Complicações
Prevalência: mais de 60% dos pacientes.[69][70]
Etiologia: excesso de hormônio do crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina-1.
Monitoramento: eletrocardiograma (ECG), ecocardiografia.
Tratamento: cuidados médicos padrão.[26]
Hipertrofia ventricular esquerda, cardiomiopatia, arritmia, valvopatia cardíaca e doença isquêmica do coração podem ser consequências da acromegalia.[26]
A cardiomiopatia pode ocorrer na ausência da hipertensão, mesmo em pacientes jovens. Após o tratamento efetivo da acromegalia, as funções diastólica e sistólica normais são restauradas de modo mais eficiente em pacientes mais jovens e em pacientes que têm acromegalia há pouco tempo.[71] No entanto, as comorbidades cardíacas podem persistir, apesar do controle bem-sucedido da acromegalia.[69]
As complicações cardiovasculares afetam significativamente a sobrevida do paciente.[26]
Prevalência: 30% a 60% dos pacientes.[26]
Etiologia: excesso de hormônio do crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina-1.
Monitoramento: medição da pressão arterial serial.
Tratamento: cuidados médicos padrão.
Prevalência: 25% a 80% dos pacientes.[26][70]
Etiologia: desequilíbrio do mecanismo de controle respiratório central e/ou obstrução das vias aéreas superiores (macroglossia, edema dos tecidos moles e supercrescimento mandibular secundário ao excesso de hormônio do crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina-1).[4][26]
Monitoramento: polissonografia.
Tratamento: pressão positiva contínua nas vias aéreas, protetor bucal e uvulopalatoplastia.[4]
A apneia do sono é um codeterminante provável de mortalidade cardiovascular, se não for tratada.
A condição geralmente melhora após ou durante o controle bem-sucedido da acromegalia.[26]
Prevalência: a dor na articulação afeta mais de 75% dos pacientes.[4]
Etiologia: hipertrofia da cartilagem articular, frouxidão articular, aumento ósseo devido a excesso de hormônio do crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina-1.
Monitoramento: exame clínico, radiografia de osso e articulação.
Tratamento: padrão de cuidados médicos para doença articular degenerativa. A cirurgia corretiva pode ser necessária para tratar o aumento ósseo ou a patologia articular.[4]
A hipertrofia da cartilagem articular diminui com a normalização do GH/IGF-1. Após ocorrer a lesão óssea, ela é irreversível com o desenvolvimento da artrite.[26]
Prevalência: cerca de 50% dos pacientes.[26][70]
Etiologia: resistência insulínica provocada pelo excesso de hormônio do crescimento.
Monitoramento: medições de glicose plasmática com o teste oral de tolerância à glicose e em jejum.
Tratamento: cuidados médicos padrão. A presença de diabetes influencia na escolha da terapia medicamentosa para acromegalia: octreotida e lanreotida têm efeito neutro no controle da glicose; pasireotida tem alto risco para desenvolver hiperglicemia em pacientes com diabetes não controlado; o tratamento com pegvisomanto melhora o metabolismo da glicose.[26]
Etiologia: excesso de hormônio do crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina-1 (IGF-1).
Monitoramento: colonoscopia no diagnóstico da acromegalia. Não há consenso entre as diretrizes sobre o intervalo para a vigilância contínua, que varia de a cada 3 a 10 anos, dependendo dos achados da colonoscopia inicial e dos níveis de IGF-1.[72]
Prevalência: até 64% dos pacientes.[4]
Etiologia: inchaço dos tecidos moles com compressão do nervo mediano (pode ser bilateral) provocado pelo excesso de hormônio do crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina-1.
Monitoramento: exame clínico, eletromiografia.
Tratamento: a intervenção cirúrgica geralmente não é necessária.
A condição geralmente melhora com o controle bem-sucedido da acromegalia.[26]
Etiologia: compressão da hipófise normal pelo adenoma ou secundário ao tratamento (cirurgia e/ou radioterapia).
Monitoramento: medição dos hormônios hipofisários 2 a 3 meses após o tratamento e, depois, anualmente.
Tratamento: terapia de reposição hormonal quando apropriado.
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