Caso clínico

Caso clínico #1

Um homem de 65 anos de idade tem história prévia de infarto agudo do miocárdio (IAM) da parede anterior ocorrido há 2 anos, complicado por grave disfunção sistólica do ventrículo esquerdo. Enquanto caminhava até uma loja, ele subitamente percebeu palpitações, diaforese, tontura e uma sensação de mal-estar incontrolável. Depois de um minuto, ele ficou pálido, perdeu a consciência e caiu no chão. Um eletrocardiograma (ECG) revelou taquicardia ventricular monomórfica sustentada com frequência de 150 bpm. Iniciou-se ressuscitação cardiopulmonar, e o paciente foi cardiovertido para o ritmo sinusal com um choque bifásico de 200-J com auxílio de um desfibrilador externo. O paciente recuperou a consciência. Não havia desconforto torácico previamente e as enzimas cardíacas estavam negativas após o evento. Os eletrólitos séricos também estavam normais. Ele recebeu um cardioversor-desfibrilador implantável no dia seguinte. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Taquicardia ventricular (monomórfica) sustentadaDo acervo do Prof. Sei Iwai; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@dc2ff67

Caso clínico #2

Uma mulher de 30 anos se apresentou ao clínico geral reclamando de palpitações recorrentes ao fazer exercícios. Ela era previamente saudável e não tomava medicamentos. Ela descreveu uma longa história de “pular batimentos cardíacos”. O médico agendou um teste ergométrico em esteira, que demonstrou boa tolerância a esforços e nenhuma evidência de isquemia. Durante a recuperação precoce, ela desenvolveu taquicardia ventricular sustentada com bloqueio de ramo esquerdo, morfologia do eixo inferior. Uma ressonância nuclear magnética (RNM) cardíaca foi realizada e demonstrou função biventricular normal sem evidência de cicatriz miocárdica nem infiltração gordurosa. Ao exame eletrofisiológico, pode-se notar taquicardia ventricular induzida sensível à adenosina (com morfologia idêntica à da taquicardia clínica) submetida com sucesso à ablação em uma área focal da via de saída do ventrículo direito. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Taquicardia da via de saída do ventrículo direitoDo acervo do Prof. Sei Iwai; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@63eb443d

Outras apresentações

Arritmias ventriculares podem estar presentes com um espectro variado de sintomas, incluindo palpitações, dor torácica e/ou síncope, ou podem ser assintomáticas. O tipo de sintoma associado à arritmia depende da duração, frequência e se está ou não associado à perfusão anormal no coração ou cérebro. Arritmias de curta duração frequentemente são assintomáticas ou se manifestam como palpitações breves, enquanto arritmias mais longas e mais rápidas são frequentemente associadas à pré-síncope ou síncope. Morte súbita cardíaca é a manifestação mais grave das arritmias ventriculares; vítimas de parada cardíaca súbita raramente sobrevivem sem ressuscitação cardiopulmonar e desfibrilação elétrica imediata.

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