Complicações
A pressão atrial direita elevada de longa duração causa dilatação atrial com redução da reserva contrátil e fibrilação atrial. Um pequeno estudo de coorte relatou que 76% dos pacientes que tinham sido submetidos anteriormente a cirurgia valvar esquerda tinham fibrilação ou flutter pré-operatório ao serem internados para cirurgia da valva tricúspide.[42]
Os pacientes com RT grave geralmente desenvolverão ascite na doença hepática avançada decorrente de congestão ou fibrose crônica (cirrose cardíaca). Um pequeno estudo de coorte relatou que 30% dos pacientes tinham ascite e 27% uma bilirrubina total elevada de 2.0 mg/dL ou mais antes de fazerem a cirurgia da valva tricúspide após a cirurgia valvar esquerda.[42]
A lesão do tecido de condução durante o reparo ou a substituição da valva tricúspide é incomum. Em um estudo longitudinal de 81 pacientes submetidos à substituição da valva tricúspide, 8.6% dos pacientes precisaram de implantação de marca-passo definitivo após a cirurgia.[43]
A artéria coronária direita pode ser lesionada durante o reparo ou a substituição da valva tricúspide. A colocação das suturas pode danificar diretamente e torcer a artéria, o que pode resultar em insuficiência arterial e infarto.
Os pacientes com substituição de valva mecânica recebem anticoagulação vitalícia para reduzir o risco de trombose da valva protética. A incidência depende do tipo de prótese inserida, mas normalmente é baixa. Em um estudo de 265 pacientes ao longo de 10 anos, a taxa linearizada de trombose foi de 0.8% por pacientes-ano para a valva St. Jude Medical.[44] Além disso, a taxa de trombose mecânica parece ser equivalente à taxa de degeneração bioprotética.[45]
Estimada em 1% ao ano.
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal