História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

dor testicular

Em geral, há uma história de dor escrotal de início súbito, frequentemente com náuseas e vômitos. Sensibilidade testicular isolada pode existir sem nenhum outro sinal sugestivo de torção.

dor intermitente

Uma história de dor testicular intermitente pode indicar períodos de torção e destorção espontânea.[3]

não há alívio da dor com a elevação do escroto

Em geral, não há alívio da dor com a elevação do escroto (sinal de Prehn negativo).[24]

inchaço ou edema escrotal

Com o tempo, o escroto torna-se mais edematoso.[20]

eritema escrotal

Como o tempo, pode-se desenvolver eritema.[20]

hidrocele reativa

Com o tempo, pode-se desenvolver hidrocele reativa.[20]

testículo alto

O testículo afetado pode parecer em posição mais alta que o não afetado.

posição horizontal

Ao exame físico, pode haver sensibilidade e um posicionamento horizontal do testículo afetado.

reflexo cremastérico ausente

Ausência do reflexo cremastérico no lado afetado sugere torção.[3]

Outros fatores diagnósticos

comuns

náuseas e vômitos

Comum na população pediátrica com torção testicular.

dor abdominal

Pode estar associada à torção testicular, particularmente no caso de criptorquidia.[3] Qualquer criança do sexo masculino que apresente dor abdominal deve sempre ter seus testículos inspecionados como parte de um exame físico completo.

Incomuns

febre

A febre raramente é associada à torção.

Fatores de risco

Fortes

idade abaixo de 25 anos

A torção testicular pode afetar homens de qualquer idade, mas, em geral, meninos pré-puberais de 12 a 18 anos têm um risco maior de apresentar torção intravaginal que as outras faixas etárias.[3][19][20]

neonato

Os neonatos correm o risco de torção extravaginal durante o período perinatal, embora seja uma condição rara.

deformidade em badalo de sino

A deformidade em badalo de sino, uma anomalia anatômica que permite que os testículos girem livremente dentro da túnica vaginal, responde por 90% dos casos de torção intravaginal.[5] Além disso, o músculo cremastérico cria uma força rotacional em volta do cordão espermático, especificamente com uma forte contração, que também pode contribuir para o desenvolvimento da torção testicular.[13]

Fracos

trauma/exercício

Acredita-se que o trauma seja responsável por apenas de 4% a 10% dos casos.[5][14] Há casos de torção testicular induzida por trauma; é importante ser cauteloso para evitar o atraso do diagnóstico e do tratamento nesse caso.[13]

dor testicular intermitente

Episódios recorrentes de dor escrotal unilateral aguda são comuns em pacientes com torção intermitente crônica. Os sintomas geralmente duram poucas horas, e o exame físico e os testes diagnósticos são geralmente normais no momento em que o paciente se apresenta. Em geral, a dor remite espontaneamente em poucas horas. Torção crônica intermitente raramente resulta em isquemia segmentar do testículo.[3]

criptorquidia

A torção é 10 vezes mais provável em pacientes cujo testículo não desceu (criptorquidia). Por exemplo, foi relatado um lactente de 7 meses de vida com criptorquidia que desenvolveu torção dos testículos no canal inguinal. Por isso, deve-se avaliar uma possível torção em todo paciente com história de criptorquidia que se apresente com dor abdominal súbita.[3]

clima frio

São relatadas taxas mais altas de torção durante os meses mais frios: 30% durante o outono e 24% durante o inverno em comparação com 22% no verão.[3]

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