randomizados mostraram que os medicamentos antiarrítmicos orais disponíveis atualmente, à exceção dos betabloqueadores, não prolongam a vida quando usados cronicamente no tratamento de arritmias ventriculares com risco de vida e morte súbita.[7]Al-Khatib SM, Stevenson WG, Ackerman MJ, et al. 2017 AHA/ACC/HRS Guideline for management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. J Am Coll Cardiol. 2018 Oct 2;72(14):e91-220. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29097296?tool=bestpractice.com Alguns medicamentos antiarrítmicos podem ser inadequados para pacientes com cardiopatia estrutural por conta das propriedades inotrópicas negativas e do aumento do risco de causar taquicardia ventricular. A amiodarona pode aumentar os limiares de desfibrilação e, assim, potencialmente prejudicar a função do CDI.[50]Hohnloser SH, Dorian P, Roberts R, et al, Effect of amiodarone and sotalol on ventricular defibrillation threshold: the Optimal Pharmacological Therapy in Cardioverter/Defibrillator Patients (OPTIC) Trial. Circulation. 2006 Jul 11;114(2):104-9. http://circ.ahajournals.org/content/114/2/104.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16818810?tool=bestpractice.com
Opções primárias
mexiletina: 200 mg por via oral a cada 8 horas
ou
flecainida: 100-150 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
propafenona: 150-300 mg por via oral (liberação imediata) a cada 8 horas; ou 225-425 mg por via oral (liberação prolongada) a cada 12 horas
ou
sotalol: 80-160 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
amiodarona: 800-1600 mg/dia por via oral administrados em doses únicas ou fracionadas por 1-3 semanas, seguidos por 600-800 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas por 4 semanas, seguidos por 200-400 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas
monoterapia antiarrítmica
Medicamentos antiarrítmicos podem ser úteis como terapias adjuvantes para pacientes de alto risco com um cardioversor-desfibrilador implantável (CDI) já inserido ou para os quais a terapia com CDI não é uma opção.[7]Al-Khatib SM, Stevenson WG, Ackerman MJ, et al. 2017 AHA/ACC/HRS Guideline for management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. J Am Coll Cardiol. 2018 Oct 2;72(14):e91-220. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29097296?tool=bestpractice.com Entretanto, ensaios randomizados mostraram que os medicamentos antiarrítmicos orais disponíveis atualmente, à exceção dos betabloqueadores, não prolongam a vida quando usados cronicamente no tratamento de arritmias ventriculares com risco de vida e morte súbita.[7]Al-Khatib SM, Stevenson WG, Ackerman MJ, et al. 2017 AHA/ACC/HRS Guideline for management of patients with ventricular arrhythmias and the prevention of sudden cardiac death: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Clinical Practice Guidelines and the Heart Rhythm Society. J Am Coll Cardiol. 2018 Oct 2;72(14):e91-220. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29097296?tool=bestpractice.com Os medicamentos antiarrítmicos podem ser inadequados para pacientes com cardiopatia estrutural por conta das propriedades inotrópicas negativas e do aumento do risco de causar taquicardia ventricular. A amiodarona pode aumentar os limiares de desfibrilação e, assim, potencialmente prejudicar a função do CDI.[50]Hohnloser SH, Dorian P, Roberts R, et al, Effect of amiodarone and sotalol on ventricular defibrillation threshold: the Optimal Pharmacological Therapy in Cardioverter/Defibrillator Patients (OPTIC) Trial. Circulation. 2006 Jul 11;114(2):104-9. http://circ.ahajournals.org/content/114/2/104.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16818810?tool=bestpractice.com
Opções primárias
mexiletina: 200 mg por via oral a cada 8 horas
ou
flecainida: 100-150 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
propafenona: 150-300 mg por via oral (liberação imediata) a cada 8 horas
ou
sotalol: 80-160 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
amiodarona: 800-1600 mg/dia por via oral administrados em doses únicas ou fracionadas por 1-3 semanas, seguidos por 600-800 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas por 4 semanas, seguidos por 200-400 mg/dia administrados em doses únicas ou fracionadas
ablação por cateter
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A ablação por cateter também pode ser usada como medida paliativa em pacientes com cardiopatia estrutural que apresentam episódios recorrentes de taquicardia ventricular.[37]Cronin EM, Bogun FM, Maury P, et al. 2019 HRS/EHRA/APHRS/LAHRS expert consensus statement on catheter ablation of ventricular arrhythmias. J Arrhythm. 2019 May 10;35(3):323-484. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6595359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31293696?tool=bestpractice.com [51]Stevenson WG, Khan H, Sager P, et al. Identification of reentry circuit sites during catheter mapping and radiofrequency ablation of ventricular tachycardia late after myocardial infarction. Circulation. 1993 Oct;88(4 Pt 1):1647-70. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8403311?tool=bestpractice.com
taquicardia ventricular idiopática
encaminhamento a especialista para tratamento antiarrítmico contínuo
As taquicardias ventriculares (TVs) idiopáticas são várias entidades distintas de TV que ocorrem na ausência de cardiopatia estrutural, distúrbio genético conhecido, toxicidade medicamentosa ou desequilíbrio eletrolítico, mas são identificáveis por estudo eletrofisiológico e respondem a alguns medicamentos. Portanto, no caso de TVs, a TV idiopática refere-se a um subtipo específico de taquicardias que podem ser definidas e são identificáveis. Estas doenças requerem tratamento específico, e recomenda-se procurar aconselhamento de um especialista.
betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio ou ablação por cateter
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na terapia contínua para pacientes com taquicardia ventricular idiopática e sintomas leves a moderados, betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio geralmente fornecem tratamento suficiente.
Em termos de escolha de bloqueadores dos canais de cálcio, o verapamil geralmente é usado com o diltiazem como outra opção.
Cabe ao médico e ao paciente decidir, de acordo com suas preferências, entre medicamento e ablação neste contexto.[37]Cronin EM, Bogun FM, Maury P, et al. 2019 HRS/EHRA/APHRS/LAHRS expert consensus statement on catheter ablation of ventricular arrhythmias. J Arrhythm. 2019 May 10;35(3):323-484. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6595359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31293696?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metoprolol: 50-200 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 2 doses fracionadas
ou
atenolol: 25-100 mg por via oral uma vez ao dia
ou
verapamil: 180-240 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 3-4 doses fracionadas; 180-240 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ou
diltiazem: 90-360 mg/dia por via oral (liberação imediata) administrados em 3-4 doses fracionadas; 90-360 mg por via oral (liberação prolongada) uma vez ao dia
ablação por cateter
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na terapia contínua para pacientes com sintomas moderados a graves ou com cardiomiopatia associada, a ablação por cateter da taquicardia ventricular deve ser considerada como primeira escolha. A ablação por cateter também é indicada em pacientes nos quais os betabloqueadores e/ou bloqueadores dos canais de cálcio são inefetivos ou mal tolerados.[37]Cronin EM, Bogun FM, Maury P, et al. 2019 HRS/EHRA/APHRS/LAHRS expert consensus statement on catheter ablation of ventricular arrhythmias. J Arrhythm. 2019 May 10;35(3):323-484. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6595359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31293696?tool=bestpractice.com
Além disso, é uma terapia de primeira linha razoável em pacientes com sintomas leves a moderados que preferem não tomar medicamentos.
medicamentos antiarrítmicos da classe I ou classe III
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Na terapia contínua, agentes antiarrítmicos, incluindo medicamentos de classe I (mexiletina, flecainida e propafenona) e agentes de classe III (amiodarona e sotalol), podem ser usados em pacientes que não obtêm sucesso na terapia com betabloqueadores e/ou bloqueadores dos canais de cálcio, e que não são candidatos à ablação por cateter devido a comorbidade clínica ou relutância em passar pelo procedimento, ou nos quais a ablação por cateter é ineficaz.[37]Cronin EM, Bogun FM, Maury P, et al. 2019 HRS/EHRA/APHRS/LAHRS expert consensus statement on catheter ablation of ventricular arrhythmias. J Arrhythm. 2019 May 10;35(3):323-484. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6595359 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31293696?tool=bestpractice.com [38]Morin DP, Lerman BB. Management of ventricular tachycardia in the absence of structural heart disease. Curr Treat Options Cardiovasc Med. 2007 Oct;9(5):356-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17897564?tool=bestpractice.com
A escolha do medicamento geralmente é determinada com base na preferência individual do médico/paciente.
Opções primárias
mexiletina: 200 mg por via oral a cada 8 horas
ou
flecainida: 100-200 mg por via oral duas vezes ao dia
ou
propafenona: 150-350 mg por via oral (liberação imediata) a cada 8 horas
ou
sotalol: 80-160 mg por via oral duas vezes ao dia
Opções secundárias
amiodarona: 200 mg/dia por via oral administrados em doses únicas ou fracionadas
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal