Etiologia
A acromegalia é decorrente de um adenoma somatotrófico hipofisário em cerca de 95% a 99% dos casos. Raramente (1%), tumores ectópico que secretam hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GHRH) ou hormônio do crescimento (GH), ou ambos, são a causa da acromegalia.[4] A prolactina é cossecretada por um tumor mamossomatotrófico ou um tumor misto lactotrófico e somatotrófico, em 30% a 40% dos casos.[5] Em casos raros, a hiperplasia somatotrófica ocorre em pacientes com tumores neuroendócrinos (hipotalâmicos ou digestivos) que produzem excessivamente GH ou GHRH.[7] Vários estudos que examinam a inativação do cromossomo X mostraram que os adenomas hipofisários humanos são de origem monoclonal. Isso sugere que os tumores hipofisários surgem pela proliferação de células hipofisárias mutantes e únicas, nas quais as alterações genéticas promovem a velocidade de crescimento celular. Na realidade, a mutação ativadora do gene GNAS1 (o Gs-alfa da proteína G; denominado oncogene gsp) é mostrada em 30% a 40% dos adenomas somatotróficos, levando à ativação constitutiva do receptor de GHRH e à ativação subsequente da adenilil ciclase, à proliferação somatotrófica e à hipersecreção do GH. Em geral, a predisposição genética a tumores hipofisários é considerada rara, mas várias mutações foram descobertas.[7]
Fisiopatologia
As células hipofisárias são fisiologicamente reguladas por hormônios, fatores de transcrição e fatores de crescimento que estimulam a sua proliferação e a produção hormonal durante toda a vida. A desregulação dessas vias de sinalização pode promover o desenvolvimento de um tumor. Os adenomas somatotróficos hipofisários secretam o GH de forma crônica e excessiva, estimulando a produção do fator de crescimento semelhante à insulina 1, provocando a maioria das manifestações clínicas da doença.[7]
Classificação
Classificação de adenoma hipofisário
A maior parte dos médicos usa uma classificação simples, de acordo com o tamanho do tumor, (microadenomas [<10 mm de diâmetro] versus macroadenomas) e com a extensão ou a invasão (suprasselar versus parasselar).
Classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) dos tumores do sistema nervoso central[1]
Tumores da região selar:
Craniofaringioma adamantinomatoso
Craniofaringioma papilar
Pituicitoma, tumor de células granulares da região selar e oncocitoma de células fusiformes
Adenoma hipofisário/tumor neuroendócrino hipofisário (TNEH)
Blastoma hipofisário
Classificação patológica de adenomas hipofisários/TNEH
A classificação da OMS de 2021 continua a seguir a classificação da OMS de 2017 (4a edição) e categoriza os adenomas de acordo com sua linhagem de células hipofisárias e não de acordo com um adenoma hipofisário produtor de hormônios.[1][2][3]
As linhagens celulares de diferenciação e variantes morfológicas que secretam GH são:
Adenomas somatotróficos
Adenoma densamente granulado
Adenoma escassamente granulado
Adenoma mamossomatotrófico
Adenoma lactotrófico somatotrófico misto
Adenomas lactotróficos
Adenoma de células-tronco acidófilas
Adenomas pluri-hormonais
Adenoma pluri-hormonal positivo para PIT-1 (anteriormente chamado de adenoma silencioso do subtipo 3)
Adenomas com combinações imuno-histoquímicas incomuns.
A imunocoloração positiva do GH em um paciente com características clínicas de acromegalia e IGF-1 elevado confirma o diagnóstico de um adenoma secretor de GH hipofisário.
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