Caso clínico
Caso clínico #1
Um homem de 47 anos de idade apresenta dor artrítica nos joelhos e quadril, edema de tecidos moles e sudorese excessiva. Ele também observou um aumento progressivo das mãos e dos pés. Ele está em tratamento com medicamentos anti-hipertensivos há 3 anos. Ao exame físico, ele apresentou aspereza nas características faciais com prognatismo e bordas supraorbitais proeminentes. A língua está aumentada e os dedos espessados. A esposa diz que ele ronca com frequência. A investigação laboratorial revela uma concentração plasmática elevada do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) de 73 nanomoles/L (560 microgramas/L ou 560 nanogramas/mL) (a concentração normal para a idade é de 16 a 31 nanomoles/L [120 a 235 microgramas/L ou 120 a 235 nanogramas/mL]) e um nível basal de hormônio de crescimento plasmático de 15 microgramas/L (15 nanogramas/mL). O exame de ressonância nuclear magnética (RNM) da região da sela túrcica mostra uma massa hipofisária de 14 mm, com invasão do seio cavernoso direito.
Caso clínico #2
Uma menina de 15 anos apresenta amenorreia primária e crescimento acelerado. No exame físico, sua altura está acima do percentil 90, seu desenvolvimento puberal é avaliado no estágio 2 de Tanner e ela apresenta inchaço do tecido mole. A investigação laboratorial revela uma concentração sérica de prolactina moderadamente elevada de 1913 picomoles/L (44 microgramas/L) (a normal é de <870 picomoles/L [<20 microgramas/L]) e um nível elevado de IGF-1 de 200 nanomoles/L (1525 microgramas/L ou 1525 nanogramas/mL) (o normal para a idade é de 26 a 72 nanomoles/L [198 a 551 microgramas/L ou 198 a 551 nanogramas/mL]). A RNM da hipófise mostra uma massa de 15 mm, sem extensão parasselar.
Outras apresentações
As manifestações clínicas podem ser provocadas pelos efeitos da massa hipofisária, como cefaleias e defeitos de campo visual, ou pelas ações sistêmicas do excesso de hormônio do crescimento (GH) e fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1), como crescimento do tecido mole e acral e anormalidades metabólicas.[4] Os pacientes com acromegalia podem apresentar intolerância à glicose ou diabetes mellitus, hipertensão, hipertrofia cardíaca ou apneia do sono.[5] Durante a infância, antes do início da fusão das epífises dos ossos longos, uma produção aumentada do GH resulta em gigantismo e aumento da altura. De maneira pouco frequente, a acromegalia se manifesta com síndromes familiares, como a neoplasia endócrina múltipla do tipo 1 com hiperparatireoidismo, os tumores neuroendócrinos do trato digestório, a síndrome de McCune-Albright com displasia fibrosa poliostótica nos ossos e o complexo de Carney com mixomas cardíacos e tumores endócrinos.[6] Raramente, a doença está associada a tumores neuroendócrinos hipotalâmicos ou pancreáticos, secretores de GH ou de hormônio liberador do GH em excesso.[7]
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