Novos tratamentos

Terapia com anti-fator de crescimento endotelial vascular (anti-VEGF) intravítreo (para retinopatia proliferativa)

No tratamento padrão para retinopatia diabética proliferativa, a fotocoagulação panretiniana (FPR) reduz a taxa de perda grave da visão em aproximadamente 50%.[74][95]​​​[96][97]​No entanto, ela está associada com perdas de campo visual periférico, comprometimento da visão noturna e exacerbação do edema macular diabético. Foi observado risco reduzido do desenvolvimento de retinopatia proliferativa em ensaios clínicos com ranibizumabe para o tratamento de edema macular.[87]​ Assim, foi realizado um ensaio clínico randomizado para comparar o ranibizumabe intravítreo com FPR para o tratamento da retinopatia diabética proliferativa.[120]​ Em pacientes tratados com ranibizumabe, a 2 anos, a acuidade visual não foi inferior à FPR, a sensibilidade do campo visual periférico foi maior e o edema macular diabético e a vitrectomia foram menos comuns. No entanto, a 5 anos, a perda no acompanhamento foi de, aproximadamente, um terço do coorte total, excluindo as mortes. Um estudo que avaliou a eficácia do aflibercepte no tratamento da retinopatia diabética proliferativa alcançou bom controle da retinopatia proliferativa com uma média de 4 injeções ao longo de 1 ano.[121]

Terapia com anti-VEGF intravítreo para retinopatia não proliferativa antes do desenvolvimento de edema macular diabético sem desenvolvimento do centro

O estudo DRCRnet Protocol W comprarou a injeção simulada com aflibercepte intravítreo no manejo da retinopatia não proliferativa grave/moderada a grave. Os pacientes com edema macular diabético com envolvimento do centro foram excluídos do estudo. Os riscos ao longo de 2 anos de desenvolvimento de edema macular diabético com envolvimento do centro ou retinopatia diabética proliferativa foi de 43% no grupo de simulação, e de 16% no grupo tratado com aflibercepte. Não houve diferença na acuidade visual entre os dois grupos.[36]​ O estudo PANORAMA comparou dois esquemas diferentes de injeção de aflibercepte intravítrea com a simulação para pacientes virgens de tratamento que apresentaram retinopatia diabética não proliferativa grave sem edema macular diabético e acuidade visual mais bem corrigida de 20/40 ou melhor. Os riscos ao longo de 2 anos de desenvolvimento de retinopatia diabética proliferativa ou edema macular diabético com envolvimento do centro foi de 50% no grupo de simulação e de 16% a 19% no grupo tratado com aflibercepte. Não foi identificada nenhuma diferença de acuidade visual entre os grupos.[122]

Brolucizumabe

O brolucizumabe, um anticorpo monoclonal anti-VEGF, está aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para o tratamento do edema macular diabético. Quando comparado com aflibercepte, o brolucizumabe mostrou ter eficácia comparável e uma maior duração da ação no tratamento da degeneração macular neovascular relacionada à idade.[123]​ Ensaios clínicos de fase 3 em andamento demonstraram achados similares no manejo do edema macular diabético. No entanto, há um risco de 5% de inflamação intraocular, e aproximadamente um quarto desses pacientes desenvolverá perda visual.[124]

Aflibercepte (esquema de altas doses)

Um esquema de altas doses de aflibercepte intravítreo, administrado a cada 8 a 12 semanas, foi aprovado nos EUA para a retinopatia diabética (estendido para 16 semanas para o edema macular diabético). Um ensaio clínico de fase 2/3 está em andamento.[125]

Ranibizumabe (sistema de administração por via de acesso)

O sistema de administração por via de acesso com ranibizumabe usa um implante ocular permanente recarregável inserido cirurgicamente para administrar uma formulação de ranibizumabe por períodos prolongados. Recargas de 24 semanas demonstraram ter eficácia comparável a injeções mensais de ranibizumabe no manejo da degeneração macular neovascular relacionada à idade.[126]​ Deve-se observar que 5% dos pacientes sofreram hemorragia vítrea após o implante, e ocorreu endoftalmite em 1.6%, o que se compara de maneira desfavorável com a injeção intravítrea padrão. O sistema de administração tem potencial para uso no edema macular diabético.

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