História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os fatores de risco associados incluem corrida, IMC elevado, presença de equino, paciente com idade entre 40 e 60 anos, presença de pé plano ou pé cavo e história de posição ortostática por tempo prolongado.

dor no calcanhar (aguda ou do tipo fisgada)

A localização mais comum da dor é no tubérculo medial do calcâneo, na inserção fascial plantar (a região anteromedial do calcanhar). Os sintomas podem se estender ao longo da fáscia plantar até o arco central. A dor também pode irradiar para a lateral do calcanhar.[3]

dor aliviada com repouso

Para se diagnosticar a fasciite plantar, a dor deve ser aliviada com repouso.

A dor pode ser agravada por atividades.

discinesia pós-estática

Dor ao dar os primeiros passos ao se levantar de uma posição sentada ou deitada.[5]

dor exacerbada à posição ortostática e em outras atividades da vida diária

Muitas vezes ocorre um agravamento progressivo dos sintomas, com aumento das queixas de dor ao final do dia. A gravidade dos sintomas está muitas vezes relacionada com as horas de permanência em posição ortostática durante as atividades diárias.[3]

Outros fatores diagnósticos

comuns

dor exacerbada ao andar descalço ou com calçados sem suporte

Relatado alívio da dor no calcanhar com o calçado adequado.

dor melhorou com o uso de um anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

A maioria relata melhora.

ausência de história de lesão aguda no calcanhar

Embora possa haver história de trauma agudo, tem maior probabilidade de não existir.

A fasciite plantar é mais frequentemente uma lesão por uso excessivo.

dor autolimitada

Geralmente remite entre 6 e 18 meses sem tratamento.[2]

dor calcânea unilateral

É uma queixa bilateral em cerca de um terço dos pacientes.[4]

Porém, pessoas com dor bilateral tem maior probabilidade de ter uma causa sistêmica para a dor.[5][6]

teste de dorsiflexão-eversão positivo

O teste é positivo se houver dor com dorsiflexão da articulação do tornozelo e eversão da articulação subtalar.

Pode ser positivo nos pacientes com fasciite plantar ou síndrome do túnel do tarso.[24]

teste do efeito molinete positivo

Dor com extensão da articulação metatarsofalângica.

Geralmente positivo, mas ainda pode ser negativo em casos de fasciite plantar.[23]

Incomuns

sinal de Tinel negativo

Parestesia com percussão do nervo da tíbia ou seus ramos.

Realizado em todos os pacientes para descartar encarceramento do nervo, túnel do tarso e neurite.[25]

Pode ser positivo se essas afecções ocorrerem concomitantemente com a fasciite plantar.

Fatores de risco

Fortes

Índice de massa corporal (IMC) elevado

Vários estudos descobriram que um IMC maior é um fator de risco significativo para a fasciite plantar.[3]​​[8][9]​​​

Foi demonstrado que um IMC >25 kg/m² está associado a um risco 2 vezes maior; um IMC >30 kg/m² tem uma razão de chances de 5.6 para a doença.[16] Um IMC elevado parece conferir o maior risco em indivíduos não atletas. É incerto se o IMC apresenta um efeito limiar para a fasciite plantar ou se o risco continua a aumentar em categorias de IMC mais elevado.[3]

O IMC não é apenas um fator de risco para a fasciite plantar, mas também um preditor da extensão da perda funcional conforme relatado pelos pacientes.[16][17]

O peso não foi um fator no sucesso dos desfechos cirúrgicos. Indivíduos com sobrepeso podem apresentar o mesmo sucesso que outros se for escolhida a intervenção cirúrgica.

equino

O gastrocnêmio, ou o gastrocnêmio-sóleo, equino é uma incapacidade de atingir 10 graus de dorsiflexão na articulação do tornozelo. Isso coloca tensão excessiva sobre a fáscia plantar durante a marcha e predispõe à fasciite plantar.[2][9]​​​

Fracos

pés planos

Uma condição causada pela pronação excessiva, resultando em achatamento do arco longitudinal medial do pé. Foi postulado que a presença de pés planos aumenta a tensão na inserção da fáscia plantar no calcâneo.

Além disso, podem estar associados à tendinite posterior da tíbia ou disfunção do tendão tibial posterior.[14]

pés cavos

Uma anormalidade em arco do pé alto, geralmente observada como um sinal da disfunção neuromuscular ou flexão plantar rígida do primeiro raio.

A absorção do choque das forças do solo é reduzida devido à posição supina anormal do pé, causando a disseminação da fadiga e dor no pé.[14]

idade >40 anos

A fasciite plantar ocorre mais comumente na faixa etária entre 40 e 60 anos.

O envelhecimento também foi sugerido como um fator de risco.[4][18]

histórico de posição ortostática ou caminhar por tempos prolongados

Comumente observada em pessoas que trabalham em posição ortostática, especialmente as que ficam em pé em superfícies duras e inflexíveis, como concreto (por exemplo, funcionários de fábricas ou dos correios), bem como naqueles que passam grande parte do dia de trabalho em pé.[3][5][7]​​​

atletas, principalmente corredores

Ocorre em 8% a 21% dos corredores e atletas.[3] Um estudo revelou que corrida de rua, tênis com travas, pé cavo e varo do retropé estiveram relacionados ao aparecimento de fasciite plantar em um grupo de corredores.[19] Correr em superfícies duras e outros erros de treinamento têm sido propostos como fatores predisponentes.[3]

estilo de vida sedentário

Um estudo revelou que a não realização de exercícios regulares conferiu um risco três a quatro vezes maior de fasciite plantar.[20] Outro revelou que a atividade física três vezes por semana durante >20 minutos esteve associada a uma diminuição do risco.[21]

usar sapatos impróprios ou excessivamente gastos

Proposto como uma causa de fasciite plantar.[3]

aumentos ou mudanças na atividade física

Proposto como uma causa de fasciite plantar.[3]

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